Capítulo oito.

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Alejandro estava furioso, essa brasileira atrevida... Ninguém fazia Alejandro Benson de otário desse jeito, o que ela estava pensando? Só por quê ela fazia um sexo maravilhoso? E tinha os olhos mais lindos que ele já tinha visto, a bunda mais incrível, os seios que se encaixavam perfeitamente em suas mãos grandes, e a voz mais doce que ele já havia escutado... Mas que merda! O que estava acontecendo com ele? Enquanto aquela mulher o ignorava, ele estava ali, babando por ela. Lembrando de cada minuto que passaram juntos, de todos os detalhes daquele corpo.

- Maldición! - esbravejou quando percebeu que estava ficando duro.

Ele caminhou para sua casa na árvore, havia muitos anos que não ia aquela casa, fez quando era pequeno com o pai, eram muitas as lembranças que tinha daquele lugar. Quando tinha dez anos ele e o pai construíram aquela casa, os dois levaram dias naquela ilha sozinhos, para construir tudo. Desde o corte da madeira até a colocação da palha no teto.

- Mi hijo todo lo que se construye con sus propias manos tiene más de valor. - aquelas foram as últimas palavras que ouviu sair da boca do pai diretamente a ele, aqueles dias foram os últimos que passou ao lado do pai, depois disso ele morreu em um acidente de avião. Muitos dizem que foi um acidente, mas no mundo que vivem ele sabe que não foi acidente.

Subiu as escadas feitas de cipó e madeira, empurrou a porta que ainda estava amarrada, com toda a força de um menino de dez anos. Quando olhou para dentro as lembranças invadiram sua mente, o pai sorrindo ao ensinar o jeito certo de se dar um nó no cipó, um olhar mais severo quando o nó não saía tão perfeito. Sentiu o frio correr sua espinha com aquelas lembranças, o pai era infinitamente bom para seus filhos, mas tinha punhos de aço quando preciso, o pai nunca precisou erguer as mãos para os filhos, mas bastava um olhar e o recado estava dado.

Deitou na cama improvisada com folhas de bananeira, ficou olhando fixamente para o teto e pensando qual conselho o pai daria a ele sobre aquela pequena brasileira, fechou os olhos e deixou que as lembranças viessem ainda mais fortes.

Sem perceber Alejandro acabou adormecendo, o sol ardia em seu peito, entrando pela janela no outro lado da casa na árvore, estava suando e precisava de um banho com urgência.

Se levantou rapidamente e desceu pela escada velha, seguiu pela trilha que fizera com o pai também, até a cachoeira onde levaria Flavia mais cedo. Quando se aproximou do local, o barulho da água foi lhe acalmando e Alejandro começou a tirar suas calças, as jogou sobre uma pedra atrás das árvores e olhou na direção da água cristalina.

Nunca cansava daquele lugar, era mágico, como se as águas daquela cachoeira pudessem lavar a alma, tirar dele todas as feridas e sujeiras que sua vida escondia. Estava prestes a se aproximar quando avistou um ponto negro submerso, ele deslizava dentro da água como se fosse feito para estar ali.

Quando a dona daqueles cabelos negros se levantou na água, parecia uma sereia. Seus cabelos negros estavam penteados para trás pelas águas, e seu rosto resplandecia beleza, a pele branca destacava os olhos quase tão negros quanto os cabelos, quando baixou os olhos Alejandro parou de respirar. Flavia estava nua!

Seus seios perfeitos estavam empinados, os mamilos duros pela água fria e da cintura para baixo ele via apenas um borrão daquele lugarzinho que era o paraíso. Sempre achou aquela cachoeira o paraíso, sempre pensou que aquele pedacinho do Éden, ali escondido não poderia ficar melhor, mais olhando para aquela cena, ele percebeu o quanto estava errado, aquele lugar era lindo, mas não se comparava com a beleza daquela mulher. E os dois juntos, unidos ali bem a sua frente eram a visão perfeita.

Flavia começou a nadar de costas, dando a Alejandro a visão perfeita do seu lugar mais íntimo, ele poderia ficar horas observando aquela mulher que jamais se cansaria, ela jogava os braços para cima e para dentro da água enquanto suas pernas acompanhavam o ritmo, era suave e quase não fazia barulho, como se Flavia fizesse parte da água. O som dos pássaros a sua volta dava a impressão de que ela era bem vinda ali, como se a natureza abrisse passagem a ela, convidasse Flavia a estar ali, Alejandro nunca tinha ouvido os pássaros cantarem daquela maneira, estavam realmente fazendo uma festa para receber sua convidada especial.

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