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A brisa gelada batia em meu rosto, assim percorrendo por todo o meu corpo e me causando calafrios. Toda essa sensação era nostalgica para mim, porque assim como deixei o frio daqui quando voltei pra Incheon, acabei deixando também o meu amor.

E o nome dele é Wang Yibo.

Quando decidi sair de Luoyang, foi uma época difícil, pelo menos para mim. Me sentia tão diferente antes, que senti que deveria voltar para a Coréia. Mas agora vejo que fui um completo estúpido por isso, eu não podia ter largado tudo por causa de uma confusão idiota.

Tudo o que quero agora é que Yibo me perdoe pela minha indecisão, me desculpe pela minha tolice e pelas palavras que foram jogadas ao vento naquele dia.

Apesar de sentir grande falta dele os completos dez meses que fiquei na minha cidade natal, não estava pronto para vir. E se Yibo não quisesse olhar na minha cara? Eu realmente fui um babaca quando desmereci os seus sentimentos por mim.

Mas eu estava disposto a me desculpar por isso hoje, e ele não iria me impedir em dizer tudo o que está na minha garganta.

O táxi havia parado no lugar pedido, e assim que paguei, desci do carro e fui até a porta do apartamento, que abriu-se automaticamente. Comprimentei o funcionário com um aceno de cabeça, assim seguindo o trajeto até o elevador que me levaria até o apartamento 407. Yibo, você ainda mora por aí?

Suspirei baixinho ao pensar que talvez ele tivesse se mudado, mas descartei essa ideia de minha mente, era tarde demais para não tentar. Eu já estava ali mesmo.

Bati em sua porta, aguardando pacientemente ser atendido. Meu coração batia rápido, parecia que iria saltar pela boca.

E foi quando alguém abriu.

- Este é o apartamento do Yibo? - Pergunto, franzindo o cenho ao notar a presença de outro ali.

- É - Disse simples, diminuindo o sorriso. - Quem é você?

- Sungjoo, um velho amigo dele. - Respondi.

- Seungyoun, quem é? - Consegui ouvir a voz dele, logo se aproximando e abrindo mais a porta oara que pudesse me ver. Notei um sorriso surgir em seus lábios. - O que faz aqui?

Me pergunto o que ele fez para fazer meu coração pular do peito. Me sinto cativado.

- Vim te ver.

E então em um impulso seus braços me rodeiam, e sinto seu abraço me acolher. Depois de tudo, Yibo foi capaz de me entender.

- Senti sua falta. - Ele diz, quebrando o abraço e colocando as mãos no bolso da calça.

- Gente, o que está acontecendo? - O garoto que descobri se chamar Seungyoun se pronuncia, tendo um grande ponto de interrogação. Sua expressão de confusão era engraçada.

- Ele é o Sungjoo que te contei certa vez. - Yibo responde e o garoto de cabelos desbotados me olha.

- Ah, eu sou o Seungyoun, prazer. - Diz, estendendo a mão e logo abrindo passagem para que eu entre no cômodo. - O esposo do Yibo.

- Deixe de dizer besteira, até parece que eu iria querer você. - Responde o moreno, e eu não evito soltar um riso.

- Não iria mesmo, tenho namorada. - Comenta, ajeitando-se quando senta no sofá. - E aliás, acho que vou embora, vou deixar vocês matarem a saudade, assim como eu vou fazer. - Fala, levantando-se novamente. - Adeus? Foi bom conhecer você.

Ele parecia falar demais. Seungyoun era muito hiperativo pelo que eu pouco o conheço.

- Digo o mesmo. - Falo, vendo-o abraçar Yibo e sair pela porta onde que havia acabado de entrar. - Hum, oi.

- Oi, Sungjoo.

- Desculpa aparecer sem avisar, sem ligar ou qualquer outra coisa. - Falo, abaixando o olhar para minhas mãos.

- Achei que tinha se esquecido do caminho, você sabe que sempre pode voltar. - Diz ele, e então o encaro de novo nos olhos. Ele me encanta mesmo estando longe. Como pude demorar admitir isso para mim mesmo?

- Eu senti medo de você não querer olhar na minha cara depois de tudo, Yibo. - Digo sincero, e ele solta um riso baixinho. - Estou falando sério, eu fui muito idiota com você.

- Não foi, não. - Ele me contradiz. - Você nunca iria imaginar que seu melhor amigo iria se apaixonar por você, certo? Eu reagiria da mesma forma. - O moreno me convida para que eu sente no sofá, e assim o faço. Ainda me sinto envergonhado depois de tanto tempo sem vê-lo. Ele amadureceu.

- Mesmo assim, desculpe. - Persisto, pois ainda me sentia mal por tudo. Estar ali com ele recebendo a sua compreensão era quase inacreditável. - Mas esse tempo foi o bastante para perceber que eu não consigo viver sem você. Não mesmo.

Yibo solta um riso e me abraça novamente, e eu tenho a chance de inebriar o seu perfume doce. Eu não me desprenderei dele, estaremos algemados um nos braços do outro.

- Você anima o meu coração quando o resto de mim está triste. - Diz ele. - Não vá embora de novo.

- Eu não vou. - Prometo, passando a encará-lo. - Eu posso fazer uma coisa?

- Hum, o quê?

Sorri ladino e me aproximei de si, olhando discretamente o seus lábios e sendo rápido o bastante para colar os meus aos dele. Eu só precisava daquilo. Não entreabri meus lábios e nem ele o fez, porque para mim já bastava sentir aquele demorado selar entre nossas bocas. Eu aguardei muito por isso.

Eu estou capturado, Yibo me prendeu com o seu toque.

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que

n/a: é foi isso gent

espero que gostem dessa oneshot bojoo, é a primeira vez que faço algo de Uniq, o wattpad precisa mais fanfic gay deles vamo combinar né

e é isso, a musica é Latch do Sam Smith, super fofinha ela

votem e comentem para me ajudar, até a proxima oneshot :)

latch • bojoo [uniq]Onde histórias criam vida. Descubra agora