O aprendiz

capítulo seis - Hayku

Já era tarde da noite. O céu estava estrelado e limpo. O dia havia sido bom e tudo estava correndo bem. Até que eu vejo no céu um cavalo branco alado. Ele parecia ter uma criança montada nele. Mas ele aparentava estar cansado e suas asas batiam lentamente. O garoto não devia ter experiência em montarias. De repente o pégaso para de bater suas asas e eles passam a cair.
Eu me aproximei da área de impacto, mas eu sabia que esse seria o fim dos dois. Quando me distraí, uma luz amarela saía do peito do garoto. Ele parecia usar um colar. Um escudo esférico se formou em volta dos dois. Agora parecia que eles ficariam bem, mas o escudo quebrou com o impacto. Corri para perto dos dois e percebi que o pégaso era na verdade um alicórnio, uma criatura extremamente rara, e o garoto tinha no máximo quinze anos.
O animal estava desacordado e o goroto estava tonto. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o menino caiu e desmaiou no chão. Ele era branco como uma nuvem, mas sua pele estava queimada de voar debaixo  da luz do sol. O cavalo estava desidratado assim como o menino. Eu estava preocupado com os dois, principalmente com esse garoto que me lembrava tanto do meu filho.
Usei um dos tapetes que eu tinha comigo e coloquei o cavalo em cima. Peguei o garoto e o coloquei encostado no assento do meu dromedário. Puxei o tapete e orientei. Elliot, o meu dromedário.
Ao chegarmos na minha tenda, usei uma das mamadeiras de elliot para dar água ao cavalo. Depois de tratá-lo, fui ver o menino. Ele tinha alguns arranhões e com um pano e água, limpei as feridas. Vendo ele de perto, lembrei das últimas vezes que vi meu filho, antes de sua morte. Essas lembranças criavam um buraco no meu peito, e meus olhos se encheram de lágrimas.
Aproveitando que eu estava sozinho, deixei minhas lágrimas caírem e fui tomar banho.