C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.

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Às vezes, Harry não conseguia conciliar o sono durante toda a noite.

Não era uma insônia que o atacava com frequência, não como costumava a ser antes, quando ele vivia sozinho, com seus pensamentos preenchendo todo o vazio de sua mente.

Ele ainda se lembra daquelas noites vazias de barulhos silenciosos, lembra-se de pintar rostos borrados com tinta cinza e flores sem cores vibrantes ao redor. Naquelas noites ele tinha como companhia, sua gata, Dusty. Mas, aquelas lembranças eram distantes.

Agora ele tinha Louis, seu marido, ele tem a quem beijar e aconchegar-se de noite, e agora ele tem um corpo pequeno e quente lhe abraçando todas as noites e todas as manhãs.

Harry tinha em quem pensar nas noites de insônia.

Ele pensava em Louis, sempre, desde seus olhos azuis, doces e indescritíveis, azuis como oceano límpido, e às vezes profundos como os lagos das montanhas. Seu forte sotaque francês e, por fim, sua boca pequena que guardava um grande, lindo sorriso. 

Styles gosta de pensar que Louis era como um farol, ou a lua, que parecia crescer e absorver os outros pontos cintilantes, assimilando as brumas noturnas, brilhando no céu da meia noite, inundando todos os seus sentidos, iluminando o espaço sem nuvens e perfumando a terra com o seu sereno.

Tudo em Tomlinson parecia atraí-lo como um ímã, sua personalidade forte e jeito carinhoso e delicado. Harry não costumava a se preocupar, porque se Louis era a luz, então ele também brilhava ao seu lado.

Ele se lembra de ter dito ao francês uma vez que ele era o seu lar, e lembra-se da maneira como Louis havia sorrido para ele, agarrando-o pelas mãos e entrelaçando seus dedos sobre o dele, sussurrando no meio da noite, como se o que ele estivesse para dizer, fosse um segredo;

"Enquanto eu estiver em seus braços, eu estarei em casa, mon amour."

E, tudo que Harry pode fazer naquele momento era, beijar-lhe e agarrar suas pequenas mãos com mais firmeza, como se estivessem amarradas por duas cordas.

••••

Todas as noites, sem exceção, Harry aconchegava Louis em seu peito, beijava a sua testa e murmurava a letra de uma música, que fazia o pequeno francês ficar calmo e feliz.

Essa noite não era diferente, o sono subjugava-os e eles mantinham os olhos sonolentos entreabertos, enquanto conversavam completamente alheios a tudo. Como se estivessem em sua própria bolha, sem que nada pudesse estourá-la. Em um desses momentos, Louis entreabriu os olhos, questionando;

"Você acredita em destino?"

Assim, aconchegado com a cabeça sobre os ombros largos, com os braços ao longo do corpo, Louis parecia um gatinho manhoso e sonolento. Diante de seus lábios inchados pelo sono, Harry o desejou. Styles não se lembra como eles terminaram assim, esparramados pelo chão da sala, mas não havia lugar melhor para estar naquele momento. Ele podia ouvir a respiração suave de Louis, o som do relógio e, tudo parecia um ciclo sem fim.

"Uhum..." Harry resmunga sonolentamente.

Há uma faísca de luz fraca entrando através da janela, iluminando suas peles e deixando o azul dos olhos de Louis ainda mais vivo. E, Harry não pode desviar o olhar de seu rosto, o olhando fixamente, ele ama o jeito com o qual Louis se parece ainda mais bonito.

Paint Me Like a Picture, Treat Me Like a Frech Boy.Onde histórias criam vida. Descubra agora