Taste you like a drug
Taste you on my tongue—
Depois de algum tempo Edward foi acordado pelo som de sua música favorita. Coçando os olhos e bocejando pegou seu celular e o atendeu.
— Onde é que cê tá? — perguntou a voz do outro lado.
— Não sei... Caralho! — Ele pegou o pequeno presente que a garota deixou a ele. — Isso aqui é uma calcinha?
— Hã? — a voz sibilou.
— Certo... Eu tô muito louco, tem uma calcinha aqui e a garota que estava comigo sumiu — ele falou enquanto colocava a camisa.
— Precisamos de você aqui, mas acho que está bêbado demais para isso. Vê se não morre na estrada — o homem falou e depois desligou.
— Emmett... — Edward respirou fundo.
O táxi de Bella parou bem perto de sua casa, ela caminhou lentamente com um pouco de dor nos pés, mas logo chegou ao seu destino. O lugar cheirava a produto de limpeza vagabundo e barato, os corredores eram escuros e estranhos. Seu apartamento era mediano, mas totalmente lotado de tralhas. As paredes eram de um tom castanho claro, o chão era de madeira e fazia um barulho irritante, além de cheirar a café e pizza.
A garota se despiu enquanto caminhava até o quarto, observou o lugar que permanecia pintado por algum milagre, a cama baixa e bagunçada e o guarda roupa castanho escuro.
Procurou algum pijama e o preparou para quando saísse do banho, ela estava animada para saber quem realmente era Edward.
O homem ainda estava levemente bêbado, mas não atropelou nada nem ninguém no caminho até sua casa. Estacionou seu carro sem se preocupar com a vida, era tudo muito seguro e ninguém arriscaria se meter com ele. Com toda certeza ele era luxuoso; sua casa era extravagantemente linda, bem iluminada e exageradamente grande.
Caminhou para dentro da casa, passando por alguns corredores enquanto cambaleava. Era algo normal Edward se embebedar, era rotineiro e reconfortante para ele. Sentia que a bebida o deixava menos solitário, seu verdadeiro único amigo. Ele entrou no enorme e branco quarto. Notou que as enormes janelas — que eram do tamanho da parede — ainda estavam abertas, mas não ligou para isso. Tirou as roupas e as jogou no cesto. Ele estava mais preocupado com o cheiro de bebida do que com os "vizinhos" que podiam o olhar.
Foi em direção a janela e fechou as cortinas que iam do teto até o chão, tropeçou no fofo tapete cinza na volta e tentou decidir entre dormir ou tomar banho.Bella estava procurando coisas sobre Edward, seu número do celular realmente ajudava muito. Posso pedir informações ao bar e tentar frequentar os mesmos lugares que ele... Mas não agora, vou parecer desesperada demais Bella discutia consigo mesma. Foi exatamente assim por alguns dias, Edward guardou o presente em sua gaveta e Isabella procurava o homem rico.
Uma semana depois Bella já estava preparada para se encontrar com o homem novamente. Passou o forte batom vermelho em seus lábios macios, arrumou sua camisa cropped cinza, sua saia da mesma cor e foi para o mesmo bar da primeira vez que o encontrou.
Pensou em milhares de estratégias para caso ele estivesse lá, ou até mesmo para caso ele não estivesse — não queria que o dinheiro do táxi fosse desperdiçado então ela procuraria outra pessoa caso tudo desse errado.
Por sorte ele estava, se embebedando novamente, com uma bebida mais leve dessa vez. Ela se sentou ligeiramente perto dele, observou—o pelo canto do olho e esperou alguns minutos para fingir o reconhecer.
— Oh meu Deus! É você de novo? — Ela fingiu surpresa, virando para ele enquanto apertava os seios com os braços.
— Hmm? — Edward virou o rosto para ela, olhando para seu chamativo decote, depois para seu rosto.
— Nós nos encontramos semana passada. — O rosto do mais velho se resumia em um ponto de interrogação. — Eu deixei algo pessoal em seu carro.
Edward levou um segundo para entender o que era o "algo pessoal" que ela estava dizendo.
— Obrigado. — Um sorriso tímido escapou e ele olhou para o outro lado, balançando o copo para que a bebida rodasse por ele.
— De nada. — Bella sorriu maliciosamente, olhando o homem pelo canto dos olhos.
Bella pensou por alguns minutos, procurando um jeito de se aproximar do mais velho, e pensou na estratégia mais clichê que poderia existir.— Ei! — jogou-se levemente em Edward, fazendo com que seus seios encostassem no braço dele, enquanto chamava o barman. — Hm... Mais uma dessa, por favor.
Edward direcionou seus olhos verdes para o que o tocava, e ficou um pouco impressionado. Nunca gostou de seios grandes, e foi isso que o fez apreciar a paisagem. Eram do tamanho perfeito.Ele examinou cada parte do tórax da garota com um olhar faminto.
— Me desculpe. — Riu cínica, fingindo estar incomodada com o olhar faminto que ele lançava.
— Deixe que eu pago. — Ele tirou a carteira e puxou algumas notas sem mudar as expressões faciais, e as entregou para a garota.
Isabella notou o que estava acontecendo com um sorriso mental enorme, ele realmente estava interessado nela, e ela estava interessada em seu dinheiro.
— Hmm? — Edward lhe ofereceu um cigarro, Bella recusou. Ele insistiu até que ela o pegasse.
A garota girou o cigarro, o observando enquanto decidia se fumava ou não. Ela notou alguns números que estavam naquele pedaço de pura nicotina, e reconheceu rapidamente.
Bella direcionou os olhos castanhos para Edward, ele a encarava. Eles não estavam brincando.
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Vermelho Selvagem
RomanceIsabella Swan está desesperada para manter o estilo de vida que possuía com seu padrasto antes da morte de sua mãe. Para isso ela usa seus melhores truques para enfeitiçar um jovem rico da Flórida. Mas ao descobrir que sua vítima, Edward Cullen, é u...