Capítulo 02 - Revisado e Reescrito

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O conto A ÁRVORE EXISTE, MAS FOI DESMEMBRADO E REESCRITO EM FORMAS DE CAPÍTULOS MENORES PARA O INÍCIO DA HISTÓRIA DE DIOGO E ALESSANDRO. NO MAIS, ELE CONTINUA COMPLETO NO LIVRO "MEUS CONTOS". BOA LEITURA!

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 – Por que? – Pergunto com a voz ofegante, aproveito o momento já que nenhum dos babacas está aqui, todos já saíram da quadra. É a primeira vez que estamos sozinhos.

– Do que você esta falando? – O seu tom de voz está muito diferente do usado quando está com os seus amigos, até mesmo o seu jeito de se movimentar, a forma como me olha... quem ele é de verdade?

– Por que depois de me humilhar como sempre na frente daquele bando de retardados, você assumiu a culpa do prato quebrado?

– Porque, fiquei com medo de você se ferrar por causa disso, até porque não é a primeira vez que você leva a culpa no meu lugar.

Me sinto conversando com outra pessoa, ele parece tão maduro e sincero, incapaz de ferir alguém como vem me ferindo todo esse tempo.

– E desde quando você se importa? – Saio de cabeça baixa, sinto-me revoltado, mas não olho pra trás.

O portão do ginásio esta na minha frente, já posso ouvir o barulho das grosserias e vulgaridades que ouvirei dos Grimas que estão vindo em minha direção com risadas sarcásticas e piadas na ponta da língua.

– Dessa vez não.

Ouço uma voz atrás de mim, uma voz madura e que embora eu reconheça, não consigo acreditar.

– O que foi? Agora quer proteger o viadinho?

Eis que Diogo passa por mim, sem me olhar, vai em direção ao grupo de idiotas e sussurra algo em seus ouvidos, o que faz com que todos cessem seus sorrisos e risadas imediatamente. E embora eu esteja muito curiosa para saber o que foi, saio imediatamente, sem dizer nada.

Ele ainda esta falando com o os Grimas, sem uma gota de respeito à aula da professora Leona, sem nenhum respeito a ninguém, pelo menos nenhum deles me incomoda desde a aula de educação física.

– Eu realmente terei que pregar a língua desses babuínos bobocas que balbuciam em bando na testa? – Ao ouvir isso percebo que tenho muito em comum com a professora, por exemplo, gostar de Harry Potter, somente um fã entenderia essa excepcional referencia e como o esperado, eles param com o conversa.

O sinal ensurdecedor começa a tocar dando fim a mais um dia de aula. Quando termino de arrumar o meu material olho em volta, além de mim, a única presente na sala é uma professora.

– E ai, não está com pressa como todos os outros alunos?

– Não preciso de pressa, não tenho nada melhor pra fazer em casa.

– Isso é muito triste... você prefere se isolar entre pessoas terríveis para não se sentir tão só, mas no fundo sabe que essas pessoas que estão ao seu redor só lhe fazem se sentir pior.

– Tenho que lidar com as consequências...

– Não, não tem... já que não tem nada melhor pra fazer, quer vir comigo tomar um café?

UM NERD EM MINHA VIDA 01(EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora