Lutar para Conquistar

28° Capítulo

Rodrigo não tinha mudado como ele aparentava, seus planos eram acabar com a vida de Mary. Ele não se importava nem com Ana, mas estava fingindo ser uma pessoa boa para que nunca Mary tivesse a oportunidade de ficar com Jack.
Ana saiu correndo, foi até sua mae e seu pai e chorando começou a puxar Mary pela blusa.
— O que está acontecendo aqui? — disse desesperada. — Quem é este homem?
Quando Mary ouviu a voz de sua filha, ela percebeu que tudo estava mais complicado e que aquilo podia ser real.
— Eu me apaixonei novamente pelo seu pai.
— Você está louca, meu pai está morto, esse não é o meu pai.
— Sim, eu sou o seu pai — Rodrigo olhou para Ana sorrindo.
— Vocês mentiram para mim todo esse tempo? — Ana gritou.
— Não, eu realmente pensei que seu pai não estava vivo, mas ele está aqui agora — Mary falou baixo.
Jack olhou tudo aquilo que estava acontecendo e ficou indignado.
Continuou olhando por mais um tempo, até que Mary percebeu sua presença e olhou para ele assustada.
— O que está fazendo aqui? Você estava com minha filha? Não te dei essa permissão — disse irritada, mas ao mesmo tempo arrependida.
Jack apenas disse:
— Cuida bem da sua filha, porque ela merece amor e muita atenção.
Mary começou a chorar e ver que tudo aquilo era realidade.
"Eu não posso acreditar no que está acontecendo. Como pude beijar um homem que me fez tanto mal, e ignorar Jack? Eu não deveria ter ficado tão nervosa quando descobri que ele estava saindo com outra. Deveria ter conversado primeiro para saber o porque daquele encontro. Mas agora isso não importa, Rodrigo me fez chorar muito, mas sei que ele nunca me traiu. Vou dar uma nova chance a ele."  Mary pensou.
Jack deu as costas e entrou no carro junto de Wilton e Bruna.
— Eu estou muito confusa com tudo isso — Ana dizia chorando.
— Eu também estou filha, pensei que isso fosse apenas frutos da minha imaginação.
— Então você não queria que isto tivesse acontecido? — perguntou Rodrigo.
— Vamos entrar, estamos muito molhados, e não quero que você fique doente Ana — Mary disse.
— Eu não acho que você se importa tanto assim — Ana falou baixo.
Todos entraram dentro de casa e foram para a varanda do fundo.
Rodrigo olhou aquele lugar e se lembrou das vezes que havia batido em Mary naquele local, mas não estava preocupado.
A casa já estava mais velha, e algumas coisas que ele havia quebrado ainda estavam lá.
— Então gatinha, você não queria que tudo isso tivesse acontecido — falou ignorando Ana.
— Eu acho que você não deveria se importar tanto com isso, aliás você não vê sua filha a anos, pensei que estava com saudade dela.
— Sim, eu estou, mas acabei me esquecendo com todo esse ocorrido.
Rodrigo chegou perto de Ana, e ela se afastou.
— Ana, mais educação! — Mary repreendeu.
— Como você quer que eu fique perto de uma pessoa que nunca foi um pai para mim? Você deveria pensar isso mais do que eu que sou uma criança.
Mary ficou calada e Rodrigo também não sabia muito o que dizer.
— Vão ficar olhando para mim, como se tudo que estivesse acontecendo aqui fosse normal? — Ana reclamou.
— Filha, o papai te ama.
— Como você me ama? se nunca esteve comigo, nunca me levou à escola, nem se quer me deu um beijo.
— Me perdoa, eu estou arrependido — Rodrigo disse fingindo estar triste.
— Tudo bem, se você mudou eu quero que você prova isso. Porque até Jack que não é meu pai me trata como filha.
— Ana, por favor não fale sobre Jack — Mary disse franzindo a testa.
— Jack era aquele que estava parado no portão quando você chegou Ana?
— Sim, ele mesmo! Ele seria o futuro esposo da mamãe e o meu pai se você não tivesse chegado para estragar tudo.
— Já chega Ana, Jack é um irresponsável. Agora era para você estar na escola, ele não deveria ter te trazido aqui, eu não dei essa permissão a ele.
— Olha o horário — Ana apontou para o relógio. — Se Jack não tivesse me pegado eu provavelmente estaria te esperando na porta da escola a muito tempo.
— Eu não quero mais ouvir você falar — Mary pegou Ana pelo braço e colocou ela de castigo dentro do quarto.
Rodrigo olhou tudo aquilo, e só sentiu vontade de rir, mas não podia ele queria se relacionar com Mary para fazê-la sofrer um pouco mais.