The Freedom Land Of Seventies

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Olá, pepecutos!!!! Tô postando essa história porque não aguento mais olhar pra ela, me deu trabalho demais pra escrever e pra quem me conhece, acho inclusive que ela foi responsável pelo meu bloqueio. Me senti pesada enquanto escrevia e pode ser que vocês não se sintam assim (apesar de que eu quero que se sintam), mas pra mim foi meio punk. Enfim, é óbvio, mas sempre bom falar; isso aqui foi inspirado em Brooklyn Baby da Lana Del Rey <3 portanto, eu ficaria feliz caso vocês ouvissem a música quando o nome aparecer no meio do capítulo hehe. Além dessa, também tem A Prelude To A Kiss - Ella Fitzgerald, Perfect Day - Lou Reed e Blue Moon - Billie Holiday (sentiram a referência? dhsauihsudaui) essas últimas são importantes, entretanto, fica a critério de vocês ouvir ou não. Já começo a agradecer quem tá tirando um tempinho da vida pra ler, assim como tirei um tempão da vida pra poder escrever com todo carinho. No mais, espero que vocês gostem e me desculpem qualquer coisa, não preciso nem falar que não estou satisfeita com o resultado final, mas eu ficaria surpresa caso algo me agradasse. Nos vemos de novo nas notas finais? Nos vemos! AHHHH! E caso você seja um(a) leitor(a) de 1blmoon, saiba que sou completamente, absurdamente e irreversivelmente apaixonada por você! ENJOY IT! :)

Fefê, Dupe, Alien, Babs e Mands, obrigada sempre! <3

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O mundo é estranho.

Desde pequena comecei com a minha implicância em relação à humanidade. Em 1958 eu tinha sete anos e me lembro muito bem da grande propaganda feita na TV por causa de um acontecimento idiota: a American Express lançou o primeiro cartão de crédito de uso geral, oito anos depois de Frank McNamara ter inventado tal objeto que anteriormente, teve o nome de "Diner's Club" por ser utilizado apenas em restaurantes. Não se falava sobre mais nada nas ruas, a criança da esquina comprava seu sorvete e se perguntava quando não precisaria usar dinheiro para fazer isso, os proprietários de negócio imaginavam como aderir à inovação e também eram questionados sobre lucro, sobre a desvalorização do dólar e a chance clara de que o dinheiro caísse em desuso. Mulheres varriam suas calçadas e paravam vez ou outra para comentar "Menina, você viu aquilo que estão noticiando nos jornais?", mamãe dizia que no fim das contas seria coisa de "gente influente", papai pensava o contrário "Uma perda de tempo, retrocesso econômico", já eu, sabia que jamais colocaria minhas mãos em um desses, tanto porque não me interessava, quanto porque não fazia parte da minha realidade.

Os donos da indústria se achavam muito espertos, aliás, os donos em geral, afinal, o que não poderia ser possível depois do dia 20 de Julho de 1969? Nessa data, pela primeira vez na história, o homem pisou na lua e estendeu lá a objetificação do orgulho de todos os americanos: a bandeira dos EUA que misteriosamente tremulou em suas cores vermelha, azul e branca, imperceptíveis devido a péssima qualidade de imagem.

A partir daí o Universo inteirinho desandou e eu passei a duvidar de tudo o que me era dito. Gastei a noite toda relembrando a imagem do astronauta dando pequenos pulos na superfície esburacada e cravando ali a garantia de que havíamos vencido a corrida espacial contra os soviéticos. Refleti sobre o significado daquilo, imaginei qual seria o nosso direito, se poderíamos nos achar grandes o suficiente a ponto de enfrentar o que não entendíamos e demarcar território no desconhecido. As pessoas são pretensiosas demais e enquanto alguns pensam ser a ambição responsável pelo avanço, eu fico com a teoria de que estamos cegos e incapazes de discernir o que pode ser tido como posse e o que não pode.

Enfim, não demorou muito e surgiram contestações científicas para dizer que a viagem à lua foi uma farsa tramada pela NASA e então minha fé se reascendeu. Fazia muito mais sentido, já que Stanley Kubrick deu um show em efeitos especiais no filme "2001: A Space Odyssey" que retratava justamente sobre questões tecnológicas, inteligência espacial e vida extraterrestre, tornando acessível a manipulação do vídeo e das imagens que nos deram como provas. Na minha opinião, era quase ridículo acreditar que toda a cena havia acontecido de verdade, chegava a ser patético! Nunca precisei de fotos ou de explicações elaboradas para apontar o dedo e dizer com todas as palavras "foi fraude", pois apenas um raciocínio lógico é o bastante para concluir isso: se o homem realmente tivesse ido à lua, ela não mais existiria. Países apostariam entre si novamente, o que culminaria em várias guerras, dessa vez, com o objetivo de desvendar os diversos segredos por trás do astro e das outras coisas que o rodeiam. Nada sobrevive a destruição gerada pela ambição dos seres humanos.

Brooklyn BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora