Capítulo 22 : Cler e sua nova casa

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Depois que amanheceu, Bryan e eu fomos tomar café na praça de alimentação.
Durante o café conversamos bastante sobre sua família e a minha. Ao termino da refeição, falei a Bryan que iria atrás de um quarto para alugar, então alí seria nossa despedida, dei um abraço nele e falei que tinha sido um prazer conhece- lo e ter ficado durante esse tempo com ele, brinquei dizendo que ele era um chato, mas legal, um chato- legal.

-Bem, Bryan, acho que nossa jornada acaba aqui, foi um prazer conhecer você e ouvir suas histórias, Chato-legal. Me perdoi se fui grossa algumas ou muitas vezes, espero um dia te rever, esse é meu número de celular- Entreguei a Bryan um cartão.

Bryam olhou em meus olhos e com toda sinceridade que pude perceber falou :

- Obrigado também, Cler, pela honra desse tempo ao seu lado, você me fez bem, há tempos que eu não encontrava alguém que eu pudesse conversar dessa forma, você foi o melhor acaso da minha vida naquela noite no galpão, foi um enorme prazer conhece- la, Clarice...

Ficamos em silêncio por um instante e então falei :

-Okay! Bryan... Foi um prazer...

- Okay! Cler... Foi um prazer...

Me virei e fui embora, pude sentir Bryan me fitando pelas costas... Nem conheci bem este rapaz, mas ele me fez tão bem, me marcou tanto, pensei comigo mesma.

Em seguida peguei o celular na mochila, coloquei o fone e escolhir na lista de músicas COLA da Lana Del Rey, uma música que me fazia rir com a letra um tanto exagerada.
Seguir caminhando, peguei a avenida e no decorrer do caminho vir uma placa de ALUGA-SE QUARTOS, parei para me informar do preço e essas coisas todas, o quarto era pequeno, mas fazer o que?! Era o que os 150 reais que eu tinha podiam pagar, no quarto tinha uma cama de solteiro e um ventilador velho e barulhento. Não importa, pensei, eu queria apenas tomar um banho, descansar e organizar a minha vida, o primeiro passo já foi dado, agora preciso dá o segundo que será conseguir um emprego qualquer para me manter.

Tranquei a porta e me joguei na cama, fechei os olhos e de repente veio os fantasmas da minha vida, minhas lembranças... Um pai amado que morre, uma mãe que me odeia e mais essa agora, Bryan... Um cara legal, bonito, educado, bonito, inteligente, bonito, eu já falei bonito?! Ai meu Deus, Cler! O que esta acontecendo com você? Falei a mim mesma e continuei presa naqueles pensamentos... Queria apenas ter forças para enfrentar esses fantasmas...

_________
Em quanto isso...


" Foi um prazer conhece- la, Cler... "Essas foram as últimas palavras que disse a Clarice e até agora não consigo esquece-lá, tirar aquele rosto lindo e tão angelical de minha cabeça era quase impossível, é como se Cler ainda estivesse aqui em minha frente, é como se seus braços ainda estivessem me apertando, é como se eu ainda pudesse sentir o seu doce perfume... Sua pele macia... O abraço que ela me deu... Nunca vou esquecer essa sensação... Nunca vou esquecer aqueles lindos olhos... Espero que ela esteja bem, espero encontra- la novamente, espero anciosamente pelo dia que a encontrarei e sentarei ao seu lado para tomarmos um café, conversar, ouvir sua linda voz e quem sabe segurar suas mãos delicadas...

...

Jovem Escritor:

Me pego pensando em tudo isso em plena biblioteca publica, deixando de escrever os detalhes que estou imaginando e deixando de lado meus melhores amigos, os livros.
Que os outros livros me perdoem, mas Clarice esta roubando toda a minha atenção, ela é a mais linda das personagens que já criei, me perdoem meus amados, mas escrever sobre Clarice é maravilhoso, Bryan também desperta- me empolgação, mas Cler é que me encanta.
Bem, já esta tarde, penso - tenho que ir para casa, logo a biblioteca vai fechar, amanhã voltarei para escrever mais sobre essa linda menina.

Então salvo mais um capítulo no word incluindo aquele cheio de rabiscos que escrevir pedindo a opinião da Bibliotecária sobre Cler ser dramática, desligo o notbook, guardo na mochila e vou embora, mas vou ansioso para voltar amanhã à biblioteca que é onde a imaginação impera, amanhã irei continuar essa história que esta me empolgando tanto.

- Até amanhã- Digo a Bibliotecária.

- Até, Jovem Escritor.

Até Nada É Alguma CoisaOnde histórias criam vida. Descubra agora