A Condessa Proibida

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Havia apenas uma coisa que o Lorde Fellipe desejava mais do que o título de conde que pertencia ao seu irmão.

Ele desejava a esposa dele.

A condessa.

Grace.

Quando Fellipe recebeu a notícia de que seu pai havia sucumbido a doença que o acamava a muito tempo, não perdeu tempo em voltar para casa.

Imagine o tamanho de sua surpresa ao descobrir que seu irmão estava noivo. Mas ele não estava noivo de uma mulher qualquer, ele estava noivo da doce e delicada Grace Rufermans.

E no momento em que Fellipe colocou os olhos nela ele a desejou, desejou de uma maneira que nunca desejou outra mulher.

Mas para sua inteira infelicidade, Grace era completamente apaixonada pelo seu irmão, mas ele colocou isso com uma meta de vida, iria conquistar a esposa de seu irmão, iria conquistar a Condessa Proibida.

****

-- Lady Grenawd? --Grace levanta os olhos do livro que estava lendo e observa a governanta em sua frente.

--Sim?

--O conde a espera em seu escritório.

--Claro, muito obrigada senhora Farey.

--Não agradeça menina, apenas vá ver o que seu marido quer.

--Sim.

Grace se levanta e entra dentro de casa.

Ela caminha pela enorme sala que e entra no escritório do marido.

--Mandou me chamar meu marido?

Grace não o encara, permanece com a cabeça baixa o tempo inteiro.

Essa era uma das regras de seu casamento. Ela nunca deveria olhar diretamente nos olhos de Eduard.

Uma vez, por descuido, ela encarou o marido e acabou por levar uma tapa, ficou com o olho esquerdo roxo por uma semana inteira, isso levou os funcionários da grande mansão a comentar o que poderia ter lhe ocorrido.

Mas quando um jardineiro disse que a condessa poderia ter apanhado, este boato se espalhou pela propriedade e o conde demitiu o pobre jardineiro.

--Irei até a Inglaterra, tenho negócios a tratar. --Eduard diz tirando Grace de seus pensamentos.

--Claro.

--Mas não deixarei a casa sozinha. Meu irmão ficará responsável pela casa durante minha ausência.

--Seu irmão? -- Grace nunca disse, mas a presença do Lorde Felipe afetava seu interior, ele era bonito, isso não tinha como negar. Encantador, mas considerado por toda a sociedade Londrina, um libertino.

--Sim, Grace, meu irmão, algo contra?

--Não meu marido.

--Estou de partida, o Felipe deve chegar esta noite.

--Sim.

Grace permanece com a cabaça abaixada.

--Esperando mais alguma coisa, Grace?

--Não...

--Então pode se retirar.

Grace sai da sala do marido e se encaminha para o seu quarto.

Sempre foi assim, desde que se casaram, Eduard nunca a tratou com carinho ou respeito. Ela sabia desde o início que este casamento não seria por amor, mas mesmo assim, pensou que poderia ser feliz.

A Condessa ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora