Parte 37

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Emily

Aquela tarde foi o marco para uma mudança de vida, para a mudança da minha vida.

Claro que não foi da noite para o dia, muitas coisas ainda iriam rolar, talvez lágrimas.

Entre milhões de conversas e piadas que só nós sabemos fazer uma da cara da outra, as meninas começaram a pegar no meu pé. Foi uma tempestade de pergunta, que não sabia por qual começar a responder.

- Emy seja sincera com agente, você gosta ou não do Johnny?

Díli fez um sinal com os dedos,  apontados para ela e a Paty. 

-  Claro que não Díli e ele tem namorada.

-  Emy e se ele não estivesse namorando?

- Paty, você tem amnésia é? Meu tempo com o John passou e já tem muito tempo.

- Que isso amiga? E por acaso agente não te conhece?

A Paty fez uma careta, piscando um dos olhos para Díli.

- Olha aqui Emily Rodrigues, te conheço e já sei sua resposta, só quero ouvir de sua boca.

- Está bem, você é de mais em Díli? Vocês ficam no meu pé e daí? O que vai mudar?

- Vai mudar muita coisa, acho que você deveria contar para ele sei que ainda te ama.

Disse Paty.

- Isso não vai mudar em nada meninas, porque no que depender de mim,  ele nunca vai saber. E mais eu tive minha oportunidade, reconheço que fui uma tola só que não vou destruir relacionamento de ninguém.
- Oh prima eu queria ouvir, falar vai ser bom, você ouvir de sua própria boa, vai mudar sua ideia.

-  Nada disso! Eu gosto...

- Gosta não, você ama o John!

- Ai Paty! Eu amo o Johnny, pronto falei, satisfeitas?

- Johnny, Johnny! Eu conheço o Johnny, estudados na mesma sala na faculdade.

Quando eu ouvir aquela voz  grossa vinda das minhas costas,  eu encolhe na cadeira morta de vergonha. Meu primo irmão da Díli estava bem atrás de mim. A conversa acabou na hora.

O dia terminou e semanas se passaram. Até um dia em um casamento eu encontrar com a Díli e ela dizer que seu irmão contou toda nossa conversa para o Johnny.

Fiquei apavorada, com vergonha, com raiva do meu primo, não sei explicar com palavras o que sentir naquela hora. Só sei que não queria por aqueles dias ver o Johnny.

Na verdade lá no fundo, bem lá dentro no oculto da minha alma eu estava feliz.

Já estava nas retas finais da faculdade e tirei um final de semana para ficar em casa. 

Já era noite quando do nada a Lara chegou e bateu na porta do meu quarto.

- Emy?

-  Oi Larinha, estou deitada, entra ai!

-  Que isso? Que cara mais amarrotada essa?

-  Oh amiga cheguei a pouco, tô morta de cansada!

-  Não quero saber, tira essa roupa e penteia o cabelo, John está te esperando lá fora.

Eu estava vestida já para dormir, mesmo que ainda era cedo e sabe que o Johnny queria falar comigo criou um alvoroço no meu estômago um formigamento nas mãos, comecei a tremer e a gaguejar.
- Olha Emy, ele está lá fora querendo ouvir de sua boca a verdade e ai de você viu? Eu te pego. Amiga me desculpa, não aguentava mais ver vocês desse jeito e ele ainda ter que tolerar a Erika.

- Ai Lara e agora?

- Agora você vai lar e anda logo.

Troquei de roupa, escovei rapidinho  os dentes, depois avisei a minha vó que iria na casa de Paty entregar uns livros a ela.

- Olha aqui está ela John, minha parte eu já fiz, agora é com vocês. Já estou indo.

Lara foi em bora e eu fiquei sem reação, velo ali bem em minha frente, me fazia querer dizer tudo e nada ao mesmo tempo.

Acho que ele percebeu minha confusão emocional deu início a conversa.

- E então Emily o que estou sabendo é verdade.

Eu idiota e tapada como sempre disse: É neh?

- Não Emily, um "é neh" não é o que eu quero ouvir.

E com toda a timidez do mundo repetir baixinho, olhando para baixo.

- Eu te amo.

- Eu não ouvir, fala olhando para mim.

Ele me puxou pela cintura, nos aproximando mais, causando espasmos por todo meu corpo e levantando minha cabeça.

- Eu te amo John...

Nem terminei, ele me beijou  de uma forma tão necessitada, como se a muito tempo ele desejasse aquilo.

O mundo inteiro parou só existir nós e mais ninguém.  Seu corpo exalava um perfume que inebriava a alma, puro, doce e quente.

Eu nunca na vida tinha sentindo algo assim, amando alguém.

Não houve perguntas nem acusações, tudo estava fluindo naturalmente.

- Emy eu também te amo muito, só vou te pedir um tempo, tenho que me resolver com a Erika.

- Tudo bem. Vou está bem aqui.

Nos beijamos e com esse beijo nos despedimos.

Naquela noite eu não tive pesadelos e nem sonho algum, só dormir, simplesmente isso. 

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora