O Sonho

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"Corra" ouvi uma voz sombria me dizer, "Vamos não gosto de minhas vitimas sem medo" ao ouvir essas palavras corri, corri o mais rápido que pude, mas eu não conseguia sair do lugar, quando mais eu corria, mais perto ele chegava.

Desisti de correr, me entreguei a ele, ao meu assassino, me entreguei a sensação, me entreguei a morte, como todos as noites, mais uma vez eu ia morrer. Nesse momento ele me toma em seus braços, retira o capuz que cobria o seu rosto do qual eu não tinha visto que ele usava, e então eu vi ele, aquele rosto, eu conhecia muito bem, ele também a mim, e então ele disse "Hora de morrer linda!".

Acordei com o despertador tocando, suando frio e ofegante, desdi tudo que rolou venho tendo esses pesadelos, mas agora eles estão mais sombrios que o normal, mas de qualquer jeito, afasto meus pensamentos deles, hoje é meu primeiro dia de aula na minha escola nova e eu não poço chegar lá parecendo uma capivara. Vou ao banheiro e ligo o chuveiro, a água quente cai sobre meu corpo, me fazendo relaxar, de todos os meu lugares favoritos um deles é o banheiro, nele me sinto livre, posso fazer o que quero, pensar, chorar, mas tenho que terminar meu banho, não posso chegar atrasada na escola, não hoje.

Apos tomar banho e fazer minha higiene pessoal volto ao meu quarto, penteio meus cabelos castanhos escuros com pontas claras, e visto uma calça jeans, coloco uma blusa preta com pequenas estrelas.

"Querida! vem tomar café!" grita minha mãe, ela tem os cabelos pretos os olhos cor de mel, tem um corpo que é de dar inveja a qualquer mulher que já teve filho,  minha mãe poderia facilmente se passar pela minha irmã mais velha, se eu tivesse uma, eu teria uma irmanzinha mais nova ano passado, mas, infelizmente minha teve um aborto espontâneo, isso acabou com ela durante uns meses (tipo o resto do ano inteiro), "Querida? Está ai?!" diz ela entrando no quarto me tirando dos meus pensamentos, "Desculpe mãe, já vou descer, mas não quero café da manhã" eu digo a ela, que coloca as mãos fechadas na cintura perfeita dela, e faz uma cara de preocupada, se ela não estive a ponto de me da mais um sermão eu até riria da sua pose "Anna já falamos sobre, você sabe que precisa comer, você não pode ficar pensan..." "Mãe! não é isso, só não estou com fome, sério, por favor hoje é meu primeiro dia de aula" digo ao interromper ela, ela faz uma cara triste e solta o ar como se estivesse cansada "Tudo bem mas só hoje" "Obrigada mãe!". 

Termino de me arrumar e entro no carro da minha mãe me sentando ao seu lado, hoje é ele quem me leva ao colégio, meu pai está em uma viajem de negócios, ele tem viajado muito ultimamente. Coloco os fones de ouvido e começa a tocar The Climb da Miley Cyrus, essa música me traz a tona velhas lembranças, mas mesmo assim deixo ela, gosto de curtir uma vibe dessas em quanto estou no carro. 

Chegamos em frente ao colégio "Preparada para o seu primeiro dia?!" diz minha mãe um uma voz muito animada, me fazendo dar um pulinho de susto, por um momento achei achei que não tinham ninguém ali, estava mais uma vez perdida em pensamentos, faço uma cara de dor e minha mãe diz "Vai dar tudo certo querida...", amo ela, minha mãe sempre me apoiou, bom pelo menos as vezes, amo esse jeito que ela tem de me fazer sentir melhor, "Obrigada, mãe, me deseje sorte" digo e forço um sorriso que pelo jeito parece convence-la "Boa sorte querida! E lembre-se aqui é uma escola nova, ninguém sabe de nada, aproveite o seu recomeço!" diz ela sorrindo, sorrio também, era uma grande verdade, ela estava totalmente certa. 

Desço do carro, e fecho a porta, minha mãe sai com o carro, solto o ar que não sabia que estava segurando, espiro duas vezes fundo, coloco meus fones, e tomando coragem entro no colégio.

Me Forever AloneWhere stories live. Discover now