Capítulo 23

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Ferrou. FERROU. Simplesmente F E R R O U. Ela se lembrou de mim. Vai me denunciar. Vou ser preso graças a minha infantilidade de querer ir falar com a mulher que eu mesmo assaltei. Palmas pra mim. Idiota! Idiota! Idiota! – Repito para mim mesmo – O que está acontecendo comigo? Como posso ser tão burro? Mas então ela me surpreende dizendo...

– Você, não... você não foi o carinha que me pediu informação lá no banco hoje?

Suspiro aliviado. Não vou ser preso!

– É... sim! Sou eu mesmo.

– Ah, tá. Mas, vem cá... Como sabe o meu nome?

– É... É... – "Pensa Christopher! Pensa garanhão! Isso nunca te aconteceu!" digo para mim mesmo, enquanto tento achar uma desculpa. Não posso dizer: Seu namorado disse seu nome antes de morrer. Até que arranjo uma desculpa. – Perguntei a um dos funcionários do banco.

– Ah! – Ela parece desanimada.

– Então, está sozinha? Acompanhada? – Pergunto quando percebo que a morena e a loira não estão com ela.

– Sim, estou com minhas amigas.

– E cadê elas?

– Foram dançar.

– E você? Porque está aqui sozinha? Vamos dançar!

– Não estou no pique.

– Ah vamos! – Digo ao pegar em sua mão e sentir sua pele macia, incentivando-a a se levantar do banco do bar.

– Não... é sério. Obrigada, mas não. – Ela está sem graça, e sinto que quer aceitar, mas ao mesmo tempo está triste e isso me comove. Será que isso ainda é resultado do assalto? Será que foi eu que fiz isso com ela?

– Dulce, se anima! Não veio aqui pra ficar sentada né?

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora