Na maioria das vezes nós imaginamos os líderes sanguinários que fazem o que for preciso pelos seus ideais, como "malvados". Mas para mim, a definição de mal é outra coisa. Assim como no filme em o Poderoso Chefāo, em que os ideais principais eram a família, o meu é a minha vida.
Desde do momento em que a Amaru saiu daquela sala, eu fiquei imaginando como seria o meu encontro com o Lorde, que pelo o que eu percebi era o todo poderoso. De repente escuto a porta ser aberta, e assim que eu viro a cabeça, eu vejo que era a Amaru com dois homens encapuzados ao seu lado. Ela vem até mim com uma faca e corta as cordas que me amarravam.
-Você queria tanto falar com o nosso líder, e ao que parece você conseguiu! -Ela disse me encarando severamente.
-Isso é excelente! -Eu disse me levantando com um sorriso enorme de satisfação em meus lábios.
-Peguem-no. -Ela ordenou, e os dois homens vieram em minha direção, cada um segurando um de meus braços, me guiando até a porta.
Nós seguimos por um outro cômodo até sair pela porta da frente, aonde a vista não passava da selva. Eles me levaram até um jeep, e logo eu pude ter a certeza de que foi por ele que eu vim para cá. Os dois homens encapuzados sentam-se cada um ao meu lado fazendo com que eu ficasse no meio, enquanto a Amaru sentou-se no banco da frente e deu a partida no jeep.
Durante o percurso em que fizemos, eu pude ver o céu começar a escurecer. E por um momento, por um único momento ao ver isso, eu desejei estar na sacada de meu quarto aguardando as estrelas se manifestarem, pelo simples fato de ser a melhor coisa que os meus dias poderiam me proporcionar.
Assim que chegamos, os dois homens me puxaram para fora do veículo. E quando eu desci, olhei de imediato a minha volta, e não avistei nada além do puro horizonte. O que teria me apavorado, pois isso indicaria que eles me levaram ali para morrer, e que eu deveria ter percebido isso de cara, afinal eles não haviam colocado um capuz em mim, e isso significava que não havia importância se eu soubesse ou não o caminho. Mas, acontece que havia entre o chão uma porta coberta por mato e bem escondida. Aliviado por saber que eu não estava ali para ser executado, eu simplesmente aproveitei a brisa fria da noite em meu rosto.
Amaru desce do carro, e caminha em direção a porta escondida, se agacha e começa a tirar os matos de cima da porta. E assim que ela terminou de fazer isso, eu pude ver que a porta no subsolo possuía um formato retangular de um tom cinza sem vida. Com a insígnia de um L na porta. Como se eu não soubesse o que significava. Ela bate três vezes na porta do subsolo, e eu começo a pensar que esse deve ser o código para tudo por aqui. A porta é aberta por um homem encapuzado como os dois que me seguravam. Ele nós olha e diz.
-Me sigam, o Lorde aguarda vocês. -E assim que ele diz isso, começa a descer uma escada que pelo que eu vi de início, parecia não possuir um fim.
Depois que descemos as escadas, eu me surpreendi com o que eu observava lá dentro. Eles possuíam tecnologia de ponta. Era impressionante. Eu cheguei a ficar imóvel por alguns segundos, até ser puxado pelos dois homens que me guiavam. E na medida em que passávamos por salas totalmente visíveis por serem de vidro, eu via experimentos surreais, como projeções reais, um tipo de máquina que projetava armas e as criava pela projeção, como se fosse um deus, criando a vida a partir do pó. Assim, que chegamos ao final do corredor pelo qual eu fui guiado. Entramos em um elevador, o que me deixou bem indignado, por simplesmente já estarmos debaixo da terra. O homem que nos guiava apertou o quarto andar.
E enquanto eu me perguntava o porque de eles se preocuparem com a minha ameaça, já que eles possuíam mais tecnologia do que tudo que eu já havia visto, o homem encapuzado explicava para a Amaru que assim em que chegássemos ao andar solicitado, ela e os seus homens estariam dispensados para retornarem a sua unidade. E isso me deixou mais intrigado do que tudo, afinal eles tinham mais do que uma unidade, e isso para mim não era nada bom.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paradoxo
Ficción GeneralO tempo é uma coisa perigosa, uma coisa pela qual não sabemos lidar, mas ele terá que aceitar que é o único que pode mudar isso. Aquele que caça pela necessidade, mata pelo desespero e luta para voltar, é o único que sobrevive ao Paradoxo Temporal e...