1 mês havia se passado, sim um mês! E passou numa velocidade absurda, e eu ainda não tinha me acertado com o arthur não por falta de insistência minha, porque ele realmente não queria e mesmo doendo eu estou respeitando a decisão dele, só enviei mensagem uns deixa eu ver...... 2 minutos atrás.
Ele não está magoado comigo, não mais... Bom, pelo menos eu acho isso.
Bom era uma linda quarta - feira, eu estava chegando em casa cansadissíma, a noite estava linda, estrelada, se eu não estivesse que estudar horrores quando chegar em casa eu com certeza iria para a praia e iria ficar lá deitada olhando o céu e pensando na titica que a minha humilde vida está.
Esqueci de dizer que eu estava de busão hoje, meu carro estava na oficina. E o higor deu a louca, disse que desacostumou a andar de busão, isso que dá acostumar esse viado mal.
Com certeza alguém vai dizer que eu passo por onde o maluquinho sempre está pra ver ele, mas não povo... Ali é o meu caminho da minha casa.
E ele não estava lá, passei por um grupo de meninas que ficaram cochichando desde de quando eu estava vindo lá de baixo.
Como diz o higor' " Deboche é liberado proibido é me encostar"
Sim ajeitei o meu cabelo, endireitei a minha postura e passei linda.. fazendo inveja naquelas cracudas.
- Estou esperando o maluquinho me buscar - E oque eu tenho haver com isso ôh demônia ? Pensei. Mas fiquei quieta, meu pai já tinha me alertado sobre essas brigas. Não ia correr o risco de apanhar em casa.
- Olha a amiguinha dele aí - Uma boneca de vodu falou com a Mis demônia.
- To ligada - Já vi que é favelada, eu não... Eu tenho classe.. até onde me convém.
Se ela for a peguete do maluquinho ele está mal de peguete.
Olhei pra trás em câmera lenta e disse : É comigo que vocês estão falando ?
- Se a carapuça serviu...
- Serviu sim, e se você continuar de graça eu dou com ela na sua cara.
- Na minha cara ? - levantou na mesma hora... E a bicha era alta... Eu também com 158 pra mim ela era a gigante e eu Davi.
Minha mãe sempre me disse, se você não bater na rua chegando em casa eu que vou te arrebentar...
Pode deixar mãe, não vou te decepcionar.
- Não tenho medo de filhinha de chefe mimadinha não... Posso ficar careca mas um pau você vai levar... - ficamos cara a cara... Ops: eu na direção dos seus seios e ela olhando pra minha testa.
- Olha, já levei pau em outros sentidos, agora porrada dos outros nunca!... Agora esquece que sou filha do chefe e mostra oque você sabe fazer... - Joguei minhas coisas no chão.
- Letícia caralho! - ouvi a voz do maluquinho e porra foi um alívio danado, não vai ser hoje que vou apanhar do papai.
- Que bom que você chegou - Olhei pra ele - Essa aí está querendo brigar comigo por causa de você.
- Já falei pra ela parar com essa porra.. - Foi na direção dela mas ela deu uns passos pra trás e eu muito altruísta pedi pra que ele deixasse isso pra lá.
E como de costume ele me levou pra casa, e sério.. já estou ficando mal acostumada. E ele me pediu desculpas umas 500 vezes, eu aceitaria as desculpas melhor se ele me pagasse umas coxinhas.
Entrei em casa já jogando minhas coisas, minha mente estava tão ocupada com arthur, aquela palhaça, e os trabalhos que eu tinha que fazer, que eu não percebi uns barulhos que vinham lá de cima.
Será que meus pais estão brigando? Perguntei pra mim mesma ainda sem levantar o rabo do sofá.
Continuei ali sentada trocando uns olhares com a geladeira.
Os barulhos cessaram até que escutei um tiro, sim um tiro! Eu conheço um barulho de tiro longe. Dei um pulo do sofá nervosa.
Eu não sabia se ia buscar ajuda, ou se desmaiava, oque veio na minha foi que alguém poderia ter entrado ele tinha matado minha mãe, sei lá ou meu Pai.
O arrependimento começou a bater... Eu deveria ter subido antes..
Ai minha nossa senhora dos Briocos me ajude.
Subi correndo e já consegui ouvir as vozes dos meus pais..
" Olha oque você fez.. tá maluca"Quando abri a porta do quarto quase tive um infarto, minha mãe estava com uma pistola na mão e meu pai com as mãos no pé, e na sua cara se via que ele estava sentindo dor!
- Mãe oque você fez! - me ajoelhei pra ver aonde tinha sido o ferimento.
Ela só me olhava nervosa sem ação.
- Me ajuda a levar ele! - Gritei chamando a atenção dela. - Eu tô bem, foi de raspão - Ele estava bem, mas com certeza estava doendo.
- Ele que me fez fazer isso.... - Colocou a arma em cima da cama - E ainda é pouco.
- Gente oque está acontecendo Aqui, alguém me explica por favor!! - comecei a chorar! - Isso é pouco? Você não sabe atirar, se essa bala pega em outra região você mata ele!!
- Vaso ruim não quebra fácil não - Ela passou por nós.
- Minha mãe está incorporada - Tentei levantar ele..
Pela primeira vez na minha vida eu vi o senhor Eduardo chorar, e eu não sabia oque fazer! Eu não fazia ideia do que ele teria feito pra minha mãe chegar a esse ponto.
- Pega a caixa de curativos - Ele me disse onde estava, e eu nunca tinha feito curativo em niguem... Eu tenho horror a sangue.
Coloquei ele na cama e comecei a limpar o machucado, e ele não deu um pio. Pra falar a verdade eu não estava crendo em tudo que eu presenciei à poucos minutos..
Eu nunca vi minha mãe tão transtornada, e meu pai tão pra baixo.
- Eu tenho o direito de saber oque ouve não é - Eu estava limpando o sangue do chão.
Ele ficou quieto e ainda pediu pra eu me retirar!
Eu liguei pra tia thais contei tudo e perguntei se ela tinha ideia onde minha mãe poderia estar. E ela disse que sim..
Eu estava dividida, não sabia se ficava com o papai ou se ia atrás da minha mãe. Comecei a ligar pro Victor, esse garoto nunca está em casa.. nem pra presenciar desgraças ele serve.
- VICTOR VEM PRA CASA!
- Algum problema?
- Não está tudo ótimo aqui em casa, mamãe só baleou o papai e está por aí igual uma Morta viva! Fora isso está Tudo certo...
- Cê tá brincando?
- Victor vem pra casa por favor! Eu estou nervosa, não sei oque fazer!
- Calma, segura o papai aí antes que ele faça uma merda, e me espera to chegando.
- Não demora por favor!