Após terminar minha faculdade em New Yourk, voltei para Atlanta junto aos meus pais, pensei em ficar em New Yourk mas minha vida era uma correria todos os dias acordava, tomava banho e café, saia para trabalhar em uma loja de automóveis, trabalhava até as 06:00 horas da tarde, saia do trabalho chegava em casa por volta das 06:30 tomava banho e sai para ir a faculdade, foram assim por longos 5 anos, quando chegou o ultimo ano de estudo na faculdade, fiquei muito feliz, pois iria me livrar daquela vida monótona, e também porque iria realizar o meu sonho, me formar em medicina e ser um grande medico, salvar vidas de pessoas e etc...
Apos ter chegado em Atlanta em uma semana, fui logo procurar um hospital para por em pratica tudo o que aprendi, foi difícil encontrar, um lugar que aceite novatos, mas graças a meu amigo Harry consegui um emprego em Emory University.
Trabalhei normalmente durante 4 meses até que surge uma nova epidemia, muito estranha, as pessoas comiam umas as outras, não tinha como empedir e quem, fosse mordido viraria uma daquelas coisas, que com certeza aquilo não era doença( bom, ao menos para mim ). O tempo foi passando e a situação foi piorando, os cadáveres mortos que não teria nem uma circunstancia de estarem vivos,(pois seus corpos já estavam se decompondo) se levantavam e saim perambulando pelas ruas, atacando a primeira pessoa que visse em sua frente, a situação só foi piorando, o numero de pessoas atacadas só aumentava, seus corpos ficavam jogados pela cidade até ressuscitarem e saírem por ai perambulando junto aos outros. Meus pais já haviam sido mortos, mas eu não tinha percebido ingenuo do jeito que era, achei que estavam doentes, quase fui mordido por um deles ( meu pai ), me atacou sem eu ter mesmo feito nada, comecei a gritar feito louco mas do que adiantaria? A metade da cidade estava andando por ai sem rumo a procura de carne humana.
Uma faca estava ao meu lado ( no chão especificamente ) eu a peguei e sem exitar enfiei no peito dele, mas ele nem mesmo parou de tentar me morder, foi como se ele não estivesse sentido dor, tirei a faca de seu peito, com uma certa dificuldade, pois ele estava em cima de mim, meu braço direito estava pressionando seu pescoço para cima,e com a mão esquerda tiro a faca do local atingido e logo enfiei em sua cabeça,ao lado de sua orelha, jogo o corpo de meu pai para o lado, minha respiração estava bastante intensa, não demorou muito para mim começar a chorar, minha mãe estava igual ao papai com o rosto pálido e uma mordida no braço esquerdo, sai correndo de dentro da casa dos meus pais com um taco de beisebol que tinha ganhado de natal aos 12 anos de idade, comecei a correr, enquanto via as pessoas serem devoradas na calçada, no mei da rua, e em seus gramados. Estava um pouco atordoado e bastante trêmulo, minhas lagrimas ainda escorriam de meus olhos, derrepente vejo um impala preto um tanto quanto antigo, olho através do parabrisa, era Cameron, rapidamente estampo um sorriso em meu rosto, e sem pensar duas vezes abri a porta do carro e entrei, ele pisou fundo no acelerador, e seguimos em direção a uma estrada que nem se quer sabíamos onde iria parar.
Enquanto Cam dirigia, olhava pela janela, e varias coisas começam a passar por minha cabeça varias perguntas sem respostas, será que seriam respondidas? Iriamos ficar desse caos para sempre? Volto meu olhar para Cam.
- Obrigado... - Digo com a voz um pouco falha e baixa
- Não...não agradeça, você é meu melhor amigo não poderia lhe deixar para trás. -
Vejo um sorriso estampado em seu rosto, como conhecia Cam poderia ver a quilômetros que aquele não era um dos melhores sorrisos dele, talvez estava tentando sorrir para não demonstrar o quanto estava abalado, pois sabe como fico quando o vejo chorar, ou até mesmo sofrer, sabe o quão emotivo e chorão eu sou, talvez esteja tentando evitar que eu o veja da forma que ele realmente está, totalmente abalado e confuso, como eu estou, mas Cam sempre conseguiu esconder o que sentia fazer a fachada de durão, já eu nunca consegui, sempre quando magoado, irritado e decepcionado, eu chorava, eu acho que chorar é uma das minhas formas de defesa, não queria ser assim, já tentei muitas vezes mudar meu jeito de lidar com as coisas, mas sempre acabo chorando, e Cam junto a mim, sempre me confortando.
-eu não sei como não fui mordido,foi muita sorte.
- Você foi atacado? - Digo, tentando mudar de assunto.
- Não, quando cheguei em casa meus pais não estavam lá... - Diz ele com a voz um pouco baixa.
- Eles podem estar vivo. - Digo com um pequeno sorriso no rosto
- E também podem estar como uma dessas coisas por ai. -
- Você não sabe disso, talvez eles tenham fugidos como a gente - Dizia engolindo em seco, sem saber se isso era o certo a dizer.
Cam apenas concorda com a cabeça dando um longo suspiro, suas mãos brancas estavam apertando o couro do volante com uma certa força, seus olhos azuis estavam grudados na estrada, suas sombrancelhas estavam em formato de um arco para baixo, seu cabelo castanho escuro e longo estava amarrado em um rabo-de-cavalo baixo atrás de sua nuca, seus labios cor-de-rosa natural que qualquer garota mataria para ter, estavam em uma linha reta.
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Já estava ficando tarde e nós ainda estávamos na estrada, cansados com fome e afim de tomar um banho, enquanto Cam dirigia, ficava olhando pela janela, meus pais surgem em minha cabeça, minha vida não será como antes, lembro-me de quando acordava para o café, mamãe e papai sentados na mesa, papai tomando sua xícara de café preto, com o jornal sobre a mesa lendo as noticias, mamãe tomando chá em uma pequena xícara branca e toda decorada com pequenas flores cor-de-rosa, passando a manteiga em sua torrada, e em outra parte da mesa estava uma tigela a caixa de cereal e uma colher. Saio de meu pequeno transe, percebo estar chorando, algumas lagrimas escorrendo por meu rosto, as enxugo e olho para Cam, que ainda estava dirigindo com o mesmo olhar. Percebo que o carro para, Cam desliga o carro.
- Feche a cortina de sua janela. -
- Tá bom. - digo baixinho fazendo o que manda.
Bom, Cam tem cortinas em seu carro porque muitas vezes ficou em festas, baladas, shows, que eram muito longe de sua casa, e então acabava dormindo em seu carro, ele colocou as cortinas porque não se sentia bem ao ver o lado de fora quando abria os olhos durante a noite, o que está sendo bem útil agora. Fechamos a cortina do parabrisa, e as dos dois vidros de trás também.
- Boa noite Angel. - Diz ele sussurrando
- Boa noite Cam. - Digo no mesmo tom de voz que ele.
- E... não se preocupe, não irei deixar nada de ruim acontecer com você. -
Após ouvir isso de Cam sinto um sensação enorme de conforto e proteção, não sentia isso desde que avia ido embora de Atlanta, por algum motivo não sabia o que dizer, um silêncio toma conta do local, apenas ouvia o som dos grilos fora do carro. Solto um suspiro que por um segundo sinto um sentimento de leveza, fecho meus olhos, e tento dormir.Continua...