Capítulo 12

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- Tem medo ? - perguntou Caíque.

- Claro que eu tenho.

- Eu to aqui qualquer coisa. - disse Caíque sorrindo.

Victor estava sorrindo, mas ao escutar a fala de Caíque, seu sorriso sumiu de seu rosto de imediato, isso me deixou intrigada.

Caíque coloca o seu braço em volta do meu pescoço e entramos na sala de cinema.

- Eu sento no meio. - digo.

NÃO NICOLE, COMO VOCÊ É BURRA. Porque eu fui falar isso ? Ah meu Deus do céu, isso não vai dar certo.

Me sentei no meio dos dois e ficamos conversando enquanto o filme não começava. Caíque inventou de querer ir ao banheiro e me deixou a sós com Victor.

- Já que meu primo não está aqui, me passa seu número. - sorriu de lado.

Ah, ele só pode estar brincando. Ele me deu o seu celular, eu sai e fui até o contatos, e mostrei o meu contato salvo pra ele.

- Quando foi isso ? - perguntou confuso.

- Ontem.

- Ontem ?

- Na Tryst, você só me procura quando tá bêbado.

- Não lembro não fiz.

Bufei e me afastei dele. Menino chato, como eu posso gostar dele ?

Ele levantou a barra de encosto e se aproximou.

- O que que você vê no meu primo ? - perguntou.

"O que eu não vejo em você." Pensei em dizer, mas melhor não.

- Eu conheci ele ontem, não tem o que eu ver nele direito, eu mal sei que dia ele faz aniversário.

- Mas mesmo assim aceitou sair com a gente.

- Eu não te entendo, de verdade. - rio.

- Porque ?

- Uma hora você fala que não me quer, outra você tá passando a mão na minha perna, outra hora você fala que não lembra de nada, outra fica me flertando. Se decide.

Ele se afastou de mim e ficou quieto. Sua expressão não era boa, acho que nenhuma menina chegou a falar desse jeito com ele. To me sentindo bem mal agora, não sei porque vim.

Caíque chegou bem na hora que começou o filme, ele se sentou ao meu lado e colocou minha cabeça em seu ombro.

O que eu to fazendo ? O menino que eu amo está sentado do meu lado e eu acabei de ser grossa com ele.

O filme começou e Caíque estava fazendo cafuné em mim.

Vi que Victor não tirava os olhos da gente, eu não estou entendendo mais nada.

- Vão me deixar de vela mesmo ? - diz Victor baixinho.

- Ninguém tá de vela aqui. - disse Caíque.

Meus olhos se encontraram com o do Victor, mas logo desviei. Eu não sei o que eu faço mais.

Toda hora que sentia medo me escondia no peito de Caíque. Na última vez que me escondi em seu peito, na hora que fui levantar a cabeça, ele segurou a minha cabeça, sorriu e eu retribui, logo grudou nossos lábios começando um beijo.

O beijo dele era diferente, era carinhoso e selvagem ao mesmo tempo, mas era bom. Sua mão afagava o meu cabelo enquanto a outra estava pousada na minha perna.

Ao nossos lábios se separarem ele sorriu e ficou abraçado comigo.

Quando o filme acabou eu fui até o banheiro e os meninos ficaram me esperando lá fora.

Que sentimento ruim que eu to sentindo.

|| VICTOR NARRANDO

Nicole entrou no banheiro, me deixando a sós com Caíque.

- Boa primo. - digo.

- Ela é gata demais mano. - sorriu.

- Ela beija bem ?

- Aham.

Porque eu to sentindo que eu que queria ter beijado ela ?

Não acho ela tão gata assim, mas ela é legal, carinhosa, tem muitas características que outras meninas não tem.

Continuei conversando com Caíque até Nicole sair do banheiro.

Quando ela saiu, ela logo foi até Caíque, e ficaram lá, no maior love, parecendo namorados.

Esse meu primo não deixa uma escapar, meu orgulho.

Ficamos andando por mais um tempo no shopping.

E logo fomos embora. Caíque inventou de me deixar primeiro, porque era mais perto, era nada, ele só queria um tempo sozinho com a Nicole.

Quando chegamos em casa, acabei soltando :

- Porque não fica aqui Ni ?

Eles se entre olharam.

- Você quer ficar ? - perguntou Caíque.

- Pode ser.

Ela desceu do carro e Caíque em seguida.

- Vou chamar uns amigos meus para me fazer companhia. - digo.

Os dois ficaram sentados abraçados no sofá.

Chamei Arthur e Gabriel para virem aqui, não to a fim de ficar de vela sozinho. No caso, eu tinha que chamar uma mina, mas estou suave.

Antes de ir lá na sala, peguei uma garrafa de catuaba e fui até eles.

Chamei eles para sentarmos lá no quintal e eles vieram.

Ficamos bebendo, rindo e conversando. O casal não bebeu tanto, não é típico do Caíque beber muito.

Não demorou para os meus amigos chegarem.

|| NICOLE NARRANDO

Arthur entra pelo portão da casa de Victor. Não me espanto porque já sabia que eles eram amigos, mas, ele aqui ?

Ele me encara com um olhar de "não esperava ver você aqui" e eu olho com "muito menos eu".

O Menino De RolêOnde histórias criam vida. Descubra agora