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A casa de 81 portas

Acordei tarde pra ir para a escola, mas não me sentia nem um pouco cansado, a disposição corria nas minhas veias, estava afim de fugir da monotonia insuportável da rotina, senti que era a hora de viver novas experiências e acabar com o tédio.

Na escola eu tinha ouvido comentários sobre uma casa que ficava em um lugar completamente desabitado, no início fiquei bastante curioso, pois como eu estava querendo que a minha rotina mudasse, seria de suma importância eu sair de casa e conhecer um lugar novo, como o mistério era falado por quase todos os alunos do colégio, eu teria uma imensa chance de resolve-lo.

Depois de escutar a conversa, eu vi que era um mistério daqueles de deixar com várias questões na mente. Como resolve-lo? Simples, indo até a casa e vasculhar todos os cômodos até achar algo extraordinário... sim, extraordinário, pois como era um mistério intrigante, já era de se esperar que a casa fosse mal-assombrada.

No mesmo dia, cheguei em casa, não havia ninguém, meus pais tinham ido visitar minha tia Bárbara, que estava muito doente e precisava de um apoio. Aproveitando esse momento, peguei a mochila no meu guarda-roupa, coloquei algumas coisas das quais iria precisar, como: bússola (afinal de contas era um local desabitado, ou seja, não havia uma alma viva que pudesse me ver e eu poderia correr o risco de me perder), garrafa com água, sanduíche de presunto (com certeza eu iria sentir fome, até porque fiz esse sanduíche em homenagem ao Chaves, que é a minha série preferida), taser (aquela arma de choque, algum malfeitor poderia querer me assaltar ou até mesmo sequestrar), uma câmera (eu queria filmar toda a missão, eu poderia provar pra todos que eu realmente entrei naquela casa) e por último e não menos importante, coloquei dentro da minha mochila um revólver que meu pai tinha, não era bem um revólver, era uma pistola de 22 milímetros.

Com todos os apetrechos de utilidade muito bem guardados, coloquei minha mochila nas costas e parti em busca da aventura mais emocionante de todas - era o primeiro mistério que ia resolver - pois não iria perder nada, nem deixar um detalhe sequer passar despercebido.

No meu trajeto para ir a tal casa, peguei carona num caminhoneiro que passava numa pista, ele era gentil e me ofereceu ajuda, não queria ir a pé pra um lugar estranho e desabitado, isso seria extremamente exaustivo. Olhava o mapa com bastante atenção, com relação a esse mapa eu tinha pegado "emprestado" de um colega, mas ele nem sabia.  
Chegando ao ponto principal do local, agradeci ao caminhoneiro pela gentileza, que por sinal, era quase um deserto pois não havia nada além de plantas queimadas (talvez pelo sol forte que fazia lá) e solo arejado com algumas pequenas amostras de grama. Caminhei por um longo trajeto procurando pela casa, peguei o mapa que tava no meu bolso, vi uma frase em cima com letras garrafais e estava escrito: "mapa para chegar à casa de 81 portas". Então esse era o nome da tal casa, uma casa com oitenta e uma portas era no mínimo estranho pra mim, mas deixei esse questionamento pra trás e segui em frente.

Depois de quase duas horas de uma longa caminhada, com o sol fortíssimo queimando a minha cuca, consegui avistar a casa de longe. Corri o máximo que pude pra me aproximar, não aguentava mais de ansiedade pra conhece-la. Era grande, porém, tinha um aspecto muito antigo, não parecia ser uma casa dos tempos atuais, acredito que era do tempo em que o Brasil estava em processo de independência, mas esses detalhes não me importavam muito, pois o que interessava era o seu interior.

O que fazia as pessoas temerem tanto o que estaria dentro daquele casarão enorme? Falando em temer, eu já tinha escutado comentários no colégio acerca do mistério da casa, alguns afirmavam que as pessoas que visitaram-na, após passarem por experiências paranormais dentro dela, sofreram com problemas psicológicos e desenvolveram uma síndrome do pânico, cuja esta seria provocada por uma força sombria que habitava dentro da casa.Não acreditei em tais relatos, olhando o exterior eu achava a casa um tanto inofensiva, mas decidi entrar nela para comprovar se realmente as histórias sobre os visitantes anteriores eram verdade, também queria comprovar se realmente existe algo sobrenatural naquela casa que tanto atormentaram as pessoas que a visitaram há anos atrás.

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