Capítulo 4 - O sítio

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Chego em casa e vou direto arrumar minha mala. Deixo a mala aberta na cama e vou até o armário. Pego minha calça jeans, algumas blusas, alguns vestidos, roupas íntimas, pijamas, dois biquínis, meus chinelos, sandálias, um par de tênis e meu tão amado chapéu.

Quando terminei de arrumar a mala, fui tomar banho. Após o banho me vesti e fui dormir, colocando o despertador para as oito da manhã. Me deito e adormeço profundamente.

...

Acordo na manhã seguinte com o despertador tocando. Me levanto a muito custo e vou para o banheiro. Lavo meu rosto e escovo os dentes.

Vou para a cozinha e tomo um café da manhã forte. Ponho meu celular para carregar, pego um dinheirinho e saio. Vou até a padaria mais próxima e ponho crédito no meu celular. Se vou ficar pra lá, pelo menos que eu tenha crédito pra ligar pro Jack.

Volto pra casa e meu celular toca. Vou ver quem é e era o Jack. Fiquei na dúvida se atendia ou não. Resolvi deixar tocar e fui separar a roupa que eu ia.

Peguei um vestido (o mesmo que eu usei para ir ao parque com o Jack) e uma sandália qualquer. Fui tomar meu banho, pois já eram nove horas.

Logo após me vesti e fui fazer a maquiagem. Nada muito pesado. Somente um lápis e um batom rosinha. Ainda tinha duas horas para ir buscar o Carlos. Resolvi ir mexer no celular

Quando encostei a mão no mesmo, chega uma mensagem. Adivinha? Jack. Abro as mensagens e tinha, pelo menos umas dez mensagem de Jack.

"Jeana, eu posso passar aí na sua casa hoje? Preciso me despedir antes de você ir."

"Ei, por favor responde."

"Jeana, é sério."

"Quer saber, aparece aí fora. Surpresa, eu tô aqui em baixo."

Não acredito! Vou até a janela e lá estava ele. Desço até a rua e paro em frente a ele.

Jeana:- Jack, eu tenho que ir buscar o Carlos daqui quarenta e cinco minutos. Então seja rápido.

Jack:- Eu só queria te dar um abraço. Você vai pro interior e só volta em cinco dias. Vou sentir sua falta.

Ele me abraça e eu somente retribuo. Eu não sabia mais o que fazer, ele estava quebrando as regras. Ele me solta, beija minha testa e vai embora.

Jeana:- Ei, Jack!

Ele para e se vira para mim.

Jack:- Sim?

Jeana:- Posso te ligar assim que chegar lá?

Jack:- Claro! Vou querer saber como é.- responde sorrindo.

Ele se volta para seu caminho e o segue. Volto para dentro de casa, pego minha mala e vou para meu carro. A guardo e vou em direção a casa de Carlos.

Alguns minutos depois, chego e mando uma mensagem. Ele logo aparece na esquina.

Jeana:- Nós tínhamos combinado o que? Você iria me esperar na esquina. Chego aqui e você ainda não está.

Carlos:- Ai, garota. Você quer o que? Eu hein. Só porque eu não fiquei na esquina você dá chilique.

Jeana:- Lembro-te de que eu estou indo fazer meu serviço e, se você continuar reclamando, posso muito bem cobrar e não fazer serviço nenhum.

Carlos:- Tá bem. Foi mal. Vamos logo que eu te guio até lá.

Saímos e fomos para a estrada. As únicas palavras mencionadas eram as dele explicando o caminho.

Por ele ter dito que era no interior, achei que fosse bem mais longe. Mas, como não tinha quase carro nenhum, como nunca tem, chegamos rápido.

Jeana:- Carlos, no último dia teremos que encenar um término. Você não vai ficar com essa história depois. E se não fizer o término, eu conto a todos que você está me pagando pra ser sua namorada.

Carlos:- Sim, senhora comandante!- faz posição de soldado.

Eu começo a rir dele. Apesar de ser grosso, ele tinha senso de humor. Saímos do carro e pegamos nossas malas. Adentramos o local e ele segura em minha mão e procuramos alguém que ele conheça.

Logo surge um homem que vem todo animado, mas Carlos não percebe.

Jeana:- Carlos, você o conhece?- pergunto.

Ele olha na direção que indiquei e abre um sorriso.

Carlos:- Pedro, amigo!

Os dois se abraçam e riem. Logo os olhos do tal Pedro se voltam para mim.

Pedro:- Então é essa a namorada?

Carlos:- Sim. Essa é mina amada!- diz e beija minha cabeça.

Ele passa o braço pelo meu pescoço e eu pelas suas costas.

Pedro:- Da um beijo aí, quero ver.

Dou um beliscão próximo a costela de Carlos. Ele logo percebe o que é.

Carlos:- Eu não forço nada. Nossos beijos rolam quando tem um clima todo especial entendeu.

Pedro:- Sim. Bom, sobe lá e põe suas malas. Aproveita que tem vários quarto vazios. Eu fui o primeiro a chegar, já que eu tinha a chave.

Carlos:- Falou, Pedro!

Entramos na enorme casa e subimos as escadas para escolher nosso quarto. Passamos por uns três quartos e chegamos em um que gostamos. Era grande e tinha uma cama de casal enorme. Melhor assim, dormiriamos bem separados.

Deixamos as malas e ele desceu novamente. Pego meu celular e meu chapéu na mala. Desço e vejo Carlos com mais algumas pessoas.

Mulher:- Carlos, é essa a sua namorada?- pergunta me olhando.

Ele olha para a escada e me vê. Sorri e faz um sinal para mim descer.

Carlos:- Gente, essa é a minha namorada, Jeana. Jeana, esses são Marcelo- aponta pra um homem.-, Chris- a mulher que me notou.-, Charles- mais um homem.- e Charlotte.

Jeana:- Charles e Charlotte são irmãos?

Charlotte:- Sim. Percebeu né?! Ele é igual a mim. Bem, nem tanto eu sou mais bonita.

Charles:- Podemos até ser gêmeos, mas eu nasci primeiro, como fui eu que puxei você?

Charlotte:- Lembro muito bem de ter uma mãozinha no meu pé na hora do parto. Então você me puxou sim.

Começamos a rir.

Chris:- Jeana, liga pra esses dois não. Eles são loucos.

Jeana:- Percebi. Bom, com licença vou fazer uma ligação.

Me retiro e vou até os fundos da casa aproveitando para conhecer o local.

Foi Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora