O último celestial

A jornada começa

Antes da nova ordem mundial surgir, existiam os Imortais.  Eles eram conhecidos como guerreiros que lutavam contra aqueles que, um dia, se voltaram contra o seu grande rei, Harmddor. Porém, um dia, esse rei morreu. Os imortais foram capturados e treinados para forças exteriores. Eles ficaram conhecidos como Caelestis. Ninguém sabe ao certo o que eles tinham, porém, eram mais fortes, ágeis, e com uma visão tão precisa quanto a de um Falcão.  Eram conhecidos por usar lanças e espadas em suas batalhas. Uma guerra foi travada. E assim surgiu o caos, um caos que exterminou os Caelestis e destruiu tudo. Mas do caos, surgiu um guerreiro que mudaria o destino de todos. O nome dele era Cael.

Cael era um garoto de olhos castanhos, cabelo liso, longo e castanho. Ele foi criado na grande cidade cuidando e fabricando armas com seu tio, Ero. Na época não existia tecnologia, viviam com luz de velas e com tochas. Ero, o tio de Cael, era um homem barbudo e gordo que fabricava armas para a cavalaria do Norte junto de Cael.  Eles eram bem e amigos. Um dia, os inimigos do oeste vieram e, assim, capturaram Cael e mataram Ero. Cael foi levado para as montanhas e foi treinado como um Caelestis. Logo, ele se tornou um dos melhores Caelestis de todo o mundo. O oeste foi destruído e, somente um sobreviveu, Cael.

Cael seguiu para o norte em busca da cavalaria, e, chegando lá, foi bem recebido.

-Meu nome é Cael, sobrinho de Ero. Ele foi morto pelo Rei do Fim e busco vingança – Disse Cael melancólico.

-Entre, filho da luz – Disse o soldado, fazendo uma breve reverência.

Quando Cael entrou, logo foi seguido pelo mesmo soldado, e ele explicou tudo o que acontecia. A crise do Rei da Luz destruiu tudo. E tudo estava na mão de Cael. Um garoto de 19 anos. Então, Cael tomou uma decisão. 

-Prepare seus homens para o treinamento. Eu irei treiná-los – Disse com um tom de orgulho.

-Quantos homens, senhor? - Perguntou o soldado

-O quanto puder. Avançaremos em 9 meses. - Disse Cael

Cael, então, pediu um lugar de repouso. Era no meio da tarde quando ele foi para a nova casa.  Deitou a cabeça num travesseiro e adormeceu. Cael acordou no meio da madrugada, apenas com o silêncio. O vilarejo e o refúgio ficavam em lugares diferentes. Cael andou sobre o vilarejo e, no fundo, um senhor de idade olhando para as estrelas. Ele caminhou até o senhor e conversaram. Cael não sabia, mas esse senhor era um feiticeiro.

-Olá, meu rapaz. Sente-se ao meu lado – Disse o senhor observando cada estrela nos céus

-As estrelas estão bonitas hoje – Disse Cael olhando para os céus

-Elas contemplam seu rosto, meu caro. Não nos decepcione. – Disse o senhor

Quando Cael olha para o lado, o senhor não está mais lá. Ele corre os olhos para todos os cantos e não o acha. O senhor sumiu.

Cael volta para seus aposentos, confuso, porém, refletindo sobre o que o velho lhe disse sobre as estrelas. Ele adormece novamente.
No dia seguinte, o sol brilha intensamente. Cael se levanta, lava o rosto com um pouco de água e sai de seus aposentos para tomar o delicioso café da manhã.  Ele pega uma pequena bacia de barro e vai buscar seu café da manhã junto aos outros. Ele pega uma sopa de coelho com verduras e um copo com um pouco d’agua. Ele se senta junto aos outros e se isola num canto da mesa. Enquanto ele come, ele vê um soldado vindo em sua direção. Cael era bastante conhecido por ajudar seu tio. O soldado faz uma breve reverência.

-Senhor, boas notícias! Reunimos 200 homens em pouco tempo. Isso vai ser espetacular! – O soldado diz isso com um sorriso no rosto. Mas Cael não esboça nenhuma reação. E o inesperado acontece.

-Avalie os 200 homens e traga os 100 melhores. Não preciso de tudo isso. Isso foi muito rápido! Quero apenas os 100 melhores e avise-me o que se destacar mais – Cael diz numa calma, mas o sorriso do soldado desaparece e, então, ele simplesmente concorda com uma reverência e sai.

Cael termina seu café da manhã e vai para o campo, isolado de todos para treinar. Ele leva uma lança e uma espada. Ele começa o treino com movimentos leves. Tão leves quanto uma pena. Depois, acelera seu treino, prestando atenção em cada sensação. O capim batendo nos seus pés, o vento batendo em seu rosto e o cabo frio da espada que ele segura. A espada corta o vento como uma faca corta a carne. Assim, o vento se transforma em arma. Cael é um Caelestis. Ele sabe usar a mente e o corpo de uma só forma, controlando seus instintos e juntando o corpo e a alma como um só. Enquanto movia sua espada com o treino, ouviu passos de uma pessoa, então, ele se virou e colocou a espada em seu pescoço. Logo, viu que era um guarda.

-Senhor, sou um guarda. Perdão – O guarda diz isso assustado e com os olhos arregalados.

-Apenas desconfiei. Diga as novas, bravo soldado – Cael diz com um sarcástico sorriso no rosto.

-O soldado Jess me contou sobre o soldado em destaque que você procura. Meu filho, ele é um prodígio. E eu gostaria de apresenta-lo ao senhor, se tiver interesse. Ele tem apenas  16 anos, 1,74 de altura e cabelos na altura dos ombros e loiros– O soldado fala isso de joelhos, para que Cael pudesse aceitar a proposta

-Leva-me até seu filho. Ele sabe duelar? – Cael pergunta num tom gentil. E ele pede para o guarda se levantar.

-Sim, senhor – Diz o guarda

-Ótimo, ele irá ter uma breve luta comigo. Caso eu o considere bom, entrará para a tropa, será meu espião e meu braço direito – Cael diz ao guarda. O sorriso do guarda atravessou os céus