Klaus apreciava o seu mais novo quadro, sua mais nova obra que tinha como modelo a loira que vivia em seus pensamentos. Caroline foi alguém de quem Klaus jamais iria se ousar a esquecer. Ela foi a única que conseguiu ganhar um lugar no coração de Klaus (mesmo depois de muito tempo mantendo sua fachada fria de um Original temido), com sua ousadia que fazia ela desafiar o Original sem escrúpulos e com sua luz, que irradiava todos ao seu redor, até mesmo Niklaus.
Ele não esperava ficar apaixonado por ela. Ele não esperava ceder aos encantos de uma jovem vampira que usava-o em planos de seus amigos. A loira quebrou as barreiras de Klaus e atacou seu coração, causando uma guerra interna dentro do híbrido mais temível de todos os tempos.
Ele não esperava amá-la.
Ele não era aquele hipócrita que diria que ela foi a única mulher que ele já amou. Não. Klaus já conseguiu amar muitas mulheres pelos séculos, cada uma mais encantadora. Porém de um jeito ou de outro, elas temiam Klaus e principalmente temiam a respeito do que aconteceria com elas. Além do mais, todas morreram, pelas mãos do próprio Klaus, pela família Original ou pelos inimigos que os Mikaelson conseguiram. Depois disso, depois de perder tantas mulheres ele simplesmente fechou-se para o amor e começou uma vida repleta de luxúria e sexo interminável.
Mas com Caroline era diferente. Tudo sempre foi diferente com a Miss Mistic Falls. Ele nunca teve que compelir ela, pois Klaus queria que cada momento que eles passassem juntos fossem real. Ele realmente queria ela. O híbrido não desejava somente seu corpo esculpido pelos deuses. Klaus gostaria que Caroline fosse sua rainha, ele realmente almejava a loira ao seu lado pela eternidade.
O homem era consumido pelas trevas, e era bom ter uma luz. Caroline era essa luz. A luz na vida sombria dele.
Na verdade, nem sempre Klaus foi mal. Ele nem pode ser rotulado como vilão, já que as coisas que ele faz são para a família dele em si. Klaus, contrariando o pensamento de muitos, ainda tem sentimentos que não deixam-o viver em um mundo sem sentir nada. Por causa de sua humanidade, ele estava amando ela. Klaus passou muito tempo pensando que ela era a humanidade dele, que ficou perdida durante os séculos (e talvez ele não esteja totalmente errado). Klaus achava que ele era o próprio demônio, enquanto Caroline era como um anjo puro.
O apelido que lhe deram (de ser o diabo em pessoa) já se tornou um doce elogio aos ouvidos do Original. Ele gostava se suas trevas, e gostava mais ainda de ver a luz de Caroline se misturado com as trevas dele. Ela já havia admitido para Klaus, mesmo indiretamente, que se sentia atraída por toda aquela escuridão que vivia dentro dele.
Caroline em si é uma mulher considerada bonita e encantadora. Também é cheia de vida e graciosa, tendo um otimismo que supera os problemas que ela tem.
A única coisa que provava à Klaus que a loira não era um anjo agraciado que caiu nesse mundo cheio de sangue e presas, era o que ela sentia por ele. Quer dizer, se ela realmente fosse um ser completamente puro, como ela iria ter uma conexão com o diabo que ele era?
O último dia que eles se viram serviu para abrir o jogo e então ele teve certeza que aquele sentimento intenso era retribuído por ela. Poderia não ser na mesma intensidade, mas pelo menos Klaus teve a certeza de que a vampira sentia-se ligada à ele.
Aquele dia foi único. Ele queria que todo aquele momento durasse um bom tempo, pelo menos que desse para Klaus retratar em seus quadros cada detalhe de Caroline.
Klaus suspirou, voltando para a realidade quando escutou Hope chorar. Ele deu mais uma olhada em seu quadro, admirando a sua musa e se retirou do seu ateliê, querendo ir de encontro à sua filha para dar atenção à ela.
O híbrido não ficava tão triste pois ele sabia que em algum dia, algum ano, ou até mesmo em um século, ela bateria na sua porta, e deixaria ele mostrar o que o mundo tem a oferecer.
Afinal, aquele momento selvagem na floresta não havia sido o final de uma história escrita aos pedaços.
Aquilo significava o invejável início do para sempre. E antes de ter mais anos do que se possa contar, Klaus sabia que Caroline iria aparecer e ser sua rainha.
O que fazer? Eles são lados opostos de uma moeda, que tendem a se fundir com tanta atração.
Quem diria que no final, a bela e a fera formariam um bom casal?
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The Pure Angel
RomanceKlaus achava que ele era o próprio demônio, enquanto Caroline era como um anjo puro.