Capítulo 9 - Seu coração é meu

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   Oi, pessoal. Não sei se alguém aqui está achando a história um pouco corrida, mas resolvi fazer porque o foco da história não é nesse momento que os personagens estão vivendo, como diz na sinopse, o foco principal é 10 depois desses acontecimentos da qual narrei, o próximo capitulo será o encerramento da 1° fase da história, depois disso haverá uma passagem de tempo. Eu espero que vocês estejam gostando de Arthur e Julia, haverá altas revelações, decepções e despedidas no próximo capitulo, não percam, boa leitura e desculpe por algum erro que esteja no texto. 


Bjs.


  Já havia se passado um mês depois daquele beijo na frente do fênix, Arthur e Julia não tinha se separado desde então, mesmo que Julia quisesse manter tudo em segredo Arthur não se importava com um relacionamento escondido contanto que estivesse com Julia.

   Todas as vezes que se beijavam era como se fosse a primeira vez, as vezes ele não acreditava que o sorriso dela era direcionado a ele todas as vezes que se viam.

 Uma noite deitados na cama do quarto de Julia, os pais dela já haviam ido dormir e não sabia que ele estava lá, os dois observavam o estrelas que brilhavam no escuro por causa do papel de parede do quarto, ela estava com a cabeça encostada em seu ombro, Arthur podia sentir a respiração quente dela tocar seu pescoço, tudo estava tão quieto que por um momento ele pensou que talvez o universo conspirasse ao seu favor.

- Acho que não me lembro de ter percebido que meu quarto tinha tantas estrelas como hoje – Ela disse enquanto segurava a mão de Arthur.
- Nem eu.
- É tão lindo – Ela sussurrou perto do pescoço dele, e sentiu que se arrepiava.
   A mão dele passeava pelas costas dela, a sensação de ter ela deitada tão perto dele era ótima.
- Sabe, eu estava pensando que talvez a gente precisasse conversar mais
- Como assim? – Arthur disse ao franzir o cenho.
- Eu não sei muita coisa sobre o seu passado e nem eu te contei muita coisa sobre o meu.
- Tem razão, mas com uma condição
- Qual? – Julia se divertia com o tom de voz exigente dele.
- Que toda vez que me fizer uma pergunta, eu faça uma a você, Combinado?
- Feito!
- Primeira pergunta.
- Qual seu super herói preferido?
- Essa pergunta é séria? – Arthur soltou uma risada depois da pergunta de Julia.
- Seríssima, agora responde.
- Homem aranha.
- O meu também – Ela disse com o sorrisinho no canto da boca.
- Agora minha vez – Arthur pensou por alguns segundos – Prefere gatos ou cachorros?
- Os dois, adoro animais.
- Eu também, agora que tal a gente começar a fazer perguntas mais sérias?
- Está bem – Ela pensou um pouco – Com quantos anos deu seu primeiro beijo e com quem?
- Isso está parecendo um interrogatório bem sério agora.
- Responde! – Ela exigiu.
- Ok, foi... Acho que eu tinha 14 anos, lembra da Leslie Jones da 7° série?
- Aquela vadia, não acredito – Ela disse surpresa – Pelo menos ela não mora mais aqui.
- Ela beijava bem.
- Não acredito que você está falando isso pra mim – Ela deu um leve tapa em seu peito.
- Foi você que perguntou – Arthur se defendeu rindo do tom indignado dela.
- Não pedi detalhes, e tenho certeza que beijo muito melhor que ela.
- Disso não posso discordar – Ele deu um beijo de leve na boca dela – Agora é a minha vez.
- Manda ver.
- Agora eu que quero saber com quantos anos e com quem foi seu primeiro beijo.
- Ok, eu tinha 15 anos eu acho, eu e meus pais tínhamos ido a capital, eu fui ao cinema e na fila eu acabei encontrando um amigo de infância que eu não via a muito tempo, assistimos ao filme juntos, então quando meus pais e os dele conversavam em uma lanchonete, fui no lado de fora tomar um ar e ele foi atrás de mim e conversamos mais um pouco e depois ele me beijou, fiquei bem surpresa.
- Você ainda o ver?
- Às vezes quando ele vem visitar os avós que moram na casa da frente.
- Como são essas conversas?
- Não precisa ficar com ciúmes, ele é só um amigo – Ela disse rindo.
- Eu acredito, estava apenas brincando com você.
- Eu sei – Ela segurou a mão dele outra vez.
    Ele olhou pela janela e viu quando uma estrela cadente passava pelo céu para depois desaparecer.
- Por que você tem medo do Kevin?
Ela ficou em silencio por um tempo, como se pensasse na resposta para a pergunta dele, ela saiu dos braços dele e sentou na cama de costas para ele.
- Houve um tempo que Kevin já foi legal, ele começou a ficar meio agressivo depois que a mão dele morreu em um acidente de carro há 1 anos, na época a gente já namorava a alguns meses, depois disso ele começou a ficar estranho, começou a beber, o pai dele nunca se importou pelo que percebi.
- Ele já te bateu? – Arthur perguntou ao sentar perto dela.
- Não – Ela suspirou e depois voltou seu olhar para o teto – E pensava que era uma fase, que ia voltar ao normal, mas eu só percebi quando a gente transou pela primeira vez, acho que transar talvez seja a palavra certa, porque "fazer amor" para mim não parece apropriado para aquela noite, não foi como eu tinha imaginado, não senti nenhum sentimento da parte dele, queria que tivesse me dito palavras bonitas, mas da boca dele não ouvi nada, só percebi que não o amava mais depois que ele saiu de cima de mim e dormiu do meu lado, nem ao menos perguntou se eu estava bem, ele é um idiota.
- Eu sinto muito, Julia – Julia o abraçou forte e ele sentiu a respiração quente dela outra vez tocar o seu pescoço.
- Depois daquilo sempre que ele ficava sozinho comigo eu o evitava, as vezes dava algumas desculpas, até que ele não insistiu mais.
- Por que não terminou com ele antes?
- Tinha medo do que Kevin pode fazer, ele age por impulso, nunca mede as consequências – A voz dela parecia um pouco relutante.
- Julia, eu sei que você é forte e pode enfrentar qualquer um, eu mesmo já vi você enfrentar o Kevin várias vezes, sei que nessa história tem mais coisas, mas se você não quiser me contar está tudo bem.
- Não, eu preciso contar – Ela continuava abraçada a ele, como se sentisse segura com ele – Isso foi a 5 meses, ele escondeu uma câmera fotográfica no quarto naquela noite e tirou várias fotos e ameaçou divulga-las, eu consegui encontra-las e queimei todas, mas eu tenho medo que ele tenha alguma guardada.
- Canalha – Arthur queria socar a cara do Kevin até não sobrar nenhum dente - Ele falou alguma coisa para você?
- Não – A voz dela foi quase como um sussurro.
- Se ele te ameaçar promete que vai me falar – Arthur segurou o rosto dela e ela o olhou nos olhos.
- Você não o conhece, ele é louco
- Promete – Arthur insistiu
- Prometo.
- Tudo vai ficar bem – Disse a abraçando novamente.
   Depois de algum tempo abraçados, ele sentiu quando a boca dela beijou o pescoço dele, os beijos continuaram até chegar na boca dele, que começou com um beijo calmo e suave começou a se transformar urgente, ela sentou entre suas pernas e os braços delas o envolveram enquanto as mãos dele percorriam as costas dela.
- Julia – Ele sussurrou entre os beijos dela.
- Por favor, Arthur – Sussurro perto do ouvido dele. Droga, ela sabia como mexer comigo, Pensou.
   Ela saiu de cima dele e deitou na cama devagar, ele ficou por cima dela até que o corpo dele pressionasse sobre o dela, eles se olhavam nos olhos, era como se comunicassem só pelo olhar, uma das mãos dela percorriam os cabelos dele enquanto a outra passeava pelas suas costas, prendendo ele a ela, a respiração de ambos era irregular e intensa, ele estava tão concentrado que podia sentir cada batida do seu coração, e quando finalmente os lábios deles se encontraram, eles puderam sentir que nada mais importava além deles, as mãos dela forçavam seu pescoço a se aproximar mais ainda, o perfume dela invadiu o ar ao seu redor, a sensação que ambos sentiam era indescritível.

   Ela saiu de cima dele e deitou na cama devagar, ele ficou por cima dela até que o corpo dele pressionasse sobre o dela, eles se olhavam nos olhos, era como se comunicassem só pelo olhar, uma das mãos dela percorriam os cabelos dele enquanto a o...

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   Arthur olhou para Julia que dormia suavemente ao seu lado na cama, a cabeça dela estava sobre o seu peito e os braços dela o envolviam, ele nunca a tinha visto dormindo, parecia tão serena e despreocupada que Arthur não queria se mexer com receio de acorda-la, o vento frio soprava pela janela, a noite estava tão linda a luz da lua entrava pela janela que criava um clima mais propício.
   Ele sentia a respiração regular dela tocar o seu peito, o lençol cobria apenas a parte de baixo, as mãos dele passeavam pelas costas nua dela, eram macias como ele imaginava, ela sorriu ao acordar e se aconchegou mais ainda nele.
- Você está bem? – Arthur beijou o topo da sua cabeça.
- Ótima, considero essa como se fosse a minha primeira vez.
- Amo você, sabia? – Ela aproximou o rosto e beijou os lábios dele.
- Fico feliz em dizer que também amo você
   Arthur não sabia como descrever o que sentia a o ouvir ela lhe dizer essas palavras que tanto ele sonhou em ouvi-las.
- Confesso, que fiquei com um pouco de medo dos seus pais ouvirem alguma coisa.
   Ele ouviu Julia dar aquela risada gostosa que ele adorava.
- Posso te fazer outra pergunta?
Ela estava com a cabeça deitada tão perto do seu coração, que ele se perguntou se ela podia ouvi-lo.
- Quantas quiser.
- Você já tinha feito isso alguma vez? – A pergunta o pegou de surpresa, ele pensou na resposta por alguns segundos.
- Sim.
   Ela levantou a cabeça e o encarou, ele não sabia dizer qual era a expressão que demonstrava parecia apenas atenta ao o que ele dizia.
- Eu namorei uma garota a um ano, se chamava Evelyn, eu gostava dela, a gente se dava bem – Julia continuava a prestar atenção – Ela se mudou para Nova York, eu não queria um relacionamento a distância, então terminamos.
- Vocês ainda se falam?
- Às vezes – Ela deitou a cabeça novamente em seu peito – Eu já amava você naquela época, mas eu não sabia se um dia teria a oportunidade de me aproximar de você, Evelyn foi muito importante na minha vida.
- Acho que estou com um pouco de ciúmes – Ela confessou.
- Não precisa se preocupar.
De alguma maneira ele podia sentir que ela sorria.

    Depois de alguns minutos, Arthur teve que irembora, infelizmente, não podia passar a noite toda com ela no quarto. Sedespediram com um beijo terno e ele foi para casa envolvido em um turbilhão de pensamentose sentimentos.
   Sozinho na escuridão do seu quarto, eleobservava de sua janela os primeiros raios de sol da aurora que começavam aaparecer, ele não havia dormido nenhuma vez se quer, ele olhou mais uma vez paraestrelas que desapareciam do céu.
- Sinto sua falta, Daniel. Há tantas coisas que eu queria te contar, só queroque saiba que estou seguindo seu conselho – Ele sorriu ao sentir a sensação dovento bater de leve em seu rosto, durou apenas alguns segundos.
    Depois resolveu dormir as horas querestavam. 



Seu Coração Ainda é MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora