Tom,
Se havia algo capaz de definir Tomas era o ditado popular: não julgue um livro pela capa. Beirando os vinte e sete (idade do ouro segundo as grandes estrelas do cinema que morreram nessa idade) ele tinha a típica aparência de um bad boy dos anos 80: calças rasgadas, blusas de bandas de rock e um cabelo que começava a crescer.
Ninguém diria que ele era cristão, até porque ele não gostava de se definir em uma religião, não acreditava em religiões, mas em Jesus sim -e muito- e para ele isso bastava.
Mas isso não o livrava de seus muitos conflitos interiores, por isso ele era um mistério para o mundo, sofria, porém nunca externava, reprimia seu verdadeiro "Eu" em risadas e cantadas baratas, milagre era quem conseguisse - mesmo que por um momento - tocar a sua alma.
Trabalhava com fotografia, que era além da renda, fonte da sua maior felicidade. Ele amava capturar momentos, sentimentos, eterniza-los em uma só foto. E mesmo não expondo a sua, quando estava com sua câmera, se considerava um explorador de almas.
Fugia de rotinas, não tinha um modo de viver a vida, cada dia ao seu lado era uma incógnita, pois Tom se reinventava todos os dias, em busca de algo que nem ele sabia ao certo o que era.
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Parque Lage
RomanceMatô e Tom, como a maioria das pessoas, não tem a vida que sempre sonharam. Ela, chegou aos 30 com poucas posses, mas com uma alma abarrotada de histórias e experiências. Entre seus demônios interiores e seus temores, encontrou na pessoa de Jesus (...