- Vamos. - diz Arthur.
Eu já estava bêbada e isso não é bom, eu acho.
- Ah não, vamos colocar uma música. - peguei o controle.
- Nem ouse. - disse Giovanni. - Espera acabar o jogo só.
- Ah, vai demorar.
- Não vai.
Mudei de canal e Giovanni pulo em mim, comecei a cair na gargalhada. Ele pegou o controle e voltou para o canal que estava passando o jogo de futebol.
Cruzei os braços, bufei e me sentei no sofá.
- Como você é chato. - digo.
Arthur estava de cara fechada, mesmo bêbada, aquilo me preocupava.
Depois de um longo tempo assistindo aquela bosta de jogo, Guilherme já estava bêbado, eu também, Giovanni estava, mas ele era um bêbado suave então nem dava para perceber.
Dylan colocou uma música super agitada para tocar e eu comecei a dançar.
|| ARTHUR NARRANDO
Gabi começou a dançar de um jeito um pouco sensual, aquilo estava me corroendo por dentro. Eu sou igual ao Victor, qualquer coisinha eu já fico com ciúmes.
Eu não tinha bebido porque eu tinha que cuidar dela, mas estava impossível.
Todos que estavam lá não tiravam os olhos dela, me dava vontade de puxar ela e colocar ela sentada, do jeito que estava. E o pior é que ela estava com uma um shorts saia um pouco curto.
Eu nunca me imaginei sentindo tanto ciúmes de uma menina assim.
Guilherme se levantou se foi dançar com ela, nossa, ele quer arrumar briga comigo também.
Ele virou ela e roubou um beijo, ela não cedeu, mas também não hesitou, no mesmo instante me levantei e fui em direção a saída.
Ô família hein...
Aquilo estava me destruindo, nunca achei que isso fosse acontecer comigo.
|| GABI NARRANDO
Guilherme roubou um beijo de mim e vi Arthur saindo na maior velocidade e ainda por cima bateu a porta, Giovanni e Dylan só observava a cena, dei um empurrãozinho no Guilherme e fui atrás de Arthur.
Eu estava bêbada, não sabia o que estava fazendo, eu sou muito burra.
Antes mesmo de sair da casa do Dylan, quase levei um tombo e Giovanni me segurou. Me virei para Guilherme e falei meio grogue :
- Você não devia ter feito isso.
Me coloquei de pé e sai correndo atrás de Arthur.
- Arthur. - gritei.
Ele estava bem longe, o que eu tinha que fazer agora era correr.
Sai correndo em sua direção, estava tudo começando a ficar embasado, quando alcancei-o, segurei em seu braço fazendo-o parar, dobrei os joelhos, coloquei minhas mãos em cima deles segurando o meu corpo e respirei profundamente. Minha vista estava turva ainda, mas tudo bem. Levantei o meu óculos que estava quase caindo, me levantei e dei de cara com Arthur parado na minha frente.
- Não esperava isso de você, eu podia esperar tudo, menos isso. - disse.
- Foi ele que me beijou, Arthur.
- Então porque não empurrou ele ?
Algumas lágrimas começaram a rolar pelo o meu rosto sabendo que isso iria virar um briga terrível.
- Me desculpa.
- Você sabe que quando bebe só faz besteira, e nem pra pensar em mim você pensou.
- Eu pensei em você todos os segundos, mas eu não posso deixar de me divertir por sua causa, você sabe muito bem que eu amo beber.
- E em algum momento falei pra você não se divertir ?
- Mas foi o que pareceu.
- Não quero brigar com você, você está bêbada, até mais Gabi. - se virou mas segurei seu braço.
- Não vou deixar você ir embora sabendo que ainda está bravo comigo. Me desculpa, por favor.
- Você sabe que eu odeio traição.
- EU NÃO TE TRAI ARTHUR.
- Cresce um pouco Gabi, você beijou outro sendo que estava comigo, isso não é traição ?
- CRESCER ARTHUR ? Quem está sendo criança aqui é você. Eu não sabia o que estava fazendo, você devia relevar um pouco, já que você já ficou bêbado e sabe como é.
- Porque você tá gritando ? Sabia muito bem o que estava fazendo, tenho certeza.
- Eu falo do jeito que eu quiser. Tá me chamando de infiel agora ? Sabe ? Cansei já, eu dei todo o meu amor pra você e você não acredita em mim.
- Se você me traiu, consequentemente fiel você não é. Ah e eu não dei todo o meu amor pra você ? Você foi a menina que eu mais amei na vida Gabriela. EU VI, não questão de não acreditar, EU VI.
- Me desculpa Arthur.
- Acho melhor acabar tudo por aqui, não quero ter mais decepções do que já tive na vida.
- NÃO. Você só teve essa.
- Gabriela, eu tenho 18 anos, já aconteceu milhares de coisas na minha vida. Não vou ficar perdendo tempo com quem não tá nem aí pra mim.
- ARTHUR EU TE AMO PORRA.
- Eu também te amo, mas talvez não fomos feitos um para o outro. Você merece coisa melhor.
- Que saco Arthur. - limpei minhas lágrimas. - Se você quer assim...
- Quero. Se cuida. - deu um beijo na minha testa e saiu.
Me sentei na calçada, coloquei minhas mãos apoiadas nos meus joelhos em frente a meu rosto e comecei a chorar.
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O Menino De Rolê
Teen FictionNicole Preston é uma jovem que acabou de completar 16 anos de idade. Sempre foi baladeira e nunca faltava em um rolê, não é atoa que mora em Las Vegas. Suas amigas era umas das suas melhores companhias, Fernanda Houst era aquela amiga sem graça, que...