Finalmente

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Parte Lorena.

Primeiramente, meu nome é Lorena Portugal. Eu tenho 18 anos, paulista, escorpiana e apaixonada pela dança. Faz uma semana que me formei no ensino médio e consegui passar para a tão sonhada escola de dança no Sul. Esse sempre foi meu sonho desde os 8 anos de idade e finalmente irei realiza-lo. Só que nem tudo são flores né, meus pais enlouqueceram e minha única escolha foi aceitar a ideia louca deles de morar com meu primo Victor de 26 anos em Gramado. Devo ressaltar aqui que não o vejo desde os meus 12 nos, quando ele veio passar aqui suas últimas férias antes de se mudar pro Sul para estudar direito. Mas isso agora é o que menos me preocupa, até porque Gramado é lindo demais, uma cidade mágica e eu vou morar lá. Tive lá apenas uma vez numa viagem que fiz com meu irmão mais velho Otávio. Ficamos lá durante uma semana inteira e eu não vi o Victor nem uma vez. Eu e ele nunca tivemos nenhum problema, até porque são oito anos de diferença de idade e ele nunca me deu bola, apenas pro Otávio que tem a mesma idade que ele.

Eu estava deitada no meu quarto pensando exatamente nisso quando escutei alguém batendo na porta. Era minha mãe.

"Filha? Victor no telefone."

"Victor? Ué." Pergunto.

"Sim, ele quer falar contigo."

Levantei da cama e peguei o celular da mão de dona Marta, ela me deu um sorriso tranquilizador e saiu. Acho que eu olhei desconfiada demais.

"Sim?"

"E aí Loreninha, tudo pronto?"

"Hmm, Oi Victor! Como assim tudo pronto?" Pergunto sem entender o que ele quer dizer.

"Ué, o Tavinho não te falou? Eu tô indo pra Sampa daqui a dois dias ver a galera e você vai vir embora comigo de uma vez."

"Não tô sabendo disso não, desde quando vocês tomaram liberdade pra decidir que dia vou embora?" Falo já ficando irritada pela intromissão.

"Ou, calma ai guria. Só achamos que seria bom você vir comigo, assim te ajudo com as mudanças."

"Eu pretendia ir faltando pelo menos 1 mês para as aulas começarem e não dois."

"Qual é o problema de vir agora?"

"Vou ficar fazendo o que nesses dois meses?" Pergunto como se já não fosse óbvio.

"Pô mano, para né? Preciso saber se você vai vir comigo, tenho que dar uma geral no apê e tirar a bagunça do teu quarto. A propósito, de que cor que tu gosta?"

"Nossa, respira! Gosto de qualquer cor, e pode dar uma geral sim porque eu vou contigo."

"Beleza então gatinha, a gente se vê na quinta. Beijão!"

"Tchau Victor."

Desliguei o telefone e coloquei em cima da mesa. Gatinha? Esse cara não deve estar com as faculdades mentais muito boas. Então eu tenho dois dias para arrumar tudo isso e despedir da galera? Ok, eu posso fazer isso.

Quando você chegouOnde histórias criam vida. Descubra agora