Capítulo 89

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Christopher Uckermann

Chega a sexta-feira e algumas horas após o almoço o guarda me busca dizendo-me que tenho uma visita. Quando eu chego a sala é Annie quem está a minha espera e eu já imaginava porque minha mãe não viria hoje.

– Olá Christopher!

– Olá Annie. – Digo me sentando em sua frente.

– Bom... Não trago boas notícias.

– Aconteceu alguma coisa com a Dulce?

– Não. Mas ela vai voltar para a casa da mãe. Amanhã.

– Vai morar lá?

– Sim – Responde Annie – E não tem nem como eu conversar com ela porque o Max tá lá. E ele com certeza vai fazer a cabeça dela pra ela voltar pra casa da mãe. Acho que ele ainda é paradão na dela.

– Você acha? Eu tenho certeza. E agora ele tem todas as chances de conseguir ela de volta.

– Pois é. – Annie diz.

– Enquanto a isso não podemos fazer nada. – Digo.

– Eu sei. Eu queria que entendesse isso, mas já que entendeu, vamos mudar de assunto. Eu quero que saiba que virei visitar você e Christian sempre que puder. Antes de vir aqui passei pra visitar o Christian.

– Serio? E ai? Ele gostou?

– Ah sim.

– Vocês...? – Pergunto fazendo cara de malícia.

– A gente ficou sim. Demos uns beijinhos.

Caímos na gargalhada.

– Christian não perde tempo. – Digo.

– Ah! Mas eu gostei de ficar com ele.

– Claro, ele é minha replica.

– Ah bem que a Dulce disse que você é convencido.

– Não sou. Sou realista.

– Ah, tenho que lembra-los que só posso visitá-los até quando o banco estiver fechado porque depois vai se mais difícil de vir aqui. Somente os finais de semana mesmo.

– Tudo bem. Mas Annie, me mantenha informado da Dulce sempre. Por favor?

– Ok. Mas sejam dez ou até mesmo quatro anos, eu acho que a Dulce já vai ter... – A corto imediatamente.

– Pode demorar o quanto for, mas quando eu sair daqui eu vou atrás dela. Não vou desistir nunca.

– Nossa! Então conte comigo.

– Obrigado.

– Bem eu já vou. Trouxe essas coisas pra você. As do Christian eu já deixei com ele. O que precisar você pede logo que domingo eu trago.

– Não. Não preciso de nada. Só de notícias da Dulce.

– Ok. Então já vou.

– Ok.

Nos despedimos e Annie sai primeiro, mas quando me levanto para me retirar da sala um guarda diz que tenho outra visita. Sento-me e espero a outra pessoa chegar. Quando a pessoa entra, surpreendo-me e uma raiva indecifrável sobe pelo meu corpo...

– O que você faz aqui? – Pergunto levantando-me da cadeira já alterado.

– Vim desfrutar um pouco o gostinho da vitória. – Responde Max.

– Idiota! – Começo a me alterar, mas lembro que tenho que me comportar e então sento-me na cadeira novamente – O que você quer?

– Eu vim te dizer que amanhã a Dulce volta comigo para a casa da mãe dela.

– Eu já sabia.

– Ah, a Annie, sua cúmplice já veio fazer fofoca?

– Não. Ela não é minha cúmplice e isso não é da sua conta.

– Ela é uma traidora.

– Você vai fazer a cabeça da Dulce contra a amiga né? Você não presta.

– Não. Assim ela descobre quem está do lado dela.

– Seu idiota. Vaza daqui antes que eu te...

– Vai me matar assim como fez com o amigo da Dulce?

– Não me provoque ou...

– Ou o que?

Respiro fundo. Levanto-me e peço ao guarda para que me permita sair. Não sei por quê não fiz isso antes. Entro em minha cela bufando querendo matar o primeiro que está em minha frente. Tento me controlar e não me deixar levar pelas provocações de Max. 

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora