The Way Back Into Love

PRÓLOGO

  Treze de Maio. Finalmente meu aniversário chegou. Poucas pessoas amam tanto o dia do seu aniversário quanto eu. Amo a atenção, o carinho, os presentes..
  A questão é, hoje não é só meu aniversário. Peter nem imagina, mas já sei que ele me pedirá em casamento, e eu nem consigo por em palavras o quanto estou feliz e ansiosa para essa festa. Depois de quatro anos de namoro, tudo o que mais quero é que nos tornemos marido e mulher, sob o mesmo teto para sempre. Sim, Peter é o meu felizes para sempre.
  As horas passam, e eu nem percebo, passei a tarde entre depilação, hidratação, esfoliação, tudo para uma noite maravilhosa. Agora, já pronta, estou louca pra descer para o primeiro andar, onde acontecerá a festa, mas Peter ainda não chegou. Lá fora, uma chuva torrencial caindo, provavelmente é a razão da demora dele. Vejo meu celular vibrando em cima da cômoda, e é ele.
- Oi meu anjo!
- Peter, onde você tá?! só tá faltando você!
- Desculpe amor, eu me enrolei num processo agora a tarde, e com essa chuva acabei me atrasando muito. Mas já estou  chegando, esse trânsito que não sai do lugar!
- Tudo bem, toma cuidado amor.
- Não se preocupe, daqui a dez minutos tô aí pra te encher de mimos e entregar seu presente especial. -um sorriso nasce nos meus lábios pois sei bem que presente é esse.
- Não demora,- digo já ansiosa- até daqui a pouco..
- Até meu anjo.. e Sarah!?
- Sim!
- Eu Amo Você!
- Eu também te amo, meu bem!

Eu não fazia ideia, mas essa seria a última vez que eu ouviria a voz dele. Vinte minutos depois tocaram a campainha, eu corri para abrir e encontrar Peter. Mas, ao abrir a porta, dei de cara com dois policiais. Fiquei calada, esperando eles se pronunciarem, não fazia ideia do por que de estarem ali na minha porta. Um deles, o mais velho pediu para falar com Sarah Dalgliesh, e depois de eu me identificar, ele disse de forma nada empática que meu namorado sofrera um acidente, e mesmo com o atendimento, não havia sobrevivido, gentilmente me pediu para acompanhá-lo para resolver as questões pertinentes àquela situação, uma vez que Peter não tinha parente algum na cidade.
  Eu não pude, eu realmente não fui capaz de ir, tudo que me lembro foi de ter caído de joelhos e começar a chorar, um choro convulsivo, onde pedia silenciosamente que aquilo fosse um pesadelo, que meu Pedro chegasse e dissesse que havia sido um engano, que acontecesse qualquer coisa, menos que aquela informação cruel fosse verdadeira.
  Nesse dia, perdi meu namorado, meu melhor amigo, meu companheiro de séries, meu amante, meu incentivador, perdi meu quase noivo, perdi meu coração. Eu jamais imaginei que perder alguém amado doesse tanto. Mas doía, Deus, como doía! E eu não fazia ideia de quando aquela dor ia passar, aliás, eu nem sabia se um dia iria passar.