Capítulo 5

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Depois de uma mudança de planos, os deuses não conseguiriam nos encontrar, então Quiron recebeu ordens de nos levar até a sala do panteão. Andamos devagar até chegar ao panteão, com suas portas imensas. Tudo lá era tão grande e tão brilhante. Parecia até de mentira.

Quiron simplesmente bateu à porta e uma voz forte e grave nos mandou entrar. Segurei na mão dos meus dois irmãos e entramos juntos. Lá dentro eu pude ver todos os doze deuses maiores. Eles realmente eram maiores, passando de 10 metros de altura. Foquei em meu pai e ele sorria olhando para nós. Ele diminuiu de tamanho e veio nos abraçar, assim como os outros deuses com exceção de Zeus, Hades, Hera, Ártemis e Dioniso. Meu pai me abraçou e através de seu ombro, eu olhei para ele, o deus dos vinhos, sexy e provocador, em seu terno preto alinhado e seus cachos caindo pelo rosto. Seus olhos roxo escuros esquadrinhavam todo o salão enquanto ele fingia um interesse forçado nas crianças recém chegadas.

Ele olhou para mim e eu desviei o olhar, meu objetivo era esquecer que aquilo tinha acontecido e era isso que eu iria fazer.

—Gostou do Olimpo?—Papai perguntou sorrindo e colocando suas mãos pelos dois lados do meu rosto.

—É esplêndido. Muito mais bonito do que qualquer coisa que eu poderia imaginar.

—A gente queria ficar aqui pra sempre—Ruby e Wes disseram ao mesmo tempo.

—Eu também gostaria disso. Agora vamos, nós temos o dia para nós hoje. Quem quer conhecer o templo do deus mais bonitão do Olimpo? — Ele disse rindo enquanto apontava para si mesmo. Nós rimos e o acompanhamos. Ruby ia na frente pulando pelas ruas e Wes tirava fotos com sua câmera profissional. Papai segurava minhas mãos e me contava histórias sobre os lugares onde passávamos.

—E foi ali que Hermes roubou um gado que era meu, sempre que eu lembro dessa história me dá uma raiva daquele meu irmão. Ah, família é uma coisa tão complicada. Chegamos!

Ele apontou para uma construção enorme de mármore branco com detalhes dourados, na frente havia uma escultura de sol e uma varanda com uma rede. Nós entramos e lá dentro era tudo muito bonito e luxuoso. Papai nos disse para escolhermos os quartos e Ruby e Wes sumiram de vista.

—Acho que eles levam isso muito a sério, aparentemente.

—É difícil para eles não terem o próprio quarto, eles estão há tanto tempo no acampamento e eu me sinto mal por eles, mas é o único lugar em que vocês ficam em segurança.

—Eu entendo pai.

—Vem, já que você não vai escolher um quarto sozinha, eu escolho um pra você.—Ele me pegou pelo braço e foi correndo escadas acima, chegando até o fim do corredor, onde havia um quarto enorme.

A cama era perfeita e o banheiro tinha uma hidromassagem. Eu olhei para ele e ri.

—É sério isso?

—Sim, pelo menos durante a semana que vão passar aqui. E olha, eu não tenho filhos velhos há um tempo e não lembro muito bem como funciona mas, peço desculpas agora se eu ficar um pouco rabugento. Tudo bem?

—Tudo pai, mas não pretendo trazer ninguém para cá.

—Nós nunca pretendemos, Sofia, nunca pretendemos.—Ele riu e eu taquei uma almofada nele que saiu correndo do quarto. Logo depois ele voltou com as minhas malas e beijou minha testa antes de sair. Eu guardei as roupas no armário e fui tomar um banho quente para relaxar.

Na televisão que ficava dentro do banheiro estava passando uma série, Hércules corta cabeças, era engraçada, então eu deixei ali mesmo. Relaxei e então me deixei levar por aquele banho maravilhoso.

O Renascimento de Sr. D.: Descobrindo o Amor além do VinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora