Capítulo 15 - Bônus Jack

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Jack narrando

Após a conversa com a Jeana de madrugada, eu tento dormir mas não consigo. Fico de costas para ela até que resolvo dormir mesmo.

Acordo de manhã num susto quando ela se mexe. Eu nem sabia que eu havia passado meu braço ao redor dela. Troco de roupa e saio para tomar café.

Saio e vejo que estão todos no salão já sentados na mesma mesa de ontem.

Jack:- Bom dia, família.

Mamãe:- Jack, onde está sua namorada?

Jack:- Ela continuou dormindo. Fomos dormir às duas da madrugada e ela está cansada.

Juliano:- O que aprontaram, hein?

Jack:- Nada, Juliano! Ficamos conversando.

Juni:- Namorados, acordados até a madrugada, não é sinônimo de conversa.

Carla:- Vai negar que rolaram uns beijinhos?

Jack:- Beijo lógico que rolou.

Meus primos me zoaram e todos rimos. Tomamos café e eu fui dar uma volta no navio. Fui até a área das piscinas e fiquei observando a vista.

Mulher:- Olá, tudo bem?

Jack:- Tudo bem e com a senhorita?

Mulher:- Muito bem. Sua graça?

Jack:- Me chamo Jack. E você?

Mulher:- Anna. O que um rapaz tão lindo faz aqui sozinho?

Jack:- Estou dando uma volta.

Anna:- Ah... Está sozinho ou com família?

Jack:- Estou com família e namorada.

Senti uma leve sensação boa por ter dito que tenho namorada.

Anna:- Hum.. Então namora?

Jack:- Sim.

Anna:- Não pense que sou uma dessas mulheres que vem querendo dar em cima não, tá?! Eu só quero fazer amizades pra poder curtir o cruzeiro.

Jack:- Que bom. Mas até que você parece legal.

Anna:- Obrigada. Mas antes que você pense alguma coisa, sou lésbica. Então não tem a menor chance de acontecer nada!

Eu dou um leve riso e continuamos conversando. Até que ela era legal.

Anna:- Como é sua namorada?

Jack:- Ela é perfeita! Nos conhecemos há pouco tempo, mas eu a acho perfeita!- falo pensando na Jeana.

Sim, somos somente amigos mas eu a amo e agora que disse que ela é minha namorada, não perderia a onda. Além do mais, se devemos enganar aos outro, primeiro devemos enganar a nós mesmos.

Ficamos conversando durante um bom tempo e a tarde, após o almoço, voltei para meu quarto. Jeana continua a dormindo.

Vou até minha mala e pego um livro. Me sento na cama ao lado dela. Deixo o livro um pouco de lado e penso em acordá-la para ela almoçar. Quando a olho de perto, ela parece um anjinho. Tiro uma madeixa de seu rosto e a olho melhor. Seus traços eram tão delicados.

Ela se mexe e eu fico com medo dela acordar e me ver tão próximo. Volto a atenção ao livro.

Uns quinze minutos depois, ela acorda. Ela se assusta com o horário, reclama por eu não tê-la acordado antes e se levanta para se vestir.

Vou até o telefone do quarto e chamo o serviço de quarto. Peço o almoço para nosso quarto e depois fico olhando-a. Ela era tão perfeita...

Jack:- Jeana, para por favor.

Ela se levanta sem intender nada. Me olha e se aproxima.

Jeana:- Eu não fiz nada.

Jack:- Você está me deixando louco!

Jeana:- Como?

Jack:- Você sabe que eu estou apaixonado por você e ainda fica fazendo essas coisas.

Jeana:- Você se refere a andar de roupas íntimas pelo quarto?

Jack:- Não.

Jeana:- Então a que?

Jack:- Me refiro a continuar me fazendo apaixonar-me mais por você.

Jeana:- Eu estou fazendo isso?

Jack:- Está! E a todo momento!

Jeana:- Desculpe-me, mas é completamente sem intenção.

Ela sai e vai para o banheiro. Logo batem na porta. Abro e era uma funcionária do navio trazendo o que pedi. Pego a bandeja e ela se retira. Logo em seguida, Jeana sai do banheiro.

Jeana:- Estou morrendo de fome.

Ela se senta na cama e começa a comer.

Jeana:- Quer?

Jack:- Não, obrigado.

Jeana:- Ah vai. Come um pouco.

Jack:- Não quero!

Jeana:- Você é chato, hein!

Jack:- Minhas mãos não concordam com isso!

Jeana:- Nem pense! Eu estou comendo.

Sorrio para ela e ela para mim.

Jack:- Eu estava pensando... Se queremos enganar os outros, devemos, primeiramente, enganar a nós mesmo.

Jeana:- E você está certo. Mas não pense que só por isso estamos namorando. Eu só vou continuar agindo como sua namorada aqui no quarto. E na frente da família.

Jack:- Gostei!

Jeana:- Não se anima muito não! Se fizer algo que eu não goste, vou contar a todos a grande mentira que somos!

Pego o copo de suco e tomo um gole. Dessa parte não gostei!

Jeana:- Ei! Meu suco!

Jack:- Não posso beber um pouco de suco? Foi mal!

Ponho o copo no lugar e vou para a área aberta do quarto. Fiquei observando atentamente a paisagem. Logo sinto suas mãos tocando meus ombros.

Jeana:- Eu não disse que você não podia. Eu estava brincando, Jack.

Jack:- Então me avise da próxima vez, porque você é péssima em fingir brincadeiras!- reclamo ainda sério.

Jeana:- Olha para mim, Jack!

Me viro e a encaro atentamente.

Jeana:- Sabe o porquê não sei fingir essas brincadeiras? Não tenho amigos para fazer essas brincadeiras! Você é meu primeiro amigo. Todos os outros me abandonaram com medo de ficar com má fama por serem amigos de uma "prostituta", mesmo após eu ter explicando trilhões de vezes que não sou prostituta. Você não sabe o quanto é bom ter um amigo após tantos anos!

Eu fiquei armazenando todas as informações e, quando caiu a ficha, eu a abracei forte. Como eu posso ser tão idiota?

Jack:- Desculpe-me, Je. Eu não imaginei isso. Nunca! Eu não entendo como podem deixar de ser seus amigos. Você é uma pessoa incrível! Eu não me importaria de ficar com uma "má fama" falsa só para continuar a ser seu amigo.

Ela me olha logo em seguida. Eu não faço nada. Eu só queria ficar olhando aquele rostinho. De repente, ela me dá um selinho demorado. Logo se separa e volta para o quarto.

Jack:- Não havia ninguém da família aqui.

Jeana:- Eu o beijei por vontade própria.

Sorrio para ela e me deito a seu lado enquanto ela termina de comer.

Foi Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora