[foto meramente ilustrativa, pq nn achei melhor rs]
CAPÍTULO 1
"Aquela manhã já havia começado bem, Tom tinha um shooting no lugar que mais amava no Rio, o Parque Lage. Era algo pequeno para uma recém criada loja de roupas infantis, mas só por ser lá, já mudava seu humor.
Ele caminhava calmamente pelo parque Nacional da Tijuca, absorto em seus pensamentos e com a música no volume máximo, quando alguém o chamou: - Ei, curti a sua camisa. Você aceita uma poesia?
Tom levantou a cabeça, uma moça de cabelo rosa (coisa que já o chamou atenção) sorria para ele oferecendo um papel. Ele tirou o fone e sorriu de volta, colocando o cabelo para trás da orelha de uma forma involuntária.
- Desculpe - começou.
- Tudo bem, The Smiths é uma banda legal - ela apontou para a camisa dele - Então, você aceita uma poesia?- ela voltou para o assunto.
- De graça? Poesia é algo muito valioso, não preciso fazer nada para merecer? - Tom sorriu.
Entendendo a indireta, a garota apenas sorriu de volta. - Não essa poesia, ela fala sobre algo que foi graça e de graça para mim. É um pedaço de quem eu sou compartilhado, essa É a graça.
Tom se interessou, já curioso com a poesia. - E porque faz isso?
- Não sei dizer ao certo - Ela jogou o cabelo para trás - Pra trazer um pouco de luz para quem passar. A vida de todo mundo é um pouco bosta sabe? Sendo sincera com a palavra. Eu encontrei algo que mudou tudo dentro de mim e queria compartilhar. Às vezes tudo o que falta é uma poesia. - Fascinante - Ele sorriu. - Nunca havia encontrado ninguém com esse pensamento.
Não! - Ela riu, se assuntando. - Não é algo importante ou que vai mudar o mundo! Sei lá, estou vivendo, estou tentando. - Ela deu ombros.
Tom não falou mais nada, ficou apenas olhando para ela, admirado. Naquele momento quase conseguiu ouvir Lucas, seu amigo colégio, falando " Não se apaixone por toda garota que sorrir para você Cara".
- Qual... qual é seu nome? - Ele perguntou, voltando a consciência.
- Mato...quer dizer Antônia, Maria Antônia - Ela se embolou - Ah, escolha um dos três.
Ele riu mais uma vez, parecia que era só isso que sabia fazer naquela manhã. Mas no momento seguinte o telefone tocou, o pegando de surpresa.
Antônia - ele aceitou a poesia - Ficarei honrado de compartilhar de seus pensamentos. Você foi a melhor surpresa que esse dia me trouxe, mas preciso ir, se não perco um trabalho! - Ele começou a andar ainda olhando para ela. - Você é fantástica. E muito bonita.
Matô, que nunca lidara bem com elogios, não sabia se quer o que responder. Queria agradecer, perguntar com o que ele trabalhava, ainda queria saber tantas coisas sobre ele, mas mal sabia o seu nome.
- Eu não... eu nem sei o seu nome! - Ela gritou. Mas ele já havia ido embora.
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Parque Lage
RomanceMatô e Tom, como a maioria das pessoas, não tem a vida que sempre sonharam. Ela, chegou aos 30 com poucas posses, mas com uma alma abarrotada de histórias e experiências. Entre seus demônios interiores e seus temores, encontrou na pessoa de Jesus (...