Capítulo 99

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Começa a aglomerar pessoas e a rua logo enche num estalar de dedos. A confusão está armada, e bem na hora passa, para a nossa sorte, uma viatura da polícia que para ao perceber a confusão que está acontecendo ali. Fico preocupada, pois Christopher já foi preso e ser pego em uma confusão dessa principalmente agredindo alguém me deixa apreensiva. A polícia rende a todos que estão enrolados na confusão nos fazendo por as mãos ao alto. Por me ver chorar os policias percebem que eu sou a vítima da história. Christopher não chora, pois está furioso e possesso de raiva de Ramon, e acho que mesmo que não estivesse com raiva não choraria. Acredito que se os homens que chamei para apartar a confusão não chegassem a tempo ou o Christopher teria apanhado feio do grupinho de vândalos de novo ou ele teria matado o Ramon.

Aqui estou eu novamente em uma delegacia. Após sete meses aqui estou eu na sala de um delegado prestes a prestar uma queixa. Agora Christopher está comigo, mas quando puxam sua ficha percebem que ele é "O assaltante" do México. Então o delegado diz que ele terá que ficar detido até que os fatos serem apurados pela polícia.

O delegado pergunta se quero prestar queixa contra os agressores, ou seja, contra Ramon e seus amigos... Sinto muito medo, mas mesmo assim presto a queixa porque ele nem seu bando podem ficar livre e fazendo outras garotas passarem pelo o que ele me fez passar.

"Esse pesadelo nunca acaba?" Penso. "Christopher detido de novo? Não pode ser!". O delegado diz que se ele for declarado inocente ele será solto em dois dias, fora isso, ficará detido retomando o tempo de pena que iria pagar.

Choro horrores. Christopher já sofreu demais, e vai ficar preso novamente. Não acredito que esse pesadelo está acontecendo novamente. Vou até a cela que prenderam Christopher...

– Amor, você não vai ficar aqui tá? Eu vou te tirar!

– Tudo bem, Dul. Já estou acostumado. – Christopher responde tranquilo – Prestou queixa contra aqueles imbecis?

– Sim. – Respondo.

– Então fica tranquila. Logo vou ser liberto. – Ele diz.

– Eu não quero você aqui, amor. Você não merece esse lugar outra vez – Digo aos prantos.

– Fica tranquila Dul. – Christopher diz beijando minha testa através das grades da cadeia.

Um guarda me diz que tenho que me retirar e me despeço de Christopher. Vou aos prantos para a casa de minha mãe. Quando chego, ela já está sabendo pela televisão. Qualquer coisa que envolva o Christopher no México é motivo de notícia nacional. Minha mãe me consola, mas logo depois tranco-me no quarto e me ponho a chorar pensando em Christopher e em quando vou poder ser feliz de verdade.

O dia amanhece e eu não tenho fome. Passo a manhã deitada com os olhos inchados de tanto chorar. Ligo para Annie e May e conto a elas tudo o que aconteceu. Elas me mandam forças e dizem que estão torcendo para que tudo se resolva. A manhã passa e chega o almoço e ainda não sinto fome. Minha mãe tenta me forçar a comer algo antes de ir para a delegacia para ver o que a polícia já conseguiu apurar. Como duas bolachas e tomo um copo de suco e vou para a delegacia.

Chegando lá delegado diz que conseguiu as câmeras da rua da onde houve a confusão e diz que a perícia já está avaliando o caso e que como ele mesmo disse amanhã ele tem a resposta se Christopher será solto ou se ficará detido novamente. Fico agoniada por saber que o meu amor vai ficar mais uma noite preso.

Vou visitá-lo novamente e estouramos o tempo devido para visita ficando juntinhos e abraçados, trocando carícias e palavras de amor.

Passo mais uma noite acordada, sem comer e sem pregar os olhos. Me sinto incompleta sem Christopher e dependendo do que a polícia apurar Christopher pode ficar dez ou quatro anos preso novamente, porque eu sei que o que eles querem é ferrar mesmo com a vida dele, mas não perco a esperança. Eu acho que não aguentaria ficar sem o Christopher novamente. 

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora