Dulce María
Chega o sábado e não consegui nenhum ônibus para o turno da manhã, só para a tarde, mas mesmo assim acordo cedo e decido fazer duas coisas antes de ir para a casa de minha mãe. Ir ao presídio onde está Christopher, e me resolver com Anahí. Apesar de me trair ela é minha amiga e não quero ir embora brigada com ela
Quando saio Max pergunta aonde vou e digo que vou comprar umas coisinhas antes de irmos para a rodoviária. Ele acredita. Estou furiosa demais para ele pensar que eu esteja mentindo para ir ver o Christopher.
Chegando a prisão. Fico na sala esperando-o ansiosamente. Bato com as unhas na mesa, fico inquieta. "O que eu estou fazendo aqui?" me pergunto. Mas agora é tarde demais para ir embora e ele chega a sala. Quando Christopher me vê ele logo faz cara de surpreso, pois realmente não me esperava. Logo em seguida abre um sorriso e senta-se rapidamente em minha frente e segura minhas mãos que estão em cima da mesa e eu logo as tiro da dele.
– Dulce! Jamais imaginei que viesse. – Diz Christopher.
– Eu vim para te pedir uma coisa. – Digo.
– O que quiser, meu amor. – Ele responde.
– Que você me esqueça.
– Me peça tudo o que quiser, Dulce. Menos isso. – Diz Christopher.
Sinto vontade de abraça-lo e dói vê-lo assim. Tenho que confessar que não vim aqui somente para isso. Para pedir que ele me esqueça. Vim também para vê-lo pela última vez antes de ir embora. Eu ainda o amo, confesso, mas toda vez que o vejo lembro que ele foi o culpado de todo o meu sofrimento. Tenho vontade de chorar e abraça-lo, mas eu sou mais forte que isso e não o faço.
– Christopher, pra você ver como eu sou boazinha eu vim te poupar de se magoar.
– O que? – Ele pergunta, já com lágrimas começando a cair em seu rosto.
Olho para o teto, tentando conter minhas próprias lágrimas.
– Estou te dizendo para me esquecer e descartar qualquer esperança de que algum dia eu vou te perdoar pelo o que você fez porque eu não vou. Então siga sua vida em frente. Até mesmo depois de que você sair daqui, ok?
– Não. – Ele responde.
– É pro seu próprio bem.
– Não – Ele diz, fazendo sinal de negativo com a cabeça.
Ele levanta da mesa, mesmo com as mãos algemadas ele vem em minha direção. Eu me levanto da cadeira também, mas não tenho forças para chamar um guarda quando ele já está em minha frente tocando meu rosto com suas duas mãos algemadas. Fica meio difícil para ele, mas ele tenta mesmo assim e nossos rostos estão a um centímetro de distância.
– Dulce. Você pode me pedir o que for. Mas não me peça pra desistir de você porque eu não vou conseguir.
Quando estamos prestes a nos beijar eu saio da hipnose que Christopher me causou e saio de sua frente e digo...
– Já vou Christopher. Espero que tenha me entendido. Assim será melhor.
Assim que saio de dentro da sala as lágrimas começam a rolar por meu rosto e eu não tenho mais forças para segurá-las. É difícil demais. Pego um taxi e vou direto para a casa de Anahí. Estou um tanto desnorteada, tentando parar de chorar e me recompor até chegar a casa de Annie.
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Aquele Olhar - VONDY
FanfictionVocê acredita em amor a primeira vista? Acredita que um simples olhar possa mudar todo o rumo de uma vida? Acredita que exista um tempo e um lugar certo para se apaixonar? Nessa história, Dulce Maria, uma jovem muito bem sucedida em sua vida tanto...