- PRÓLOGO -

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               A noite estava congelante, porém, não havia outra maneira de ser feito. A luz estava bruxuleante ao moimento dos corpos, a pouco mais de cinco metros. A câmera Nikon D3200 procurava o melhor foco para não haver erros, depois de algumas fotos por ângulos diferentes, não havia como negar a infidelidade.

              Caminhei a distância que nos separavam. O portão simples estava apenas encostado, fiquei feliz por isso, em meu estado físico não seria nada fácil escalar. Minha respiração estava ofegante, meu coração parecia ter alterado sua localização.

              Forcei a porta da frente, desta vez não tive sorte. A maçaneta girou cautelosamente, no entanto, estava trancada. Desci os três degraus as pressas, não queria ser pega antes da hora. Segui para o estreito corredor de cerca viva. A porta dos fundos estava entreaberta, sorri meio trêmula com a adrenalina.

              A cozinha estava em plena escuridão, caminhei cautelosamente para não chamar a atenção. Roupas estavam espalhadas, insinuando algo que poderia ter começado ali mesmo. Havia duas taças de vinho sobre mesa, uma delas estava tombada e seu líquido poderia ser facilmente confundido com sangue.

            Os sussurros eram audíveis daquela distância. Não havia mais lágrimas a serem derramadas, tudo estava fora dos limites de tolerância e agora seria o ponto final. O quarto estava com a lâmpada tremeluzente, minha respiração estava se normalizando.

           O engatilhar da 357 Magnum cano longo, fez cessar o ato de infidelidade momentânea, não havia o que conversar. Dois tiros perfeitos o fizeram desfalecer ali diante dos meus olhos. Não iria fugir ou negar qualquer coisa, além do mais, eu iria aproveitar o restante do vinho "Peter Michael Au Paradis" enquanto aguardava a chegada da polícia.    


           A cela estava escura, duas ou três figuras femininas me encaravam de suas camas. Uma delas se aproximou, carrancuda e me olhando dos pés a cabeça.

           - Qual seu nome novata? – pergunta a mulher de olhos fundos, encostando o dedo indicador entre meus olhos.

           - Saia da minha frente. Apenas quero descansar.

           - Não temos espaço aqui, mas pode dormir em pé se quiser.

           - Prefiro a cama, obrigada.

           - Você não entendeu novada, aqui você segue minhas ordens.

           Não poderia ser sério o que estava acontecendo, o dedo cadavérico ainda pressionava o ponto entre meus olhos. Se fosse há cinco horas antes, eu estaria tremendo e abaixando a cabeça, contudo isso já estava no pretérito.

           Afastei um passo, em seguido avancei com punhos cerrados sobre a mulher, dois golpes e ela já estava nocauteada. As outras duas mulheres se colocaram de pé abruptamente, porém, correram para ajudar sua antiga mentora.

          - Vejo que está se enturmando Delphine. – disse Bruce se aproximando da cela.

          - Apenas me deixe, preciso descansar. – disse Delphine entediada.

          - Seu advogado está aqui. – Bruce pareceu curioso, pois Delphine não havia feito à ligação a tem direito.

          - Não preciso de advogado, diga que dispenso qualquer ajuda, garanto que o melhor é que me mantenham aprisionada.

          - Tudo bem, se é o que prefere. – disse Bruce se afastando.

         A cama da sua adversária estava disponível, pois até o momento ela estava desacordada. Os olhos se fecharam em poucos minutos e a solidão psicótica me fez adormecer.

 


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Um grande abraço!!!!!!!!!!!

N.S

A GAROTA IMAGINÁRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora