Uma sereia, uma morte. Part I

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  Acordei era, na língua de vocês humanos, 7:00.
Fui ajeitar meu cabelo, normalmente eu faço trança, mas naquele dia, senti uma enorme vontade de usá-lo solto, deixando meu longo cabelo ondulado à mostra.

- Seu cabelo está maravilhoso!

- Obrigada Moana.

- Tenho que ir ajudar minhas irmãs mais novas. Até mais.

- Até.

Sai nadando feliz, e fui até a rocha onde se encontram as sereias menores de 13 anos.

- Bom dia, pequenas!

- Bom dia, Morgana!

Cada semana, uma sereia mais velha ficava responsável por auxiliar as mais novas.

- Hoje irei ajudá-las à trançar o cabelo usando pérolas.

- Sempre quis aprender a fazer isso! - disse uma pequena sereia.

- Primeiro, devemos dividir o cabelo....

Fui falando e explicando. Notei que todas escutavam atentamente o que eu falava.

- E assim, termina.

Fiquei orgulhosa, parecia que todas tinham aprendido. Fiquei mais uma meia hora respondendo às dúvidas, até que a "aula" terminou.

- Quando eu crescer eu quero ser igual a você. - disse uma sereia muito fofa, devia ter uns 10 anos.

- Obrigada. - disse emocionada, afinal, ninguém nunca tinha dito isso à mim.

Fui visitar Moana e contar o que a pequena sereia tinha me dito.

- Eu me culpo por não ter perguntado o nome dela! Eu acabei interferindo na sua vida e nem mesmo sei seu nome!

- O importante é que você marcou positivamente a vida dela, e uma hora ou outra, vai falar novamente com você.

Concordei com Moana, ela estava certa. Uma hora ou outra ela ia aparecer.

- Você quer nadar comigo?

- Tenho uns assuntos para cuidar, depois vou com você.

Fiquei por um minuto pensando no que ia fazer e decidi: vou procurar pérolas.

MorganaOnde histórias criam vida. Descubra agora