A era moderna está tão avançada que um ser artificial tem sido um sonho para a humanidade desde o nascimento da ciência. Não por ter sido um avanço dos nossos antepassados quando assombraram o mundo com as primeiras máquinas pensantes, monstros primitivos que poderiam fazer coisas inimagináveis. E hoje um ser artificial tem sido uma realidade altamente imperfeita, que tem articulação nos membros, na fala, e não precisam ter qualquer reação humana. Porém para dois irmãos gêmeos o ser artificial alcançou a sua forma mais elevada, tendo como propósito inicial, se integrarem a sociedade e exercerem funções importantes. Múltiplas tarefas da vida diária.
Os primeiros seres artificiais foram criados, um projeto que ganhou o nome de – Adão e Eva. O trabalho foi tão eficiente e inacreditável, que o tempo permitiu as primeiras formas de pensamento, e incrivelmente, os sentimentos, como o amor ao próximo.Naquela manhã, Evie havia acordado e inspirada. Desde tanto tempo trabalhando naquele projeto que estava tão ansiosa, não perdia tempo algum com esperas. Sua criação foi um homem, um homem perfeito em seus conceitos. Físico másculo, corpo totalmente desenhado e torneado, pele sutil com aquele toque mais torneado, buliçoso. Ela tinha passado a tarde inteira dando os últimos toques no corpo e no homem, o nomeava de Adão, tinha seus propósitos esse nome, bem óbvio isso.
Ao cair da noite, ela concluira tudo e pro fim, iria dar a vida ao corpo humano de sua criação.- É agora!
Ela sorria mordendo o lábio inferior e ouvia um barulho na porta, era seu irmão, o criador de Eva.
- Bom dia, irmãzinha.
Oliver sorria insanamente.
- Como sempre... Deixando as etapas finais pro último segundo, não?!
O tom dele era de provocação em evidência, os olhos dela criavam uma pontinha de raiva, o que deixava ele bem satisfeito.
- Cala sua boca, bastardo!
Oliver ria amplamente da cara de sua irmã e ia até a maca onde o corpo de sua criação estara, apenas observava e colocava uma folha em cada um dos seios da mulher e entre suas pernas, tudo para privar sua maior intimidade. Oliver havia feito Eva de cabelos médios e levemente ondulados, além de ruivo, com a idealização de que ruivas naturais não são muito comuns, pois o cabelo ruivo é um acidente genético lindo. Os olhos de Eva eram castanhos escuros, pele clara e um corpo lindamente desenhado e delicado.
Evie havia feito Adão com o propósito de uma perfeição jamais conhecida, era alto e formoso, pele negra, bem negra, mas com um brilho e textura radiante. Os cabelos de Adão certamente não eram lisos, eram crespos de tinham um penteado estiloso até, Adão tinha lábios carnudos e dentes maravilhosamente brancos, certinhos e invejáveis, olhos pretos e maçãs do rosto definidas, não ideal dela, ele era perfeito.
Os irmãos saíram da sala e foram continuar o resto do dia fora, não foi por questão de muito tempo que os dois corpos dentro daquela sala começassem a respirar, um coração sintético começar a bater e o racional começar a funcionar. O corpo masculino foi o primeiro a se levantar, Adão sentou-se na maçã retirando o lençol branco de cima do corpo e encarando a folha que tampava o membro sexual que possuía no meio das pernas. Levava a mão até seu rosto e tateava lentamente tentando reconhecer-se. Logo em seguida na maca ao lado, Eva se levantava, sentando de frente para Adão e o olhando, de certo modo a mente deles já estavam programadas, então já conheciam bastante coisas.- Adão!
- Eva!Ambos diziam juntos e tomavam uma expressão assustada num encaro entre si. Então se levantaram e tocaram um ao rosto do outro, por fim, se abraçaram.
(Cerca de cinco horas se passam após a saída dos irmãos)
Chegando em casa, Oliver sente-se ansioso para ver sua criação, pega no pulso de Evie e a puxa para a o laboratório, aí chegar lá apenas encontra os lençóis murchos por cima das macas.
- Não estão aqui, Evie.
Dizia Oliver com os olhos um tanto arregalados.
- Jesus, Oliver.
Evie respondia enquanto andava desesperadamente por todos os cantos do cômodo.
- Como iriam fugir? Não estão acostumados com nosso mundo, isso vai dar merda, Oliver.
A pequena esfregava o rosto num ato de desespero.
Já eram 23:00 da noite, no centro da cidade estava Adão e Eva, totalmente nu, assustados com os movimentos dos poucos carros, de jovens bêbados nas ruas, pessoas perambulando. Na mente deles, eles eram os únicos neste grande muito e, ao ver toda aquela imensidão de prédios e coisas atuais os deixam um tanto assustado. Eva olha para o chão e vê um pino de droga, pega e então fica observando.
- Olha, Adão. Parece… Hm… Não sei.
Ela leva o pino ao nariz dando uma aspirada fazendo com que seu nariz inalasse aquele pó, rapidamente sente seu nariz coçar e da um espirro, seu organismo parecia não reagir muito a substância, porém, o que Evie e Oliver não sabia era que a cada coisa errada que Eva ou Adão fazia, parte deles se tornavam naturalmente humana. E assim foi feito pelos seguintes dias, Evie e Oliver os procuravam com loucos, mas Adão e Eva se adaptaram aos poucos nesse mundo atual, das drogas veio as bebidas, das bebidas veio… Bom, terá que ler a continuação para descobrir.
Continua….
(Daniel e Lary)
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Contos de Sexta - Feira
Short StoryContos de todas as sextas do grupo Passos Literários