capítulo único.

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Esse é meu primeiro conto, a idéia surgiu ontem as 02:00 da manhã quando estava puta da vida e triste demais, costumo dizer que tenho inspiração para fanfics quando estou mal, mas, nunca achei que teria inspiração para algo que pudesse terminar de escrever, assim, tão rápido, muito menos um conto. Agradeço a fakedostyles por me ajudar com os nomes dos personagens e por me dizer se a idéia era legal *não me odeie por te marcar, você merece um thank you* e a (unicórnio ) por me pressionar a escrever o resto e falar que era legal, também, haha!

É só isso mesmo, apesar de ser um conto, tem uma breve explicação no final.. Ohana e boa leitura.

Era uma vez um reino encantado, onde todos dali possuíam um coração puro, porém cada um deles era feito de um material original, diferente dos outros.

A realeza possuía os corações mais preciosos que se pode imaginar, a rainha tinha um coração grande e brilhante de esmeralda, enquanto ao rei, este ostentava um magnífico coração de pérolas, revestido com aço para demonstrar força.

A corte possuia corações gananciosos, as vezes aconteciam casos em que um membro da corte se envolvia com a realeza e nascia um bebê com um coração inestimável e querido.

Como essa garota, a Dália, o pai era um cavaleiro que conheceu Channele, uma duquesa esbelta e famosa. O resultado foi uma garotinha dócil e gentil, sempre a ajudar os outros com seus longos cabelos castanhos e um sorriso no rosto. Era óbvio que a mesma possuía o famoso coração de ouro, invejado por muitas menininhas no reino.

Mas, este não era nada comparado ao precioso coração de diamante do príncipe Júan, sem dúvidas era o mais desejado do reino.

Haviam também os crentes, que tinham seus corações mais voltados a elementos como ar, água, fogo e etc.. eles diziam que estes eram como presentes para os céus.

Os camponeses - a classe mais baixa do reino - possuíam corações bem mais fracos, alguns eram de grafite, outros de ferro, haviam também de madeira e até de plástico, como Mary-das-costas. Esta era conhecida por tal apelido por ser falsa demais e falar pelas costas dos outros...

Dentro destes, nascera, então, um garoto diferente, com um defeito, quem sabe qualidade? Deram lhe o nome de Thomas que em sua língua tinha como significado "Aquele que faz seu próprio destino".
A questão era que o material de seu coração era indeterminado. O médico avisou a família que a composição mesmo só seria revelada no futuro, no aniversário de 19 anos do garoto. E com isso os pais do menino resolveram não interromper o desenvolvimento da criança esperando assim que a previsão fosse errada e ela descobrisse ainda na infância de que era feito seu pobre coraçãozinho.

E assim o menino cresceu, brincava nas ruas como qualquer outro camponês, era o melhor jogador de xadrez do reino, nos jogos quando o insultavam, o menino apenas dava de ombros e revirava os olhos, sem ao menos retrucar. Sua estação preferida era o inverno, ah o inverno... Embora as condições financeiras e gerais do reino sempre ficarem críticas na estação, o garoto não se importara e assumia com muito orgulho que era um amante do frio sem medo do que os outros iriam pensar de si.

Por tais motivos o pobre garoto cresceu com fama de coração de gelo, embora o mesmo não tivesse um material determinado, por seus gostos e comportamento fora apelidado de tal modo.

Certo dia, no seu aniversário de 19 anos, o menino do coração de gelo resolvera caminhar pela praia. Logo avistara uma bela e jovem camponesa no chão que parecia implorar por seu socorro.

Assustado, o garoto se ajoelhou ao seu lado observando os olhos da menina sangrarem.

"Por favor, eu preciso de ajuda, por favor..." Pedia a moça. O menino não entendia o motivo dela estar pedindo socorro, todos os corações puros tinham um mecanismo de batidas para chamarem a família quando estivessem em apuros.

"Qual o seu nome? De onde veio? Do que precisa? Porque não chama sua família com as batidas do coração?" Perguntara Thomas.

"Chloe, eu não sou igual a todos... Eu sou diferente. Eu não tenho um coração." Respondeu a moça.

"Como posso te ajudar?" Perguntou o garoto.

"Talvez possa me audar, me empreste o seu."

"Mas sou um caponês qualquer com um coração indeciso que provavelmente é feito de puro gelo..."

"Um coração de gelo? Isto significa que és um garoto frio e sincero e que amor nenhum pode lhe machucar. Não deves ter vergonha do teu coração, pobre menino." Convencido de que seu coração poderia ajudar a mulher, Thomas enterrou sua mão dentro de seu tronco, vagou a mesma pelas três camadas, uma por uma. Pele, sangue, carne.

Com um pouco de dificuldade o arrancou ignorando a maldita dor que tendia a o apertar, estendendo, assim, seu coração em mãos.

Com um sorriso de orelha a orelha a camponesa tomou seu coração incolor, mudando sua forma de bela moça para um monstro horrento.

Assustado o garoto se perguntara o que havia feito, enquanto o monstro apertava seu coração de leve o causando aflição. Em segundos, Thomas, viu a vida passar diante de seus olhos, até que os fechou e seu coração fora quebrado em míseros pedacinhos.

O monstro, então, franziu a sobrancelha indagando a si mesmo como o gelo do puro coração fora quebrado sem esforço.

Eis aqui a tirania; O garoto do coração de gelo, possuía, na verdade, um coração de vidro.

O monstro queria um coração forte, o vidro não é resistente o suficiente.

...

Em outras palavras;

De gelo, o coração do menino não tinha nada, apesar de muitos acharem que ele era forte, o garoto era muito sensível, assim como o vidro ele era indefeso.

O Garoto Do Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora