Então Bryan decide seguir seu caminho, já que Cler já tinha dito que era isso que ela queria.
Bibliotecária- Não , não é isso, Cler já tinha dito que Bryan poderia ficar junto com ela sim, não lembra?! Apaga isso aí e continua a história.
Jovem Escritor- Okay!
...
Então ficamos em silêncio....
Em seguida Bryan falou:- Cler, você ainda não me contou nada sobre sua vida e de como também veio parar aqui, não quero ser intrometido, mas seria bom, já que vamos ser companheiros durante um tempo, não achas?
Fiquei quieta pensando se eu devia me abrir com um até então estranho, afinal, tudo o que eu sabia de Bryan era o seu nome e essa pequena história de sua vida, mas por fim decidir contar.
- Meu pai morreu quando eu era criança, foi um acidente de carro também, lembro- me como se fosse hoje, era uma manhã de segunda-feira, meu pai morreu para me salvar, estávamos atravessando a rua, quando de repente veio uma SUV vermelha, ele viu que não iria dá tempo de sair da rua e então me empurrou para a calçada e a SUV o acertou em cheio...
Fiquei um pouco em silêncio, Bryan me abraçou e então continuei.
- É muito difícil falar disso até hoje, meu pai era meu melhor amigo, o único que me amava de verdade naquela família, depois que ele morreu, a minha casa virou um inferno de vez, por isso estou aqui hoje, assim como você eu não suportava mais. Tudo se perdeu, o colorido acabou, e tudo o que eu via naquela família era cinza.
Bibliotecária- Ah, acho que não precisava mais contar sobre a morte do pai de Cler, isso esta tão repetitivo. E "tudo era cinza?", que merda de comparação é essa né. Talvez seja melhor apagar, as leitoras não vão gostar.
Jovem Escritor- Vou continuar assim mesmo, Bibliotecária.
...Bryan continuou me abraçando forte viu que os soluços do choro eram inevitáveis, foi então que desabei de vez ...
Bibliotecária- A Cler já está muito dramática, não acha?!
Jovem Escritor- Será?! Ah, que saco! Não quero que Cler chore mais, pronto, esta decidido então, agora me deixe continuar a história.
...
Quando pecebi o drama que eu estava fazendo perto de um garoto que eu nem conhecia direito, parei de chorar na hora, limpei o rosto e falei:
- Chega! Pronto! Já ouviu a minha história, então agora vamos!
- Para aonde? - Perguntou Bryan.
- Para qualquer lugar, cara. Você não quer ficar aqui no meio da rua né?! - Falei rispidamente com Bryan e ele então respondeu.
- Okay! Cler..Mas técnicamente já estamos em "qualquer lugar", mas tudo bem...Vamos!
Jovem Escritor- Acho que assim é melhor, você não acha Bibliotecária? Ou Cler esta sendo grossa demais? Apago ou deixo assim? Que merda! Esse livro já está cheio de rabiscos...Deixa eu continuar a história novamente.
...
Parecia que Bryan se magoava com tudo. Mesmo assim, não falei mais nada, fomos embora caminhando...
Bibliotecária- Claro! De carro é que não é, estavam igual dois mendigos na rua, é óbvio que foram andando, Jovem Escritor. Agora continua .
Jovem Escritor- Okay!
...
A praça estava deserta, então sentamos em uma pequena arquibancada da quadra da praça, conversamos por um longo tempo até eu acabar dormindo, como diz aquela menina chata do A Culpa é das Estrelas, gradativamente.
Bibliotacária- Que bosta isso hem! Tô vendo que nem precisava citar esse livro, Jovem Escritor.
Jovem Escritor- Chega, me deixe escrever em paz!
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Até Nada É Alguma Coisa
DiversosClarice é uma menina de 17 anos que perde o pai em um grave acidente quando ela ainda era criança, desde então Cler(como ela gosta de ser chamada) passa por muitos dramas em sua vida chegando até tentar se matar, pois além de perder o pai que ela am...