Qual meu maior inimigo?
Qual o seu maior inimigo?
Me lembro de certa vez comentar com um grande amigo, na verdade um irmão, sobre estar me sentindo mal comigo mesmo, sobre como muitas coisas em minha vida não estavam caminhando como eu queria.
Depois de alguns minutos de conversa ele me falou algumas palavras que não saem da minha mente até o dia de hoje.
"Seu maior inimigo, não é Satanás, não são as pessoas que falam de você pelas costas e que querem o seu mal, não meu amigo, seu maior inimigo é você mesmo, suas maiores inimigas são suas escolhas que te trouxeram exatamente aonde você está."
Naquele momento confesso que fiquei confrontado com aquela dura realidade, pois nós seres humanos sempre achamos mais fácil tratar os problemas quando eles se encontram em outras pessoas.
Li algo semelhante a isso há alguns dias que falava "A maior luta de Paulo, foi nunca voltar a Ser Saulo".
Isso foi novo pra mim, pois nunca tinha me dado conta sobre esse detalhe, pois na maior parte das cartas escritas e relacionadas a Paulo, sempre nos apegamos mais ao seu intelecto, mas quase nunca nos permitimos observar sobre suas dores e aflições.
Ou seja nossa luta diária não está em vencer um inimigo que não podemos ver, não, pelo contrário, nosso inimigo é visível, ele é palpável, basta você olhar no reflexo do espelho que o verá, sempre te encarando.
Somos na mioria das vezes a pior versão de nós mesmos.
muitas e muitas vezes, vamos cintraditoriamente contra tudo que Jesus nos ensina.
Odiamos quando Ele, nos manda e ensina a amar;
Mentimos e caluniamos, quando Ele se mostra como sendo a pura verdade;
Matamos com atos e palavras, quando Ele afirma ser a vida que flui incessantemente;
Paramos por medo, quando Ele nos garante a coragem;
Fazemos discersão de pessoas, mesmo Ele nos ensinando que somos todos iguais;
Vemos diariamente nos jornais, novelas e documentarios a fora, o alto índice de violência, discriminação e morte crescendo cada vez mais.
Sinais cada vez mais visíveis da sua volta, e nesse momento eu não posso deixar de me perguntar. Qual meu destino? Será que a forma que estou administrando minha vida, sera que a forma com que estou conduzindo meus projetos e passos estão agradando a Ele?
Qual exemplo estou dando?
Estou deixando pegadas em qual dos caminhos?
E o mais importante, os que estão atrás de mim, vendo e seguindo minhas pegadas, chegaram ao paraíso ou ao inferno?
Por favor, se questione a respeito disso.
Percebi que nós mesmos permitimos a distância que nos separa dos braços Dele.
Somos meros autores egoístas de barganhas das quais sempre saímos no prejuízo.
Exemplo disso?
Trocamos nossa salvação por um pouco de diversão, trocamos a intimidade com Ele por momentos perdidos em redes sociais, vivemos nossas vidas como se o dia da sua vinda não fosse chegar.
Pedimos muito e não agradecemos nada.
Falamos muito mas não agimos.
Falamos de amor, obras e frutos, mas na sua maior parte desconhecemos essas palavras.
Falamos de paz mas semeamos a guerra.
Por falar em guerras, a mais sangrenta delas é sempre travada no interior do ser humano, e essa guerra começa no momento que queremos algo que não conseguimos ou perdemos algo que tinhamos.
Muitas vezes essa guerra acontece por depositarmos nosso amor e fé em algo que não provém de Deus.
Para satisfazer nossos íntimos desejos, saímos sem rumo procurando algo que nos traga prazer ou alegria.
E a consequencia disso é sempre a oposta.
Tornando-se assim um eterno ciclo vicioso.
Entendo com isso que abstinência chega a ser um tipo de ciclo.
Uma pessoa que por muito tempo usa drogas e em algum ponto de sua vida decide se tratar em alguma clinica de reabilitação passa por um período de isolamento onde nesse período se emcontra em estado de abstinência, ou seja a vontade de usar novamente a droga chega a um nível onde se é um "quase morte" a vontade do uso chega ao seu extremo.
Assim também é quando é nossa vida, seja ela emocional, fincanceira ou melhor, no total.
O ser humano tem um ciclo continuo de abstinência.
Mas a maior de todas acontece em nossa vida cristã.
Falo isso por mim, pois recentemente me encontrei em um estado de abstinência ao qual me levou a quase uma depressão.
Pensando algumas vezes até na morte, pela primeira vez não sinto nem um pouco de vergonha de mencionar isso, talvez você que esteja lendo isso se identifique com minha situação passada.
Vou te explicar como funciona.
Quando conhecemos a Cristo e Ele nos escolhe e nós O escolhemos acontece o primeiro estágio do vício, nos viciamos em Cristo e tudo que queremos a cada momento do nosso dia é Ele, é estar com Ele, e nos envolvermos com tudo que diz respeito a Ele.
Até ai tudo vai caminhando normalmente até que alguma situação traz o desanimo, e então o cansaço se torna diário.
Deixamos Cristo de lado e logo entramos em um estado catatonito.
A ausência D'ele em nossas vidas se torna angustiante, e dia após dia, mês após mês vai tornando pior.
Nesse momento buscamos respostas em lugares aonde não vamos encontrar.
Até que caímos em sí e redescobrimos que a única alternativa é...nos viciarmos novamente em Cristo.
Hoje tive essa experiência extraordimária novamente, confesso que estava com um peso enorme nas costas, joguei tudo que tinha no lixo, assim como minha vida.
Meu coração já não sabia mais oque era conversar com Jesus.
Mas pra minha surpresa Ele ainda cuidava de mim nas entrelinhas.
E cuidava nos mínimos detalhes.
Hoje foi um ótimo dia para mim, por mais que tudo tenha dado errado hoje, por mais que tudo conspirasse contra.
Hoje meu Jesus me chamou de amigo.
Hoje o desespero da abstinência nao teve o efeito diário em mim.
Hoje a depressão virou alegria, as lágrimas em risos e as dúvidas em certezas. Mas a maior certeza de todas é que sou amado por um Deus que leva a palavra amor a uma outra atmosfera.
Deixo aqui um convite...
Permita-se ser inundado por esse amor.
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"DEUS" Por Um Pecador
SpiritualUma experiência nova, de superação, quedas e a prova de um amor incondicional de um Deus que é o amor por um pecador.