Christopher Uckermann
Chega a sexta-feira e algumas horas após o almoço o guarda me busca dizendo-me que tenho uma visita. Quando eu chego a sala é Annie quem está a minha espera e eu já imaginava porque minha mãe não viria hoje.
– Olá Christopher!
– Olá Annie. – Digo me sentando em sua frente.
– Bom... Não trago boas notícias.
– Aconteceu alguma coisa com a Dulce?
– Não. Mas ela vai voltar para a casa da mãe. Amanhã.
– Vai morar lá?
– Sim – Responde Annie – E não tem nem como eu conversar com ela porque o Max tá lá. E ele com certeza vai fazer a cabeça dela pra ela voltar pra casa da mãe. Acho que ele ainda é paradão na dela.
– Você acha? Eu tenho certeza. E agora ele tem todas as chances de conseguir ela de volta.
– Pois é. – Annie diz.
– Enquanto a isso não podemos fazer nada. – Digo.
– Eu sei. Eu queria que entendesse isso, mas já que entendeu, vamos mudar de assunto. Eu quero que saiba que virei visitar você e Christian sempre que puder. Antes de vir aqui passei pra visitar o Christian.
– Serio? E ai? Ele gostou?
– Ah sim.
– Vocês...? – Pergunto fazendo cara de malícia.
– A gente ficou sim. Demos uns beijinhos.
Caímos na gargalhada.
– Christian não perde tempo. – Digo.
– Ah! Mas eu gostei de ficar com ele.
– Claro, ele é minha replica.
– Ah bem que a Dulce disse que você é convencido.
– Não sou. Sou realista.
– Ah, tenho que lembra-los que só posso visitá-los até quando o banco estiver fechado porque depois vai se mais difícil de vir aqui. Somente os finais de semana mesmo.
– Tudo bem. Mas Annie, me mantenha informado da Dulce sempre. Por favor?
– Ok. Mas sejam dez ou até mesmo quatro anos, eu acho que a Dulce já vai ter... – A corto imediatamente.
– Pode demorar o quanto for, mas quando eu sair daqui eu vou atrás dela. Não vou desistir nunca.
– Nossa! Então conte comigo.
– Obrigado.
– Bem eu já vou. Trouxe essas coisas pra você. As do Christian eu já deixei com ele. O que precisar você pede logo que domingo eu trago.
– Não. Não preciso de nada. Só de notícias da Dulce.
– Ok. Então já vou.
– Ok.
Nos despedimos e Annie sai primeiro, mas quando me levanto para me retirar da sala um guarda diz que tenho outra visita. Sento-me e espero a outra pessoa chegar. Quando a pessoa entra, surpreendo-me e uma raiva indecifrável sobe pelo meu corpo...
– O que você faz aqui? – Pergunto levantando-me da cadeira já alterado.
– Vim desfrutar um pouco o gostinho da vitória. – Responde Max.
– Idiota! – Começo a me alterar, mas lembro que tenho que me comportar e então sento-me na cadeira novamente – O que você quer?
– Eu vim te dizer que amanhã a Dulce volta comigo para a casa da mãe dela.
– Eu já sabia.
– Ah, a Annie, sua cúmplice já veio fazer fofoca?
– Não. Ela não é minha cúmplice e isso não é da sua conta.
– Ela é uma traidora.
– Você vai fazer a cabeça da Dulce contra a amiga né? Você não presta.
– Não. Assim ela descobre quem está do lado dela.
– Seu idiota. Vaza daqui antes que eu te...
– Vai me matar assim como fez com o amigo da Dulce?
– Não me provoque ou...
– Ou o que?
Respiro fundo. Levanto-me e peço ao guarda para que me permita sair. Não sei por quê não fiz isso antes. Entro em minha cela bufando querendo matar o primeiro que está em minha frente. Tento me controlar e não me deixar levar pelas provocações de Max.
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Aquele Olhar - VONDY
FanfictionVocê acredita em amor a primeira vista? Acredita que um simples olhar possa mudar todo o rumo de uma vida? Acredita que exista um tempo e um lugar certo para se apaixonar? Nessa história, Dulce Maria, uma jovem muito bem sucedida em sua vida tanto...