Capítulo 34

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Depois que Victor tirou os espinhos da pata do gato, acariciamos ele e depois Victor se levantou e estendeu a mão para me ajudar a levantar. Peguei a e me levantei. Continuamos nosso trajeto de mãos dadas. Conversamos e rimos até chegarmos ao ''restaurante'' de churros.

Tinha bastante gente até, nos sentamos em uma mesa que ficava do lado de fora, fizemos o nosso pedido e ficamos esperando.

- Você gosta mesmo de animais né ?! - disse rindo.

- Eu amo animais. - sorrio.

- Quer ser veterinária também ?

- Ah não, não gosto de ver animais sofrerem, acho que vou ficar na área de exatas mesmo. - rio.

- Ah, eu também não gosto, mas vamos salvá-los de um jeito ou outro, e eles não vão sofrer mais, é assim que eu penso. - sorriu. - O que você quer ser ?

- Arquiteta.

- Caralho... - riu.

- O que foi ?

- É difícil demais.

- Ah, eu gosto dessa área, humanas não é pra mim.

- Eu prefiro muito mais humanas, não é atoa que eu vou repetir de ano por causa de exatas.

- Sério ? - rio. - Pô Victor.

- Sim. Pô nada, espera chegar o terceiro, é difícil pra caralho. - riu.

- Eu vou me dar bem, certeza. - nossos churros chegaram.

- Ah com certeza. - riu.

Estava comendo o churros quando Victor pegou um pedaço do meu rapidamente.

- Não ouse pegar outro. - digo.

Peguei um pedaço do dele, que foi mais rápido que eu, segurou o meu braço e pegou o garfo colocando na boca. Bufei.

- Injusto. - rio.

Ele pegou um pedaço do seu e deu na minha boca.

Comemos e rimos, ao terminarmos continuamos sentados.

Até duas as meninas se aproximarem de nós. Uma delas colocou a mão na ombro de Victor e olhou surpresa para ele.

- Vitinho. Quanto tempo. - disse me olhando.

- Amanda ? Caramba. - se levantou e cumprimentou-a.

Eu apenas observava os dois, mas eu no fundo eu estava me mordendo de ciúmes, não gosto de demonstrar essas coisas.

- Essa é a Nicole. - Victor me apresentou para ela.

Me levantei e cumprimentei-a. Enojada.

- Hum Vitinho, não esperava te ver com alguém tão cedo assim. - sorriu.

Eu juro que pulo na cabelo dessa menina logo logo.

Ele apenas sorriu, pelo menos ele percebeu o flerte que ela acabou de dar nele.

- Como vai seu cachorro ? - Victor mudou de assunto.

- Ah, ele está com a patinha engessada, mas fora isso está tudo bem com ele. Vê se aparece lá em casa para dar uma olhada, fiquei sabendo que quer ser Veterinário.

Respira Nicole, sem stress.

- O que aconteceu com ele ? Ah, apareço sim, saudades dele. Vamos ver se rola né. - riu.

APAREÇO SIM ? Minha paciência tá chegando no limite.

Sua amiga cutuca ela - outra que estava sobrando também. - e elas falam alguma coisa, mas foi muito baixo e eu não consegui escutar.

- Vou ter que ir lindinho, não se esquece de aparecer em casa. - deu um beijo no canto da sua boca e saiu.

Lindinho ? Só pode estar de brincadeira.

Fiquei em silêncio tentando recapitular o que tinha acontecido aqui, vontade de levantar e meter o tapa naquela vagabunda.

- Vou ir pagar lá e já volto. - levantou.

- Eu pago o meu. - me levantei.

- Nunca. - riu. - Senta aí que eu vou pagar.

Minha cabeça já estava latejando e eu não estava com a mínima vontade de discutir. Me sentei e ele foi pagar. Não demorou nem 10 minutos e ele já voltou.

- Vamos ? - estendeu a mão para mim.

Me levantei sem dizer nada e nem ao menos segurei a minha mão. Fui andando na frente com toda pressa do mundo, eu estava realmente brava, Victor não tinha culpa se uma menina estava dando em cima dele na minha frente, mas só por ele ter dito "apareço sim", já é motivo de ficar brava com ele.

- Nicole. - disse tentando me fazer parar.

Segurou o meu prado me impedindo de vez e continuou :

- Ei, você está bem ?

- O que você acha ? - cruzei os braços.

- Está bem. - riu. - Eu não tenho nada com ela e nem quero ter, ela só era uma amiga de infância que eu não via a muito tempo, não precisa ter ciúmes.

- Não precisa ter ciúmes ? Tá bom. "Apareço sim" "Vou ter que ir LINDINHO."

- O apareço sim foi por educação, você acha que eu não percebi que ela tava dando em cima de mim ? E não é de hoje isso não, e eu sempre dei fora nela.  Não tenho culpa se eu sou irresistível.

- Ah eu não escutei isso. - rio. - Eu te odeio. - dou um tampa em seu peito.

Odeio quando eu estou brava com a pessoa e ela me faz rir.

- Relaxa pequena. Eu sou seu e ninguém mais vai mudar isso. - acariciou minha bochecha.

- Espero mesmo. - rio. - Não fui com a cara daquela menina.

- Ninguém vai, mas ela é legal.

Segurou na minha mão e fomos andando de mãos dadas até sua casa.

Quando chegamos lá, fomos em direção a seu quarto, tirei o meu tênis e sentei em sua cama e ele, em seguida, deitou no meu colo. Comecei a fazer carinho nele.

O Menino De RolêOnde histórias criam vida. Descubra agora