Capítulo 7

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O legal de me enturmar com os garotos foi ver a cara de bocó do Alec, quando puxei conversa com o loiro gostoso faltou sair fogo de seus olhos. Não consegui decorar o nome de todos, mas alguns nem morta esqueceria.

O nome do loiro combina com sua personalidade, fiquei até besta de escuta-lo, ele se chama Zeus, mas todos o apelidaram de Montanha, que para mim define seu temperamento. Aliás ele é o beta da matilha.

O moreno de olhos claros que falou do meu cheiro se chama Christopher, safado que pelo amor de Deus, não esperava uma oportunidade que já estava me cantando. Ele é o chefe dos ômegas.

A liderança dos deltas é dividida entre Paul e Pierre, pensei até que eram da mesma família, mas me enganei. Paul é moreno, e Pierre loiro. Muito diferentes, mas com uma ligação incrível.

Conheci outros garotos, mas só me interessei em saber a divisão de obrigações da matilha, e acredite ela é bem organizada.

O alfa é sempre o "poderoso", é ele que manda e desmanda, tudo deve passar por ele. O beta é o braço direito do alfa, é também o encarregado da proteção da matilha. Os ômegas cuidam da caça, são eles que alimentam todos, desde os mais velhos aos mais novos, estão em maioria, e é por isso que Christopher foi nomeado o líder deste grupo. Os deltas são aqueles que cuidam de todos, desde os feridos aos doentes, são como os médicos de um hospital.

A cada momento que passei ao lado deles, descobri coisas novas. Nunca em minha vida, pensei que os contos que vovozinha contava à mim, eram verdadeiros. E hoje cá estou eu vivendo em um bando de lobos.

O mais curioso nisto tudo é que não me sinto excluída, é como se meu lugar sempre fosse aqui, no meio de lobisomens.

Quando o sono me pegou fui procurar Alec, não sabia para onde ir. Foi até chocante ver que eles tinham um pedaço de terra tão grande, nem em sonhos poderia imaginar isso. Era quase 06:00AM, os meninos ainda festejavam a chegada da lua, avistei Alec ao lado de uma árvore, pela sua expressão vi que estava aéreo, pensei seriamente em deixa-lo quieto, mas como não suportei foi até ele.

Me puis ao seus lado e respirei fundo, seus olhos caíram sobre mim, senti algo estranho em minha barriga, deveria ser gases. Mas só foi ele voltar a encarar o céu que passou, decidi não incomodar, sentei no chão e fiquei muda.

O vento batia em meu cabelo causando arrepios constantes em meu ser, envolvi meus corpo com os braços afim de me aquecer, mas não deu certo.

Estava quase desistindo de me esquentar quando os braços fortes de Alec me envolveram. Fiquei surpresa, ele não me odiava? Não queria matar à todos! Ele não me achava insuportável?

Coloquei essas perguntas de lado e simplesmente deixei o calor de seu corpo me aquecer. Por um instante pude confiar nele, por um instante me senti segura. E foi assim que adormeci, nos braço de um completo idiota, mas que naquele momento se tornou legal.

(...)

Acordo com um barulho, estou de bruço na cama, acho que Alec me trouxe para cá quando adormeci, me remecho e ouso gemidos. Quem está aqui? Sento, ficando de cara para a cabeceira, bocejo algumas vezes e esfrego os olhos.

Quando me viro dou de cara com quatro homens me olhando estranho, todos estão com as mãos na frente do corpo, tampando o volume eminente nas suas calças.

__Bom dia. - cruzo as pernas em borboleta.

__Bom dia. - falam em unissom.

__O que fazem aqui? - digo me levantando, seus olhos acompanham cada movimento meu.

Alfa- A Condenação.Onde histórias criam vida. Descubra agora