Capítulo 100

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Acordo bem cedo, na verdade nem dormi direito, me arrumo e vou imediatamente para a delegacia. Quando chego lá, a delegacia ainda nem abriu e fico ao lado de fora esperando. Sai escondido de casa e minha mãe nem me viu sair.

Espero a polícia, o delegado, praticamente todos chegarem para receber notícias. Quando eles finalmente chegam fico esperando ser atendida por eles, agoniada. Quando entro na sala do delegado, ele diz que Christopher vai ser solto e que ele agrediu o Ramon por legitima defesa, o que era verdade, e não tinha necessidade nenhuma daquele "auê" todo.

Os polícias trazem Christopher para mim e assim que nos revemos nos beijamos no meio da delegacia. Os policias que ali estão começam a aplaudir, chega a ser engraçado porque parece uma cena de novela. Christopher e eu começamos a rir, pois foi totalmente desnecessário isso.

Christopher e eu saímos da delegacia transbordando alegria. Finalmente vamos poder ficar juntinhos. Ligo imediatamente para minha mãe avisando que Christopher está liberto e ela diz que vai começar a preparar um almoço para nós dois, principalmente porque eu não ter comido nada enquanto Christopher estava detido.

Chamamos um táxi e a caminho da casa de minha mãe Christopher e eu vamos conversando...

– Christopher será que finalmente vamos poder ser feliz?

– Eu que te faço essa pergunta, Dul. – Ele diz sem tirar os olhos de mim acariciando uma de minhas bochechas – Vamos poder ser feliz juntos agora?

– Se depender de mim vamos ser muito felizes a partir de agora. – Respondo sorrindo.

– Que bom! Dulce. – Christopher também sorri para mim – Então, quando voltamos para... – Corto Christopher.

– Voltar para onde?

– Para minha cidade. – Ele diz e eu hesito.

– Amor, não tem como eu voltar. – Digo – Eu vendi meu apartamento quando vim pra cá. Por que você não fica aqui?

– Eu não tenho onde ficar aqui Dulce, e muito menos dinheiro pra comprar ou alugar uma casa.

– Você arruma um emprego e eu... – Chris me corta.

– Dul, sabe que pra mim vai ser difícil arranjar um emprego com o meu currículo. – Ele diz.

– Amor, mas eu posso trabalhar.

– E você me sustentar, Dulce? – Ele pergunta – Não vou permitir isso.

– Não seja machista, amor. – Digo.

– Não estou sendo machista. É questão de princípios Dul. – Ele diz com o olhar triste. – Estou começando a perceber que eu não sou a pessoa que você merece.

– O que? – Pergunto perplexa.

– É Dulce... – Ele diz – Eu já comecei estragando a sua vida tirando quem você amava, te fazendo sofrer e depois te fiz sofrer de novo quando você descobriu isso. Depois você se envolveu com pessoas erradas, fez muita gente ficar preocupada e por minha culpa. Eu causei tudo isso a você, eu sou a causa de você não ser feliz. Me perdoa, Dul.

– Christopher, tudo isso já passou. Eu já te perdoei, esqueça isso.

– Dulce é sério, me responde.

– Christopher eu já te perdoei, e já disse que eu também errei...

– Taxista, me deixa no chalé do terceiro quarteirão. – Diz Christopher para o taxista.

– O que? Christopher? Vai para o chalé por quê?

– Vou pegar minhas coisas.

– Mas por quê?

– Vou embora Dul, você merece algo melhor na sua vida.

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora