Wilshire Ville

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"I don't know what's happenin'
I don't know what's wrong
                      All I know is nothing's         promised and one day it could all be gone. 
                       While I'm here I wanna live my life for what it's worth."



      [...]

P.O.V MOORE

Wilshire Ville; Los Angeles; Oito e meia da manhã;

  Respirei fundo antes de abrir a porta do carro e dar adeus aos meus pais e dizer olá para a minha nova vida. Já ouvi muitas pessoas dizerem que vida de universitária não é nada fácil, e que o pior seria ter de dividir o quarto com um desconhecido. Mas, para mim isso não iria ser o maior dos problemas, eu já havia encontrado a minha colega de quarto Bobbi Jones, minha melhor amiga.

   - Está pronta? – perguntou minha mãe ansiosa.

   - Para ser sincera... Nem um pouco. – dei um sorriso forçado saindo do carro.

   - Não se preocupe, vai acabar antes do que você espera. – disse meu pai dando-me um abraço apertado. – Tenha responsabilidade. – depositou um beijo em minha testa.

    - Venha cá. – disse minha mãe dando-me outro abraço. – Tenha modos, ligarei assim que puder. – deu-me um beijo na bochecha e em seguida entrou no carro.

    Sorri sem mostrar os dentes. Abanei assim que o carro deu sua partida. Peguei meu celular e disquei o número de Bobbi.

     - Onde você está? – perguntei.

     - Me atrasei para botar as malas no carro, mas já estou á caminho. – disse.

     - Já estou na frente do Apartamento, vem direto para cá. – ordenei.

    Nós havíamos se hospedado com o serviço do Solutions in LA, muitos alunos haviam se hospedado no mesmo. Ficamos no Wilshire Ville, pois não podia se hospedar no campus do Ucla, porque só estavam disponíveis para programas de verão. Wilshire Ville fornecia todos os serviços públicos de graça, assim como: luz, gás, água, internet e TV a cabo. O apartamento que alugamos havia dois quartos, com dois banheiros, sala de estar com mesa de café e um sofá. Havia uma linda varanda para tomar banho de sol, com uma vista deslumbrante da cidade. Não resisti e acabei nem esperando Bobbi chegar.

    Escolhi um dos quartos, sem muita preferência, os dois eram idênticos. Joguei minha mala sobre a cama e comecei a retirar minhas roupas. Não demorou muito para Bobbi invadir o apartamento.

    - Victoria? – disse averiguando.

    - Aqui. – gritei.

    - Pensei que estivesse me esperando na frente. – disse se debruçando na porta. – Que saudade! – veio em minha direção dando-me um abraço.

    Retribui. – Enfim juntas. – falei.

   - Estou tão feliz por estar aqui. – sorriu. – Não imaginei que fossemos conseguir.

    Sorri. – Em pensar que há um ano estávamos desesperadas a procura de empregos para podermos nos mudar. – disse depositando algumas de minhas roupas no armário.

    Concordou com a cabeça. – Vou desfazer minhas malas. – disse. – Se importa de eu colocar alguma música? – perguntou antes de sair.

   Ri fraco. – É sério que você está me perguntando isso? – a olhei.

   Riu. – Não custa perguntar.

[...]

   Acabamos de desfazer as malas já eram duas da tarde, resolvermos sair para comer algo, pois ainda não tínhamos nada em casa. (Em casa) isso suava estranho, assim como ter que fazer as compras parecia ser estranho. A mudança repentina faz com que seja estranho, mas isso não importa. Finalmente, sai de casa e estou tendo que ter responsabilidade.

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