[três é melhor que dois]

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Cada movimento era executado com precisão, calma e paciência. Movendo desde a ponta de seus dedos até o pequeno arco dos pés, sincronizando cada passo exato, sem se permitir errar. Esplendor, magnitude, perfeição; requisitos necessários para realizar uma perfeita apresentação. Tanta beleza envolvida numa dança que podia-se dizer que era como escrever um poema ou pintar uma espécie de quadro. Tudo tão detalhado e belo que tirava o fôlego.

Os pares de olhos castanhos seguiam, com carinho, a destreza da beleza natural de Sicheng, um sorriso que nunca abandonava seus lábios como se quisesse mostrar o encanto sentido através do pequeno chinês que mostrava tanta delicadeza quanto uma mera borboleta.

No fim do espetáculo particular e reservado só para Yuta, Sicheng se virou para o japonês, seu rosto ficou rubro num repente, não pelo cansaço e sim pela timidez, pois todo carinho transmitido no olhar de Yuta fazia seus interiores esquentar, levando tal calor para fora, fazendo com que isso se alastrasse por suas bochechas. Yuta se levantou do chão do qual se mantinha, redirecionando seus passos até Sicheng, mostrando-lhe seus dentes no maior apreço que conseguia demonstrar. Rodeou os braços na cintura do mais novo, o puxando para um abraço acalorado, ignorando a sensação da pele morena suada contra a sua. Uma das mãos do chinês, subitamente, retirou um dos braços que permanecia depositado no quadril fino, dedilhando um caminho pela pele alva até seus dedos estarem entrelaçados. A mão que ficara livre parou na curva da barriga meio-definida de Yuta, que arqueou sua sobrancelha sem entender, ainda assim, não parando de sorrir.

Sicheng deixou que seus lábios mostrassem um singelo sorriso. Uma música começou, e com ela, o de cabelos-tingidos-de-loiro passou a guiar o mais velho numa dança um tanto quanto desengonçada. Pisando nos próprios pés, um esbarrão aqui e ali, piruetas que quase levava ambos ao chão; bagunça total.

Num movimento delicado, Sicheng pegou o tronco de Yuta e fez aquele clichê-passo que sempre acontece em filmes da Disney, o colocando para trás, redirecionando-se ao chão numa curva de noventa graus, ao mesmo tempo em que se aproximando de sua face, romanticamente.

Fora nesse momento que Taeyong entrou na sala de prática. Não querendo atrapalhar a diversão de seus dois namorados, contentou-se em observá-los do batente da porta, sentindo tanto amor e carinho tomar conta de si que doía. Os sentimentos profundos pareceram aumentar mais ainda quando ouvira a alta gargalhada de Yuta que parecia música para seus ouvidos, juntamente dos risinhos adoráveis de Sicheng. Rir junto dos outros dois foi inevitável, e o som acabou chamando a atenção deles.

A expressão do chinês havia iluminado tanto que parecia uma estrela a brilhar intensamente. Correu até Taeyong, se esquecendo por completo de um Yuta que tentava inutilmente manter seu equilíbrio. O japonês riu mais uma vez, só conseguindo pensar no quão fofo Winwin era.

Os braços do loirinho circundaram o pescoço de Taeyong num abraço, e este segurou firmemente a cintura do mais baixo, o erguendo minimamente, também aproveitando para beijar a bochecha exposta, sentindo o gosto salgado em sua boca.

Yuta se aproximou logo em seguida, diferente do coreano, implantando um selinho demorado nos lábios rachados de Taeyong, querendo ao mesmo tempo rir com a forma necessitada que ele retribuía o beijo.

Separaram-se, voltando a atenção para Sicheng. O chinês os olhou confuso, mas quando percebeu o tom com o qual lhe observavam, fez questão de remexer-se contra o corpo de Taeyong numa tentativa falha de se livrar do aperto. Tarde demais, os garotos mais velhos, um de cada lado, beijavam toda sua face quase o sufocando. Winwin fingia que não, porém, adorava toda aquela atenção que recebia dos dois.

Quando paravam para pensar, o relacionamento dos três fora algo tão inesperado que chegava a ser engraçado.

Antes era só Yuta e Taeyong, com beijos para lá e abraços para cá, por mais que o coreano fosse introvertido demais ao demonstrar afeto, pelo garoto que amava, abria uma pequena exceção e ambos demonstravam muito afeto em público, a todo momento. Eles se amavam imensamente e não tinham medo algum de mostrar isso.

Só que em algum momento, Sicheng apareceu. Taeyong e Yuta ficaram completamente apaixonados pelo chinês, chegaram até a achar que não amavam mais um ao outro, até que perceberam que não era bem isso. O que aconteceu foi apenas que o coração deles tinha espaço para mais uma pessoa. Winwin fora escolhido, e por incrível que pareça, ele sentia o mesmo tanto por Taeyong quanto por Yuta.

E depois de muita indecisão, algumas horas de divagação sobre o que fazer e briguinhas bobas, cá está o trio, conversando sobre qualquer coisa após um dia de treinos, com abraços em Taeyong e beijinhos em Sicheng, que nem ousavam reclamar de tanto amor que Yuta tinha a oferecer.

Talvez, apenas talvez, ele mime demais seus namorados, mas ah, o amor que sente é grande demais para simplesmente não tratá-los como as coisinhas mais preciosas existentes.

O melhor de tudo?

Sicheng e Taeyong lhe tratavam como um tesouro pertencente aos seus corações.

E era desse jeito que o asian trinity seguia seu relacionamento: com muito amor.

[♥]

1am e eu postando mais oneshot que estou doente e não irei para a escola fjdkdjdk

ao invés de terminar minhas 5 longfics aqui escrevendo um monte de fluffy, pois é.

dedico isso aqui pra jungyunoh que ama taeyuwin tanto quanto euzinha amo

obrigada pra quem leu e me avisem qualquer erro, okay?

bye-bye~

amor ;; taeyuwinOnde histórias criam vida. Descubra agora