Capítulo 18

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Eu não conseguia parar de pensar naquela noite, as coisas eatavam indo muito bem. Arthur e eu estávamos juntos novamente, meu pai está super feliz com a Monique, as coisas estariam perfeitas não fosse por a Lúcia não estar mais tendo tempo para mim.

- Você não devia estar na escola? - Pergunta meu pai entrando no meu quarto.

- Não, é feriado lembra? - Digo com desânimo. Eu sei que deveria estar dando pulos de alegria. Mas Arthur teria que trabalhar o dia todo e talvez a noite também, Lúcia iria ficar com a mãe dela, meu pai vai trabalhar. Meu dia vai ser em casa ajudando Monique a guardar o resto das coisas.

- Tudo bem, eu tenho que ir. Eu te amo. - Ele diz deixando um beijo na minha testa e saindo do quarto antes que eu possa dizer alguma coisa. Meu pai vem agindo de forma estranha desde que voltou da viagem.

Decido ir tomar um banho antes de ir ajudar Monique com o resto da mudança.

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- Hey. - Digo ao entrar na cozinha.

- Oi. O que vai fazer hoje? - Monique pergunta, sei que ela precisa de ajuda e torce para que eu diga que pretendo passar o dia em casa, então é isso que faço. Por ela e por que eu realmente não tenho nada para fazer hoje.

- Vou ficar em casa e te ajudar com as mudanças. - Digo com um falso entusiasmo.

- Deixa isso para lá. Eu não aguento mais, não acredito que eu tenha tanta coisa.

- Então vamos arrumar o apartamento, está uma bagunça. - Digo olhando em volta e apontando para os lugares que aparentam ter bagunça.

- Esquece isso também. Eu adoro feriado por que não tenho que trabalhar, e isso quer dizer que eu não vou ficar em casa. - Ela diz colocando café em uma xícara e em seguida levando aos lábios.

- Mas para onde vamos? Está frio. - Digo apontando para a janela a qual revelava um céu nublado. Adoro quando o tempo está assim, embora não seja um dos melhores para um passeio ou algo do tipo.

- Pois pode estar chovendo, nevando... eu não vou ficar em casa. Se arruma e eu vou pensar em alguma coisa. - Ela diz saindo da cozinha.

Como eu sabia que discordar ou dizer que não quero sair de casa não adiantaria de nada, acabo me dando por vencida e assim que termino meu café da manhã vou até meu quarto pegar um casaco e passar um pouco de maquiagem.

- Pronta? - Monique me pergunta entrando na sala. Ela usava uma calça jeans e uma camiseta preta que dizia " hello, i'm crazy". Dou uma pequena risada ao ler a camiseta, Monique me surpreende cada vez mais a cada dia que se passa.

- Sim, vamos. - Digo pegando meu celular.

Ficamos uns cinco minutos no silêncio absoluto, o único som que se ouvia era o dos barulhos que se produzia do lado de fora. Não era um silêncio constrangedor, mas eu sei que Monique odeia ficar em silêncio quando está junto de outra pessoa.

- Seu pai e eu estávamos conversando outro dia... - Ela caba por quebrar o silêncio que se instalava no carro. - E a gente estava pensando em comprarmos uma casa.

- Uma casa? - Digo desviando meu olhar da rua e olhando para Monique.

- Sim, uma casa para irmos de vez em quando, sabe, em dias como hoje. - Assim que ela termina a frase toda e qualquer preocupação que eu tinha foi embora.

- Ah, claro. Acho que seria legal ter um lugar para ficar durante as férias. - Digo já me animando.

- Ok, acho que você vai adorar essa casa. - Ela diz com entusiasmo.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora