Heroes never die

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"Não tenha medo; o perigo já passou."

Pharah ainda se lembrava da voz que aquela mulher carregava; era doce e melodiosa, perfeitamente encaixada ao tom suave e sua expressão serena. As mãos estendidas, esperando para serem aceitas e seguradas, transmitiam determinação e confiança, além de oferecerem a certeza de que a garotinha estaria protegida. Era como se, depois de tudo o que passara, uma luz subitamente aparecesse e lhe mostrasse o caminho para fora do desespero e da dor.

A partir daquele instante, Mercy acabou se tornando seu anjo da guarda. Viver ao lado dela, enfrentar perigos e encarar aventuras constantes era a melhor cura que se poderia ter no mundo, pelo menos para Pharah. Isso se prolongou até o dia em que seu limite foi alcançado.

Pharah ainda se lembrava da voz doce e melodiosa de quando a conheceu. Lembrava-se do timbre calmo, do som da proteção. E da ida.

Mercy poderia ser um anjo da guarda para ela, mas acima de tudo, era humana. E se sacrificar daquela forma com um sorriso na face foi como uma enorme e doída facada no peito de Pharah.

Foi como se toda a dor e desespero voltassem como um furacão que derrubara toda a barra de proteção criada ao seu redor.

E foi a partir do momento em que Mercy fechou os olhos e a deixou, que Pharah se deu conta: ela sempre iria existir em sua memória, porque havia uma coisa que seu anjo da guarda dissera que ela jamais iria esquecer:

Heróis nunca morrem.

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[n/a]: Obrigada por ler.

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