Capítulo 67

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Hoje Christopher não dormiu no meu apartamento então chego ao trabalho dez minutos antes do horário, porque todas as vezes que Christopher passa a noite no meu AP eu chego uns dez ou quinze minutos atrasada e May me chama atenção dizendo que Christopher está me estragando e sempre caio na gargalhada quando ela diz isso.

Assim que entro em minha sala pontualmente Maite vem atrás de mim e ficamos sozinhas em minha sala. Ela está com uma cara super estranha e antes mesmo que ela comece a falar pergunto...

– O que aconteceu May?

– Nada, Dul... – Ela faz uma cara de quem quer falar mas não sabe como.

– May, pode falar, Sou todo ouvidos. A não ser que queira me demitir ai você não precisa falar agora. Você pode pensar mais um pouquinho. – Sorrio, para ver se a tranquilizo, mas não adianta.

– Não Dulce, mesmo você chegando atrasada de vez em quando por causa do Christopher eu acho difícil eu te demitir. Você é uma ótima funcionária.

– Não quero me gabar, mas você tem razão.

– Ai Dulce, o problema é você querer se demitir. – Começo a ficar assustada com o que May diz e imploro...

– May, diz logo o que aconteceu.

– Bom Dulce, nós vamos receber novamente muito dinheiro e como você sabe, você é a encarregada de receber esse dinheiro e... – a corto imediatamente.

– Não! Não mesmo May. Não posso passar por essa sensação novamente. Não tenho forças.

– Dulce, eu preciso de você. Você sabe todo o esquema, conhece esse banco como a palma de suas mãos.

– Mas May, eu não posso...

– Dulce, por favor pensa!

– Ok. Vou pensar sim, May... – Respiro fundo e pergunto – Quando que chega o carro forte?

– Bom... – Ela hesita – Depois de amanhã.

– O que? – Pergunto assustada.

– May, porque não me disse isso antes?

– Não queria te preocupar. Você está tão bem, tão feliz e... – A corto novamente.

– E agora eu estou mais nervosa do que nunca.

– Mas só são dois dias de nervosismo. Depois passa. Ao contrário de nós que já sabemos disso a um mês.

– Ok, Maite vou pensar e te falo amanhã mesmo, ok?

– Lembre-se que só posso contar com você.

– Não me pressiona! – Digo histérica.

– Ok, sem pressão. – Ela responde e sai da minha sala cabisbaixa.

Tanto eu quanto todo o banco sabemos que não temos outro funcionário que possa assumir esse trabalho, mas não posso passar por todo aquele pesadelo novamente. Fico pensando se eles assaltarem o banco novamente eu não vou conseguir aguentar tudo aquilo de novo.

Como ainda não tem ninguém em minha sala para eu atender. Ligo rapidamente para Christopher...

– Amor? – Christopher atende ainda com voz de sono.

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora