Capítulo 97

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Dou um selinho em Christopher, mas só isso, porque ele ainda está com um pouco de dor. Ele sorri para mim e sinto uma vontade enorme de dar um beijo mais longo, porém como ainda não posso, apenas sorrio. Não acredito que deixei as coisas chegarem a esse ponto, de eu me envolver com gente errada, estragar minha vida, fazer minha mãe perder a confiança que tinha em mim, e ver o Christopher, o meu amor, apanhar de uma forma brusca e violenta diante de meus olhos por minha culpa.

Deito-me ao lado dele e ficamos juntinhos olhando trocando apenas olhares diretos. Olhar aqueles olhos que desde o primeiro dia que vi, me hipnotizaram, me arrepiam e me trazem uma sensação gostosa ao meu corpo.

A noite chega e o Christopher já não sente tantas dores porque o analgésico fez efeito. Me levanto da cama e vou a cozinha para preparar um lanche quando meu celular toca e é uma "amiga" minha perguntando que horas vou a balada hoje...

– Eu não vou Jenny. Aconteceu um imprevisto – Respondo.

– Cara, você marcou com o Ramon. Sabe que ele vai ficar furioso. – Ela diz.

– Diga que passei mal.

– Dulce, todos já sabem do que aconteceu com o amigo da sua mãe.

– Não me importa Jenny. Eu não posso ir! Minha mãe proibiu.

– Ele não vai acreditar nessa e sua mãe nunca foi impedimento pra nada.

– Jenny, diga que passei mal. Eu não posso ir hoje. Depois me resolvo com Ramon. – Digo já nervosa.

– Dulce, se eu fosse você dava um jeito de fugir. Se deixar o Ramon esperando ele vai... – Jenny hesita – Você sabe, Dulce.

– Ele não vai me bater, ok? Talvez eu vá mais tarde. Umas 23hrs, para não deixar ele plantado.

– Ok Dulce. 23hrs eu te ligo. – Diz Jenny.

– Tudo bem Jenny. Tchauzinho. – Desligo.

Fico apreensiva porque Ramon realmente é vingativo e já fez tantas coisas horríveis com as meninas com quem saiu. Tudo bem, vocês devem estar se perguntando o porquê eu resolvi sair com ele. Bom, eu não tinha mais vontade de nada, só queria terminar de estragar minha vida que já estava uma merda. Eu estava muito mal com o lance do Christopher e Poncho veio a depressão que fez meu mundo girar e fazer coisas impulsivamente. Por isso me envolvi com as pessoas mais loucas do bairro e comecei a beber, mas depois de reencontrar Christopher e vê-lo sofrer na minha frente sem eu poder ao menos fazer nada percebi que a minha felicidade era ele e eu mesma o estava afastando de mim com o meu rancor.

Termino de fazer o lanche para que eu e Christopher possamos comer juntos na cama...

– Dulce, eu estava mesmo com muita de fome.

– Eu imaginei. Por isso trouxe esse... – Christopher me corta.

– Eu na verdade estou com fome de outra coisa. – Diz maliciosamente.

– Christopher, você está louco? Você está machucado e não quero que piore.

– Dulce, fiquei sete meses preso. E agora estou sozinho em um chalé com a mulher que eu amo e estava morrendo de saudade. Você já não acha que é tortura demais? A dor física se torna invisível perto disso.

Sorrio e digo...

– Christopher, se eu te contar você não vai acreditar.

– O que? – Ele pergunta.

– Minha última transa foi com você e só. Por mais loucuras que eu tenha feito, eu não tive coragem de me deitar com outro durante esse tempo – Digo.

– Sério? – Ele pergunta, parece que surpreso – Isso é ótimo Dulce. Agora que temos mais um motivo para matar a nossa fome.

– Não quero machucar você...

– Na verdade eu quero que você me machuque. – Christopher me responde fazendo aquela cara de sedutor.

Ele põe a bandeja com o lanche na mesinha ao lado da cama e se volta para me beijar subindo em cima de mim. É a primeira vez que nos beijamos desde aquele dia no meu apartamento quando eu descobri toda a verdade. Eu senti muita falta do beijo de Christopher.

Nossas línguas se encontram e começo a sentir o calor que somente Christopher sabe me causar. Ele desce suas mãos pela minha cintura e aperta com força me fazendo arrepiar. Ele repuxa meu lábio inferior, morde-o, passa sua língua por ele e fecho meus olhos sentindo todo aquele momento. Christopher não se conforma em somente beijar meus lábios e percorre com sua boca até meu pescoço. Seus beijos são delicados e ao mesmo tempo muito veloz.

Eu o abraço contra meu corpo com cuidado para não machucá-lo enquanto ele desce uma alça da minha blusa com os dentes e logo em seguida beijando meus ombros. Ele para e olha nos meus olhos novamente. Eu já não o vejo mais como culpado de tudo. Começo a ver através do seu olhar o quanto ele me ama e o quanto eu preciso dele ao meu lado.

Ele volta a me beijar e desce a altura dos meus seios e rasga a miniblusa que estou usando. Arregalo os olhos assustada porque jamais esperava que ele fizesse isso. Ele diz...

– Que saudade de vocês, meus meninos. – Ele fala como se os meus seios fossem responder algo. Acredito que eles respondam porque logo ficam inchados e duros correspondendo ao prazer que Christopher me dá.

Nós dois sorrimos e ele volta a me beijar, acariciando meus seios com muito carinho. Logo em seguida ele tira minha mini saia e também minha calcinha. Ele enfia um de seus dedos em mim e começa a fazer movimentos me deixando mais excitada do que já estou seguro suas costas com força arranhando com as unhas. Christopher não se contém mais e tira a calça e a cueca e vejo sua ereção que a tanto tempo não via e sentia muita falta. Ele nem se importante em colocar camisinha e me penetra de uma vez, pois já estou tão molhada que ele entra com mais facilidade. Christopher faz movimentos carinhosos de logo depois com mais voracidade. Nossos corpos soam colados um ao outro. A saudade que tínhamos não nos faz querer parar. Quando finalmente chegamos ao êxtase juntos e caímos no sono. 

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora