One Shot

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Eleanor Calder P.O.V.'s

Meu lápis batia freneticamente no caderno e na mesa, meus olhos fixos em um só ponto; a boca perfeita de Louis Tomlinson, meu professor de Matemática. Não conseguia tirar minha atenção dele, era impressionante como um homem com 27 (Sim ele se formou mais cedo) anos conseguia ter um certo poder com garotas de 23, como eu. Não era uma grande novidade ver todas as garotas de minha sala babando por ele, por isso entraram, apenas esse ano, quinze alunas novas na Matemática avançada. Eu já estava há um ano, eu gosto de números mas com o novo professor, meu interesse apenas aumentava. Sei que é idiota isso, mas eu o amava mesmo com todas as diferenças. Max, meu melhor amigo de anos, sentava ao meu lado desde a quarta série em todas as aulas. Eu guardava seu lugar e ele guardava sempre o meu. Max se virou para mim com um sorriso irônico nos lábios.
— Isso é irritante, Calder. Para.
— Não consigo, posso ter um...
— Um orgasmo vendo a bunda do professor? — interrompeu Perrie, ao meu outro lado. — Ia ser hilário.
— Como sempre, muito divertida, Loira Oxigenada. — Loira Oxigenadaa era o apelido dado pelo Max e apenas usado por ele.
Perrie era uma garota engraçada e doida, pele branca demais, cabelos lisos e loiros com pontas rosas e com os olhos perfeitamente azuis. Alguns garotos do time de futebol a achavam linda e outros — como Max — a achavam uma bruxa versão Inglesa. 
Ignorei a discussão dos dois e foquei em Louis, a explicação parecia ser menos tediosa com ele, era incrível. Em minha frente sentava Liam Payne, como ele era alto as vezes tampava a minha visão, mas isso não me atrapalharia.
Olhei para os lados e várias garotas o olhavam. Quando Tomlinson se virou para escrever na lousa, ouvi suspiros. Por mais impressionante que seja o bumbum do professor era maior do que da maioria das meninas aqui. Os seis garotos que tinham ali reviravam os olhos como se aquilo fosse a coisa mais nojenta do mundo. Eu nunca tive aqueles ataques de hormônios igual as outras, eu apenas admirava a beleza do professor e nada mais.
— Eleanor? — Max me balançava e praticamente gritava em meu ouvido.
— O que foi?
— Já tocou o sinal, vamos?
— Amanhã quero todos os trabalhos na minha mesa, okay? — a voz do professor ecoou pela sala, fazendo mais suspiros de tesão. Inúteis!
Todos estavam saindo e só restavam eu e Max, as pessoas mais lerdas para guardar objetos em suas mochilas. Coloquei ela no ombro e caminhei até a porta.
— Calder? — me virei encarando o rosto de Tomlinson. — Quero seu trabalho ainda hoje.
— Como? Por quê? — perguntei rápido e assustada. Eu não iria conseguir fazer tudo hoje pra entregar hoje! Sim, estudo de manhã mas as aulas dele sempre são as últimas, o que me sobrava tempo para terminar nas outras aulas menos importantes.
— Em minha casa, ainda hoje. — suspirei o que mais parecia um gemido. — Você sabe onde é. — não, eu não sei onde é! — Está liberada.
Saí pela porta batendo os pés e com uma cara nada boa. Ele conseguia ser chato quando queria! E o pior de tudo, ele sempre pegava em meu pé; os trabalhos tinham que ser mais pesados para mim, as perguntas mais difíceis eram diretas para mim. Afinal, o que fiz pra ele?
— Uau! Els na casa do professor? Hum. — Max começou com uma voz de malícia.
— Vou entregar o trabalho, apenas isso, senhor Hurd.
Continuei andando pelo corredor principal pronta para ir em casa e finalmente fazer o maldito trabalho de Matemática. Arghh! Como eu queria matar aquele homem!
O carro de minha mãe estava estacionado bem a frente. Me despedi de Max com rapidez e adentrei dentro de Lourdes — o carro de mamãe em que M batizara de Lourdes. Ela me encarou com os olhos castanhos e brilhantes como se esperasse alguma novidade.
— Então... — começou. — Como foi a aula hoje, querida?
— Nenhuma.
— Vamos, com certeza tem alguma coisa a me dizer. — se curvou. — Alguma coisa com o professor Tomlinson?
— Podemos ir pra casa? — abaixei a cabeça, sentindo o meu rosto queimar. Sim, ela sabia de Tomlinson, mas isso foi um descuido meu! Não devia ter falado sobre o assunto em casa.
— Não fique envergonhada. — deu ignição. — Somos amigas e amigas compartilham segredos.
— Mãe... tenho trabalho pra fazer.
— E?
Okay, ela não era uma mãe que fazia biscoitos todas as madrugadas quando o filho demorava a chegar de uma festa, mas sempre se preocupava e isso dava pra ver em sua voz. Ela não confiava muito no professor Tomlinson dando aula para mim, mas ela fazia de tudo para aceitar por mim. Eu gosto de Matemática — o que é impressionante — e ela entende que eu e ele não teríamos nada. Absolutamente nada.
— E nada. — respondi.

Meu Querido Professor // ElounorOnde histórias criam vida. Descubra agora