Chegada

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Eu não tenho gosto por matar, eu faço isso por Alá, devo isso a ele. Mas, Emir gosta, de vez em quando me pego pensando que ele mata,mata e mata e depois se lembra da sua "motivação", isso me irrita, mas ele é um grande servo de Alá de acordo com os mais sábios. Sou baixo e fraco, minha arma favorita graças ao meu porte é a Tec-9, mas também tenho minha Mp7. Emir utiliza uma Ak-47, seu corpo aguenta sem esforço o coice dessa arma. Agora, que já falei o necessário, vamos voltar para a missão. O nosso objetivo era plantar e explodir uma bomba em um local chamado Dusty. O carro com as munições extras foi interceptado pelos americanos, nós só tínhamos as munições de nossas armas e dos pentes em nossos bolsos. Eu carregava a bomba, e isso me tornava o alvo de toda e qualquer bala. Entramos no local, a posição determinada para a explosão foi chamada de "A", caso algo não ocorresse como o planejado tínhamos o local "B", o local "A" era um local aberto e tinha duas entradas, uma denominada varanda e outra denominada fundo. O planejado era flanquearmos, 3 iriam correr e atirar pela varanda chamando a atenção e então o resto de nós iria fazer o mesmo pelos fundos, era uma estratégia de "dominação de território" era uma tática antiga e muito boa. Voltando a ação, assim que ouvimos os tiros vindos de "A" corremos em direção do tiroteio, como eu carregava a bomba, ficava no meio, na frente de Afah e atrás de Alifih na minha direita e na minha esquerda estavam grandes soldados que realizaram outras missões com êxito. Em alguns segundos, estávamos lá, tive uma grande surpresa, esperávamos um número menor de americanos. Começamos a correr agachados, o soldado a minha direita morreu com um tiro na cabeça, espirrou sangue na minha roupa e no meu rosto, mas não podia parar. Cheguei no local onde deveria armar a bomba e digitei: 7; 5;8;12;9; e pronto tudo iria explodir em 40 segundos. Olho para o lado e vejo Emir, matou um americano, não foi um tiro preciso, foram vários que transformaram o soldado em uma peneira que gemia e jorrava sangue. Emir era o único que não usava bandana, vi o sorriso em seu rosto, tinha descoberto durante a viagem de carro até ali, que ele não usava pois queria que soubessem quem tinha sido seu assassino. Lembrei daquilo e me irritei, mas deixei para lá, minha mente estava focada em evitar que qualquer par de mãos tocasse aquela bomba. Me escondi atrás de uma caixa e dei cobertura a Afah que queria lançar uma granada de luz.

-Granada de luz, fechem os olhos!!- ele gritou em nossa língua, os americanos poderiam pensar que era uma ordem de recuar.

Carreguei minha Tec-9 e matei um americano com 3 tiros, e pensei: por Alá, farei de tudo. Acho que os tiros abafaram os gritos Afah, pois ninguém fechou os olhos inclusive eu. Os tiros pararam, tudo ficou branco, a única opção que tive foi me esconder e torcer para ter minha visão de volta antes dos inimigos. Mas, então ouvi tiros, M4A1( tínhamos sido treinados para reconhecer os tiros de nossas armas e as de nossos inimigos), não fazia parte do nosso armamento, isso me causou pânico. Será que algum americano já tinha recuperado a visão? Olhei para a varanda e Emir estava morto, um tiro na garganta e 2 no peito. E logo percebi, haviam 3 soldados americanos ali lutando contra a equipe de Emir. Toda a equipe de Emir estava morta, mas somente 2 soldados americanos estavam mortos. O miserável vivo tinha dado a volta e atacou pelos fundos, nossa retaguarda, com sua M4A1, Afah foi sua vítima, 5 tiros no peito. Isso me tirou do sério saí de trás da caixa e comecei a atirar, 2 tiros na perna. Recebi o troco, um tiro no ombro esquerdo, foi efetivo, não iria conseguir mirar, o coice da arma me mataria de dor. Voltei para a caixa e me encostei nela, escondido, estava tentando utilizar o joelho para mirar, caso algum soldado passasse por mim. Vi Alifih matar um e logo depois morrer(não imediatamente) com um tiro no tórax. Restavam dois de cada lado, o senhor vivo na esquerda e seu amigo no início da varanda trocando tiros com o soldado que havia ficado do meu lado. Até o momento só precisava me preocupar com o soldado que atingi na perna. Coloquei minha mão no bolso e lembro de minha bela Tec-9, o seu coice era pouco e não pesava muito em comparação a Mp7. Joguei a arma inútil no momento, o mais próximo da varanda, meu amigo talvez fizesse bom proveito. Peguei a minha única granada de fumaça e lancei na direção da bomba, ele gastaria um bom tempo para achar a bomba e desarma-la, e fui na direção do ferido na perna. Quando, uma dor aguda atinge minhas costelas, sangue e sangue. Poderia dizer que pegou de raspão, olhei para trás e vi o soldado inimigo com a minha Mp7 rindo. Ri para ele, dei um tiro sem mirar muito e saltei na direção de outra caixa, antes da rajada de tiros. 10 segundos para a detonação, lembrei, só mais dez segundos e você terá paz, aguenta.o ferido foi em direção a fumaça em busca da bomba. Isso me alegrou, corri o mais rápido que pude, e rajada de tiros, um pegou no meu pé, mas continuei correndo. Entrei na fumaça, não tinha o objetivo de acerta-lo, só de causar medo e atrapalhar o seu desarme. 7 segundos. E gastei toda minha munição. A fumaça acabou, tinha perdido muito sangue, não importava mais, me deixei cair no chão. Não tinham Kit de desarme. O atingido na perna era novo, ingênuo, ainda tinha esperança e tentava desarmar a bomba. O outro soldado era mais velho e vinha mancando em minha direção, tinha acertado a sua barriga. Ele chegou até mim, olhou com desprezo e atirou na minha mão, na outra. Dois tiros no tórax. 4 segundos. Olhei para o cronômetro da bomba e comecei a sorrir e levei mais um tiro, fiz uma careta e sorri, um sorriso vermelho de sangue.2 segundos. Olhei para o garoto, e logo depois para o soldado. O sol batia em meus olhos forte e radiante. 1 segundo. Volto meus olhos para os dois e aceno. Boooooooom .

Saio do computador, minha mãe grita que o almoço está pronto. Falo que ouvi e vou correndo para a cozinha. Aquela partida competitiva tinha me dado fome.

FIM

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⏰ Última atualização: Oct 17, 2016 ⏰

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