Quando ela chegou...

Sophie

Ao abrir meus olhos. A lua ainda inundava meu quarto com seu brilho, iluminando quase tudo que ali havia.

Minhas partituras que antes estavam em cima de minha escrivaninha agora se encontram espalhadas pelo chão.

Levei alguns minutos para me levantar da cama. Meu cabelo nunca esteve tão embaraçado. Resultado do vendaval de horas atrás.

4:16 a.m. Marcava o antigo relógio de madeira.

Comecei a recolher os papéis do chão, e guarda-los em um antigo baú.

5:20 a.m.

Meus cabelos chacoalhavam violentamente na porta de casa. Um sobretudo de lã preta ne protegia vagamente da brisa fria de outono.

Meu andar era vago e por um longo período fora lento. O bosque me ajudava a relaxar, os animais ainda não haviam despertado por completo, o frio começou a se tornar maior, então apertei o passo e abaixei a cabeça, não estava na hora de apreciar a vida selvagem.

6:10 a.m.

Cheguei na escola. Ela parecia abandonada pelo tempo, a ausência de alunos devido minha antecedência ajudava a deixar aquela instituição ainda mais sombria. Fiquei feliz por descobrir que quase tudo nessa cidade tinha um aspecto abandonado pois este cenário conseguia refletir o que minha alma nunca conseguiu expressar.

Nos corredores vejo uma porta entreaberta e vejo ao fundo um palco, logo imagino ser o antigo anfiteatro da escola. E logo ao lado uma das coisas mais belas já vistas por meus olhos. Um piano de calda marrom velho e empeirado.

Fui aos trôpegos em sua direção verificar sua funcionalidade e para minha surpresa ele ainda funcionava e muito bem.

Larguei meus materiais em um canto escuro e logo me acomodei e iniciei uma de minhas composições favoritas.

Passei muito tempo lá.

Quando percebi o Sol já tinha vindo e já tinha voltado. E a lua reinava novamente.

Me assustei nunca avisa me perdido tanto em uma música como neste dia.

Ao olhar no relógio mais de 12 horas já haviam se passado.

Culpa da sala ser mal iluminada pela luz externa.